• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 29/08/2016 - 23:12h
Saúde

Novo secretário tem que arrumar a sua retaguarda

Em entrevista à imprensa hoje em Natal, após sua posse como titular da pasta da Saúde Pública do Estado (SESAP), o farmacêutico-bioquímico, George Antunes, disse estar motivado para retorno ao cargo. Fora titular da pasta na gestão de Iberê Ferreira (PSB) – já falecido.

“Temos desafios pela frente, como a queda de repasses e alta demanda, mas vamos cumprir o nosso dever constitucional de continuar oferecendo os serviços que a população merece”, disse.

Antunes terá que organizar logo a sua retaguarda. Na sede da Sesap na Avenida Deodoro, há meses que se instalou um caos (veja AQUI) com problemas elementares de gestão e choques e entrechoques envolvendo servidores graduados.

Esse cenário precipitou a saída da ex-titular do cargo, médica Eulália de Albuquerque.

“Vamos trabalhar com os municípios para fortalecer a saúde pública que não pode ser responsabilidade apenas do governo. Todos estão envolvidos, desde aos que prestam a atenção básica a alta complexidade”, afirmou.

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Categoria(s): Saúde
segunda-feira - 29/08/2016 - 22:53h
Hoje

Estado e TJ assinam termo para construção de penitenciária

O governador Robinson Faria (PSD) assinou, na tarde desta segunda-feira (29), Termo de Recomposição Creditícia que autoriza o repasse de R$ 20 milhões do judiciário estadual para o Fundo Penitenciário (FUNPERN). O montante, fruto de empréstimo celebrado com o Tribunal de Justiça (TJRN), será empregado na construção de uma penitenciária com 600 vagas em Afonso Bezerra, região central do estado.

Cláudio Santos e Robinson Faria participaram de solenidade hoje (Foto: Ivanízio Ramos)

“Este suporte vem numa hora primordial. Sabemos que hoje o grande clamor da população é por segurança, e há uma relação direta da segurança com o sistema prisional. Esperamos, num intervalo curto de tempo ampliar nosso sistema em quase 2 mil novas vagas”, ressaltou Robinson Faria.

Afonso Bezerra

O chefe do Executivo estadual explicou ainda que a obra do novo presídio em Afonso Bezerra está orçada em R$ 25 milhões. Os R$ 5 milhões restantes foram designados pelos Deputados Estaduais do RN, em emendas parlamentares.

“Isso mostra que o Legislativo também está sensível a esta situação”, completou.

O Estado terá 36 meses de carência para dar início ao pagamento do empréstimo ao TJRN. Após esse período, pagará em 36 parcelas mensais de R$ 555 mil.

Presídio

O terreno onde será construída a nova unidade está a 29 quilômetros de distância do centro urbano de Afonso Bezerra, na comunidade rural Tira Fogo.

O local é considerado apropriado para este fim por existir uma camada abundante de calcário no solo, o que impediria a escavação de túneis.

Estudos geológicos e topográficos já estão em curso pela SIN.

Os outros presídios do Estado estão localizados em área urbana ou distantes, em média, 10 quilômetros das áreas urbanas.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado.

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Categoria(s): Administração Pública / Segurança Pública/Polícia
  • Art&C - PMM - 13-03-2024 - Mossoró Realiza
segunda-feira - 29/08/2016 - 13:28h
Marketing e eleições

Prefeito ‘larga’ o pai para ser apenas “Francisco” em campanha

A cor-padrão está mantida: é o amarelo. Mas o candidato à reeleição à Prefeitura de Mossoró, prefeito Francisco José Júnior (PSD), repaginou o próprio nome político para se apresentar ao eleitor na atual campanha.

O objetivo do marketing é ainda difícil de se identificar com segurança, mas se for para simplificar, tudo bem. Ficou simples mesmo utilizar apenas o prenome do candidato. Se será eficaz, o tempo dirá.

Francisco José Júnior é agora simplesmente “Francisco”. Em todo material de campanha para tentar amealhar votos, ele aparece de um jeito que não foi durante toda vida pública e no próprio mandato em andamento, desconectado da origem biológica e política.

Peça de propaganda mostra identidade visual de um 'novo' político, agora simplesmente "Francisco" (Foto: reprodução)

Em campanhas para vereador, o hoje prefeito Francisco José Júnior chegou a usar o slogan “Em nome do pai” para justificar o voto em seu nome a partir do largo conceito social conquistado por Francisco José, o pai (ex-vereador e ex-deputado estadual).

A forte associação que marcou toda sua vida política de mais de 16 anos, ligando-o ao nome civil paternal, desapareceu na corrida eleitoral deste ano por força do marketing. É como se nunca tivesse existido.

“Papa Francisco”

Nas peças de propaganda agora, Francisco (ex-Francisco José Júnior) aparece com punho cerrado e braço direito erguido, numa outra identidade visual para tentar chegar à reeleição.

O marketing tem suas razões (ou deve ter) para tentar esse ajuste que o separa do seu maior capital-imagem até então: “o enfermeiro do povo”, o ex-deputado, o “irmãozinho” Francisco José. Esses epítetos se incorporaram ao ex-parlamentar estadual e o ajudaram a transferir votos ao filho Francisco (ou Francisco José Júnior), em quatro campanhas a vereador e a prefeito em 2014.

Francisco é um nome “papal”, digamos. “Papa Francisco”, prefeito Francisco. Se a ideia é ligar um ao outro subliminarmente, a junção cria um ecumenismo político-eleitoral religioso raro na tentativa de cabalar votos em 2 de outubro, haja vista que o seu vice, Micael Melo (PTN), é evangélico.

Já o slogan da campanha é extraído de trecho da música-tema do espetáculo teatral “Chuva de Bala no País de Mossoró”, do compositor Nissan Guanais – como o Blog já postou (veja AQUI). Remete-o à figura destemida do prefeito Rodolfo Fernandes, líder da resistência da cidade ao bando de Lampião em 1927:

Sempre resistir; recuar, jamais!

Nos primeiros programas de rádio e televisão, nas ruas e redes sociais, Francisco (ou Francisco José Júnior) é apresentado como “vítima” da elite política local materializada nos tentáculos da família Rosado.

Vencer a todos é uma tarefa que não caberia a Francisco José Júnior ou “Silveira”, como ele é conhecido desde a infância por familiares e amigos, mas a Francisco. Com uma pitadinha de Rodolfo Fernandes, claro.

Francisco José, o pai, fica apenas como cabo eleitoral terreno.

Veja matéria sobre identidade visual da campanha de Rosalba Ciarlini (PP) – clicando AQUI.

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Categoria(s): Eleições 2016 / Política
segunda-feira - 29/08/2016 - 11:22h
Veja íntegra

Dilma discursa e faz sua própria defesa no impeachment

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) discursou na manhã desta segunda-feira (29) por cerca de 45 minutos no plenário do Senado, durante a última fase do julgamento do processo de impeachment. Em sua  fala, Dilma , ressaltou que foi ao Senado “olhar diretamente nos olhos dos que a julgarão e negou ter cometido crimes dos quais é acusada, segundo ela, “injusta e arbitrariamente”.

“Hoje, o Brasil, o mundo e a história nos observam. E aguardam o desfecho desse processo de impeachment”, disse.

Confira a íntegra do discurso de Dilma do Senado:

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal Renan Calheiros, Excelentíssimas Senhoras Senadoras e Excelentíssimos Senhores Senadores, Cidadãs e Cidadãos de meu amado Brasil,

No dia 1o de janeiro de 2015 assumi meu segundo mandato à Presidência da República Federativa do Brasil. Fui eleita por mais 54 milhões de votos.

Dilma fez apresentação de sua defesa hoje pela manhã falando por mais de 40 minutos (Foto: TV Senado)

Na minha posse, assumi o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, bem como o de observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Ao exercer a Presidência da República respeitei fielmente o compromisso que assumi perante a nação e aos que me elegeram. E me orgulho disso. Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e sempre vi na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo.

Jamais atentaria contra o que acredito ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me elegeram.

Nesta jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade. Até porque, como todos, tenho defeitos e cometo erros.

Defeitos

Entre os meus defeitos não está a deslealdade e a covardia (sic). Não traio os compromissos que assumo, os princípios que defendo ou os que lutam ao meu lado. Na luta contra a ditadura, recebi no meu corpo as marcas da tortura. Amarguei por anos o sofrimento da prisão. Vi companheiros e companheiras sendo violentados, e até assassinados.

Na época, eu era muito jovem. Tinha muito a esperar da vida. Tinha medo da morte, das sequelas da tortura no meu corpo e na minha alma. Mas não cedi. Resisti. Resisti à tempestade de terror que começava a me engolir, na escuridão dos tempos amargos em que o país vivia. Não mudei de lado. Apesar de receber o peso da injustiça nos meus ombros, continuei lutando pela democracia.

Dediquei todos esses anos da minha vida à luta por uma sociedade sem ódios e intolerância. Lutei por uma sociedade livre de preconceitos e de discriminações. Lutei por uma sociedade onde não houvesse miséria ou excluídos. Lutei por um Brasil soberano, mais igual e onde houvesse justiça.

Disso tenho orgulho. Quem acredita, luta. Aos quase setenta anos de idade, não seria agora, após ser mãe e avó, que abdicaria dos princípios que sempre me guiaram. Exercendo a Presidência da República tenho honrado o compromisso com o meu país, com a Democracia, com o Estado de Direito.

Tenho sido intransigente na defesa da honestidade na gestão da coisa pública. Por isso, diante das acusações que contra mim são dirigidas neste processo, não posso deixar de sentir, na boca, novamente, o gosto áspero e amargo da injustiça e do arbítrio. E por isso, como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes.

No passado, com as armas, e hoje, com a retórica jurídica, pretendem novamente atentar contra a democracia e contra o Estado do Direito. Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram. E resistir. Resistir sempre.

Resistir para acordar as consciências ainda adormecidas para que, juntos, finquemos o pé no terreno que está do lado certo da história, mesmo que o chão trema e ameace de novo nos engolir. Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder, como é próprio dos que não tem caráter, princípios ou utopias a conquistar. Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça.

LUTO PELO POVO do meu País, pelo seu bem-estar. Muitos hoje me perguntam de onde vem a minha energia para prosseguir. Vem do que acredito.
Posso olhar para trás e ver tudo o que fizemos.
Olhar para a frente e ver tudo o que ainda precisamos e podemos fazer.
O mais importante é que posso olhar para mim mesma e ver a face de alguém que, mesmo marcada pelo tempo, tem forças para defender suas ideias e seus direitos.

Sei que, em breve, e mais uma vez na vida, serei julgada. E é por ter a minha consciência absolutamente tranquila em relação ao que fiz, no exercício da Presidência da República que venho pessoalmente à presença dos que me julgarão.

Venho para olhar diretamente nos olhos de Vossas Excelências, e dizer, com a serenidade dos que nada tem a esconder que não cometi nenhum crime de responsabilidade. Não cometi os crimes dos quais sou acusada injusta e arbitrariamente.

Hoje o Brasil, o mundo e a história nos observam e aguardam o desfecho deste processo de impeachment. No passado da América Latina e do Brasil, sempre que interesses de setores da elite econômica e política foram feridos pelas urnas, e não existiam razões jurídicas para uma destituição legítima, conspirações eram tramadas resultando em golpes de estado.

Ex-presidentes

O Presidente Getúlio Vargas, que nos legou a CLT e a defesa do patrimônio nacional, sofreu uma implacável perseguição; a hedionda trama orquestrada pela chamada “República do Galeão, que o levou ao suicídio.

O Presidente Juscelino Kubitscheck, que contruiu essa cidade, foi vítima de constantes e fracassadas tentativas de golpe, como ocorreu no episódio de Aragarças.

O presidente João Goulart, defensor da democracia, dos direitos dos trabalhadores e das Reformas de Base, superou o golpe do parlamentarismo mas foi deposto e instaurou-se a ditadura militar, em 1964. Durante 20 anos, vivemos o silêncio imposto pelo arbítrio e a democracia foi varrida de nosso País.

Milhões de brasileiros lutaram e reconquistaram o direito a eleições diretas. Hoje, mais uma vez, ao serem contrariados e feridos nas urnas os interesses de setores da elite econômica e política nos vemos diante do risco de uma ruptura democrática. Os padrões políticos dominantes no mundo repelem a violência explícita.

Agora, a ruptura democrática se dá por meio da violência moral e de pretextos constitucionais para que se empreste aparência de legitimidade ao governo que assume sem o amparo das urnas. Invoca-se a Constituição para que o mundo das aparências encubra hipocritamente o mundo dos fatos. As provas produzidas deixam claro e inconteste que as acusações contra mim dirigidas são meros pretextos, embasados por uma frágil retórica jurídica.

Nos últimos dias, novos fatos evidenciaram outro aspecto da trama que caracteriza este processo de impeachment. O autor da representação junto ao Tribunal de Contas da União que motivou as acusações discutidas nesse processo, foi reconhecido como suspeito pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Soube-se ainda, pelo depoimento do auditor responsável pelo parecer técnico, que ele havia ajudado a elaborar a própria representação que auditou. Fica claro o vício da parcialidade, a trama, na construção das teses por eles defendidas. São pretextos, apenas pretextos, para derrubar, por meio de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade, um governo legítimo, escolhido em eleição direta com a participação de 110 milhões de brasileiros e brasileiras.

O governo de uma mulher que ousou ganhar duas eleições presidenciais consecutivas. São pretextos para viabilizar um golpe na Constituição. Um golpe que, se consumado, resultará na eleição indireta de um governo usurpador. A eleição indireta de um governo que, já na sua interinidade, não tem mulheres comandando seus ministérios, quando o povo, nas urnas, escolheu uma mulher para comandar o país.

Um governo que dispensa os negros na sua composição ministerial e já revelou um profundo desprezo pelo programa escolhido pelo povo em 2014.

Fui eleita presidente por 54 milhões e meio de votos para cumprir um programa cuja síntese está gravada nas palavras “nenhum direito a menos”.

O QUE está em jogo – O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas o meu mandato. O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição. O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos: os ganhos da população, das pessoas mais pobres e da classe média; a proteção às crianças; os jovens chegando às universidades e às escolas técnicas; a valorização do salário mínimo; os médicos atendendo a população; a realização do sonho da casa própria. O que está em jogo é o investimento em obras para garantir a convivência com a seca no semiárido, é a conclusão do sonhado e esperado projeto de integração do São Francisco. O que está em jogo é, também, a grande descoberta do Brasil, o pré-sal. O que está em jogo é a inserção soberana de nosso País no cenário internacional, pautada pela ética e pela busca de interesses comuns. O que está em jogo é a auto-estima dos brasileiros e brasileiras, que resistiram aos ataques dos pessimistas de plantão à capacidade do País de realizar, com sucesso, a Copa do Mundo e as Olimpíadas e Paraolimpíadas. O que está em jogo é a conquista da estabilidade, que busca o equilíbrio fiscal mas não abre mão de programas sociais para a nossa população. O que está em jogo é o futuro do País, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais.

Senhoras e senhores senadores, No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a eventual perda de maioria parlamentar para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime. Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”.

Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições. E nas eleições o programa de governo vencedor não foi este agora ensaiado e desenhado pelo Governo interino e defendido pelos meus acusadores. O que pretende o governo interino, se transmudado em efetivo, é um verdadeiro ataque às conquistas dos últimos anos. Desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país, que é a Previdência Social.

O resultado será mais pobreza, mais mortalidade infantil e a decadência dos pequenos municípios. A revisão dos direitos e garantias sociais previstos na CLT e a proibição do saque do FGTS na demissão do trabalhador são ameaças que pairam sobre a população brasileira caso prospere o impeachment sem crime de responsabilidade. Conquistas importantes para as mulheres, os negros e as populações LGBT estarão comprometidas pela submissão a princípios ultraconservadores.

Ameaça

O nosso patrimônio estará em questão, com os recursos do pré-sal, as riquezas naturais e minerárias sendo privatizadas. A ameaça mais assustadora desse processo de impeachment sem crime de responsabilidade é congelar por inacreditáveis 20 anos todas as despesas com saúde, educação, saneamento, habitação. É impedir que, por 20 anos, mais crianças e jovens tenham acesso às escolas; que, por 20 anos, as pessoas possam ter melhor atendimento à saúde; que, por 20 anos, as famílias possam sonhar com casa própria.

Senhor Presidente Ricardo Lewandowski, Sras. e Srs. Senadores,

A verdade é que o resultado eleitoral de 2014 foi um rude golpe em setores da elite conservadora brasileira. Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo.

Disseram que as eleições haviam sido fraudadas, pediram auditoria nas urnas, impugnaram minhas contas eleitorais, e após a minha posse, buscaram de forma desmedida quaisquer fatos que pudessem justificar retoricamente um processo de impeachment. Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço. Tudo fizeram para desestabilizar a mim e ao meu governo.

Gravidade da crise

Só é possível compreender a gravidade da crise que assola o Brasil desde 2015, levando-se em consideração a instabilidade política aguda que, desde a minha reeleição, tem caracterizado o ambiente em que ocorrem o investimento e a produção de bens e serviços. Não se procurou discutir e aprovar uma melhor proposta para o País. O que se pretendeu permanentemente foi a afirmação do “quanto pior melhor”, na busca obsessiva de se desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos desta questionável ação política para toda a população.

A possibilidade de impeachment tornou-se assunto central da pauta política e jornalística apenas dois meses após minha reeleição, apesar da evidente improcedência dos motivos para justificar esse movimento radical. Nesse ambiente de turbulências e incertezas, o risco político permanente provocado pelo ativismo de parcela considerável da oposição acabou sendo um elemento central para a retração do investimento e para o aprofundamento da crise econômica.

Deve ser também ressaltado que a busca do reequilíbrio fiscal, desde 2015, encontrou uma forte resistência na Câmara dos Deputados, à época presidida pelo Deputado Eduardo Cunha. Os projetos enviados pelo governo foram rejeitados, parcial ou integralmente. Pautas bombas foram apresentadas e algumas aprovadas.

As comissões permanentes da Câmara, em 2016, só funcionaram a partir do dia 5 de maio, ou seja, uma semana antes da aceitação do processo de impeachment pela Comissão do Senado Federal.

Instabilidade política

Os Srs. e as Sras. Senadores sabem que o funcionamento dessas Comissões era e é absolutamente indispensável para a aprovação de matérias que interferem no cenário fiscal e encaminhar a saída da crise. Foi criado assim o desejado ambiente de instabilidade política, propício a abertura do processo de impeachment sem crime de responsabilidade. Sem essas ações, o Brasil certamente estaria hoje em outra situação política, econômica e fiscal. Muitos articularam e votaram contra propostas que durante toda a vida defenderam, sem pensar nas consequências que seus gestos trariam para o país e para o povo brasileiro.

Queriam aproveitar a crise econômica, porque sabiam que assim que o meu governo viesse a superá-la, sua aspiração de acesso ao poder haveria de ficar sepultada por mais um longo período. Mas, a bem da verdade, as forças oposicionistas somente conseguiram levar adiante o seu intento quando outra poderosa força política a elas se agregou: a força política dos que queriam evitar a continuidade da “sangria” de setores da classe política brasileira, motivada pelas investigações sobre a corrupção e o desvio de dinheiro público.

É notório que durante o meu governo e o do Presidente Lula foram dadas todas as condições para que estas investigações fossem realizadas. Propusemos importantes leis que dotaram os órgãos competentes de condições para investigar e punir os culpados. Assegurei a autonomia do Ministério Público, nomeando como Procurador Geral da República o primeiro nome da lista indicado pelos próprios membros da instituição. Não permiti qualquer interferência política na atuação da Polícia Federal.

Contrariei, com essa minha postura, muitos interesses. Por isso, paguei e pago um elevado preço pessoal pela postura que tive. Arquitetaram a minha destituição, independentemente da existência de quaisquer fatos que pudesse justificá-la perante a nossa Constituição. Encontraram, na pessoa do ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha o vértice da sua aliança golpista. Articularam e viabilizaram a perda da maioria parlamentar do governo. Situações foram criadas, com apoio escancarado de setores da mídia, para construir o clima político necessário para a desconstituição do resultado eleitoral de 2014.

Chantagem de Eduardo Cunha

Todos sabem que este processo de impeachment foi aberto por uma “chantagem explícita” do ex-Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como chegou a reconhecer em declarações à imprensa um dos próprios denunciantes. Exigia aquele parlamentar que eu intercedesse para que deputados do meu partido não votassem pela abertura do seu processo de cassação. Nunca aceitei na minha vida ameaças ou chantagens. Se não o fiz antes, não o faria na condição de presidente da República. É fato, porém, que não ter me curvado a esta chantagem motivou o recebimento da denúncia por crime de responsabilidade e a abertura deste d processo, sob o aplauso dos derrotados em 2014 e dos temerosos pelas investigações.

Se eu tivesse me acumpliciado com a improbidade e com o que há de pior na política brasileira, como muitos até hoje parecem não ter o menor pudor em fazê-lo, eu não correria o risco de ser condenada injustamente. Quem se acumplicia ao imoral e ao ilícito, não tem respeitabilidade para governar o Brasil.

Quem age para poupar ou adiar o julgamento de uma pessoa que é acusada de enriquecer às custas do Estado brasileiro e do povo que paga impostos, cedo ou tarde, acabará pagando perante a sociedade e a história o preço do seu descompromisso com a ética. Todos sabem que não enriqueci no exercício de cargos públicos, que não desviei dinheiro público em meu proveito próprio, nem de meus familiares, e que não possuo contas ou imóveis no exterior. Sempre agi com absoluta probidade nos cargos públicos que ocupei ao longo da minha vida.

“Crimes que eu não cometi”

Curiosamente, serei julgada, por crimes que não cometi, antes do julgamento do ex-presidente da Câmara, acusado de ter praticado gravíssimos atos ilícitos e que liderou as tramas e os ardis que alavancaram as ações voltadas à minha destituição. Ironia da história? Não, de forma nenhuma. Trata-se de uma ação deliberada que conta com o silêncio cúmplice de setores da grande mídia brasileira.

Viola-se a democracia e pune-se uma inocente. Este é o pano de fundo que marca o julgamento que será realizado pela vontade dos que lançam contra mim pretextos acusatórios infundados. Estamos a um passo da consumação de uma grave ruptura institucional. Estamos a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de Estado.

Autos do processo

Senhoras e Senhores Senadores, Vamos aos autos deste processo. Do que sou acusada? Quais foram os atentados à Constituição que cometi? Quais foram os crimes hediondos que pratiquei? A primeira acusação refere-se à edição de três decretos de crédito suplementar sem autorização legislativa. Ao longo de todo o processo, mostramos que a edição desses decretos seguiu todas as regras legais.

Respeitamos a previsão contida na Constituição, a meta definida na LDO e as autorizações estabelecidas no artigo 4° da Lei Orçamentária de 2015, aprovadas pelo Congresso Nacional. Todas essas previsões legais foram respeitadas em relação aos 3 decretos. Eles apenas ofereceram alternativas para alocação dos mesmos limites, de empenho e financeiro, estabelecidos pelo decreto de contingenciamento, que não foram alterados. Por isso, não afetaram em nada a meta fiscal.

Ademais, desde 2014, por iniciativa do Executivo, o Congresso aprovou a inclusão, na LDO, da obrigatoriedade que qualquer crédito aberto deve ter sua execução subordinada ao decreto de contingenciamento, editado segundo as normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E isso foi precisamente respeitado. Não sei se por incompreensão ou por estratégia, as acusações feitas neste processo buscam atribuir a esses decretos nossos problemas fiscais. Ignoram ou escondem que os resultados fiscais negativos são consequência da desaceleração econômica e não a sua causa.

Escondem que, em 2015, com o agravamento da crise, tivemos uma expressiva queda da receita ao longo do ano — foram R$ 180 bilhões a menos que o previsto na Lei Orçamentária. Fazem questão de ignorar que realizamos, em 2015, o maior contingenciamento de nossa história.

Cobram que, quando enviei ao Congresso Nacional, em julho de 2015, o pedido de autorização para reduzir a meta fiscal, deveria ter imediatamente realizado um novo contingenciamento. Não o fiz porque segui o procedimento que não foi questionado pelo Tribunal de Contas da União ou pelo Congresso Nacional na análise das contas de 2009. Além disso, a responsabilidade com a população justifica também nossa decisão.

Se aplicássemos, em julho, o contingenciamento proposto pelos nossos acusadores cortaríamos 96% do total de recursos disponíveis para as despesas da União. Isto representaria um corte radical em todas as dotações orçamentárias dos órgãos federais. Ministérios seriam paralisados, universidades fechariam suas portas, o Mais Médicos seria interrompido, a compra de medicamentos seria prejudicada, as agências reguladoras deixariam de funcionar. Na verdade, o ano de 2015 teria, orçamentariamente, acabado em julho.

Volto a dizer: ao editar estes decretos de crédito suplementar, agi em conformidade plena com a legislação vigente. Em nenhum desses atos, o Congresso Nacional foi desrespeitado. Aliás, este foi o comportamento que adotei em meus dois mandatos. Somente depois que assinei estes decretos é que o Tribunal de Contas da União mudou a posição que sempre teve a respeito da matéria.

É importante que a população brasileira seja esclarecida sobre este ponto: os decretos foram editados em julho e agosto de 2015 e somente em outubro de 2015 o TCU aprovou a nova interpretação.

O TCU recomendou a aprovação das contas de todos os presidentes que editaram decretos idênticos aos que editei. Nunca levantaram qualquer problema técnico ou apresentaram a interpretação que passaram a ter depois que assinei estes atos. Querem me condenar por ter assinado decretos que atendiam a demandas de diversos órgãos, inclusive do próprio Poder Judiciário, com base no mesmo procedimento adotado desde a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2001? Por ter assinado decretos que somados, não implicaram, como provado nos autos, em nenhum centavo de gastos a mais para prejudicar a meta fiscal?

A segunda denúncia dirigida contra mim neste processo também é injusta e frágil. Afirma-se que o alegado atraso nos pagamentos das subvenções econômicas devidas ao Banco do Brasil, no âmbito da execução do programa de crédito rural Plano Safra, equivale a uma “operação de crédito”, o que estaria vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Como minha defesa e várias testemunhas já relataram, a execução do Plano Safra é regida por uma lei de 1992, que atribui ao Ministério da Fazenda a competência de sua normatização, inclusive em relação à atuação do Banco do Brasil. A presidente da República não pratica nenhum ato em relação à execução do Plano Safra.

O óbvio e juridicamente justo

Parece óbvio, além de juridicamente justo, que eu não seja acusada por um ato inexistente. A controvérsia quanto a existência de operação de crédito surgiu de uma mudança de interpretação do TCU, cuja decisão definitiva foi emitida em dezembro de 2015. Novamente, há uma tentativa de dizer que cometi um crime antes da definição da tese de que haveria um crime. Uma tese que nunca havia surgido antes e que, como todas as senhoras e senhores senadores souberam em dias recentes, foi urdida especialmente para esta ocasião.

Lembro ainda a decisão recente do Ministério Público Federal, que arquivou inquérito exatamente sobre esta questão. Afirmou não caber falar em ofensa à lei de responsabilidade fiscal porque eventuais atrasos de pagamento em contratos de prestação de serviços entre a União e instituições financeiras públicas não são operações de crédito. Insisto, senhoras senadoras e senhores senadores: não sou eu nem tampouco minha defesa que fazemos estas alegações. É o Ministério Público Federal que se recusou a dar sequência ao processo, pela inexistência de crime. Sobre a mudança de interpretação do TCU, lembro que, ainda antes da decisão final, agi de forma preventiva.

Solicitei ao Congresso Nacional a autorização para pagamento dos passivos e defini em decreto prazos de pagamento para as subvenções devidas. Em dezembro de 2015, após a decisão definitiva do TCU e com a autorização do Congresso, saldamos todos os débitos existentes. Não é possível que não se veja aqui também o arbítrio deste processo e a injustiça também desta acusação. Este processo de impeachment não é legítimo. Eu não atentei, em nada, em absolutamente nada contra qualquer dos dispositivos da Constituição que, como presidente da República, jurei cumprir. Não pratiquei ato ilícito.

Está provado que não agi dolosamente em nada. Os atos praticados estavam inteiramente voltados aos interesses da sociedade. Nenhuma lesão trouxeram ao erário ou ao patrimônio público. Volto a afirmar, como o fez a minha defesa durante todo o tempo, que este processo está marcado, do início ao fim, por um clamoroso desvio de poder. É isto que explica a absoluta fragilidade das acusações que contra mim são dirigidas. Tem-se afirmado que este processo de impeachment seria legítimo porque os ritos e prazos teriam sido respeitados.

Devido Processo Legal

No entanto, para que seja feita justiça e a democracia se imponha, a forma só não basta. É necessário que o conteúdo de uma sentença também seja justo. E no caso, jamais haverá justiça na minha condenação. Ouso dizer que em vários momentos este processo se desviou, clamorosamente, daquilo que a Constituição e os juristas denominam de “devido processo legal”.

Não há respeito ao devido processo legal quando a opinião condenatória de grande parte dos julgadores é divulgada e registrada pela grande imprensa, antes do exercício final do direito de defesa. Não há respeito ao devido processo legal quando julgadores afirmam que a condenação não passa de uma questão de tempo, porque votarão contra mim de qualquer jeito.

Nesse caso, o direito de defesa será exercido apenas formalmente, mas não será apreciado substantivamente nos seus argumentos e nas suas provas. A forma existirá apenas para dar aparência de legitimidade ao que é ilegítimo na essência. Senhoras e senhores senadores, Nesses meses, me perguntaram inúmeras vezes porque eu não renunciava, para encurtar este capítulo tão difícil de minha vida. Jamais o faria porque tenho compromisso inarredável com o Estado Democrático de Direito. Jamais o faria porque nunca renuncio à luta.

Traição

Confesso a Vossas Excelências, no entanto, que a traição, as agressões verbais e a violência do preconceito me assombraram e, em alguns momentos, até me magoaram. Mas foram sempre superados, em muito, pela solidariedade, pelo apoio e pela disposição de luta de milhões de brasileiras e brasileiros pelo País afora. Por meio de manifestações de rua, reuniões, seminários, livros, shows, mobilizações na internet, nosso povo esbanjou criatividade e disposição para a luta contra o golpe.

As mulheres brasileiras têm sido, neste período, um esteio fundamental para minha resistência. Me cobriram de flores e me protegeram com sua solidariedade. Parceiras incansáveis de uma batalha em que a misoginia e o preconceito mostraram suas garras, as brasileiras expressaram, neste combate pela democracia e pelos direitos, sua força e resiliência. Bravas mulheres brasileiras, que tenho a honra e o dever de representar como primeira mulher presidente do Brasil.

Chego à última etapa desse processo comprometida com a realização de uma demanda da maioria dos brasileiros: convocá-los a decidir, nas urnas, sobre o futuro de nosso País. Diálogo, participação e voto direto e livre são as melhores armas que temos para a preservação da democracia.

Confio que as senhoras senadoras e os senhores senadores farão justiça. Tenho a consciência tranquila. Não pratiquei nenhum crime de responsabilidade. As acusações dirigidas contra mim são injustas e descabidas. Cassar em definitivo meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política. Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus.

Na primeira vez, fui condenada por um tribunal de exceção. Daquela época, além das marcas dolorosas da tortura, ficou o registro, em uma foto, da minha presença diante de meus algozes, num momento em que eu os olhava de cabeça erguida enquanto eles escondiam os rostos, com medo de serem reconhecidos e julgados pela história.

Hoje, quatro décadas depois, não há prisão ilegal, não há tortura, meus julgadores chegaram aqui pelo mesmo voto popular que me conduziu à Presidência. Tenho por todos o maior respeito, mas continuo de cabeça erguida, olhando nos olhos dos meus julgadores. Apesar das diferenças, sofro de novo com o sentimento de injustiça e o receio de que, mais uma vez, a democracia seja condenada junto comigo. E não tenho dúvida que, também desta vez, todos nós seremos julgados pela história.

Morte próxima

Por duas vezes vi de perto a face da morte: quando fui torturada por dias seguidos, submetida a sevícias que nos fazem duvidar da humanidade e do próprio sentido da vida; e quando uma doença grave e extremamente dolorosa poderia ter abreviado minha existência. Hoje eu só temo a morte da democracia, pela qual muitos de nós, aqui neste plenário, lutamos com o melhor dos nossos esforços.

Reitero: respeito os meus julgadores. Não nutro rancor por aqueles que votarão pela minha destituição. Respeito e tenho especial apreço por aqueles que têm lutado bravamente pela minha absolvição, aos quais serei eternamente grata. Neste momento, quero me dirigir aos senadores que, mesmo sendo de oposição a mim e ao meu governo, estão indecisos.

Lembrem-se que, no regime presidencialista e sob a égide da nossa Constituição, uma condenação política exige obrigatoriamente a ocorrência de um crime de responsabilidade, cometido dolosamente e comprovado de forma cabal.

Lembrem-se do terrível precedente que a decisão pode abrir para outros presidentes, governadores e prefeitos. Condenar sem provas substantivas. Condenar um inocente.

Faço um apelo final a todos os senadores: não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira. Peço que façam justiça a uma presidente honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal, na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu. Votem sem ressentimento.

O que cada senador sente por mim e o que nós sentimos uns pelos outros importa menos, neste momento, do que aquilo que todos sentimos pelo país e pelo povo brasileiro.

Peço: votem contra o impeachment. Votem pela democracia. Muito obrigada.

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segunda-feira - 29/08/2016 - 11:02h
Coligação Todos por uma Mossoró Melhor

Fafá e Leonardo se integram hoje à campanha de Tião e Jorge

A ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) e seu marido e ex-deputado estadual Leonardo Nogueira (PMDB) vão ser apresentados hoje à militância dos candidatos a prefeito e vice Tião Couto (PSDB) e Jorge do Rosário (PR) em Mossoró.

O casal anunciou oficialmente na última sexta-feira (26) – veja AQUI – o apoio à chapa da Coligação Todos por uma Mossoró Melhor.

A apresentação será às 19h no Espaço 45, imóvel que está localizado ao lado do antigo Lizete Buffet no centro da cidade.

Fafá e Leonardo não participaram da programação dos candidatos nesse último final de semana.

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segunda-feira - 29/08/2016 - 10:30h
impeachment

Com Dilma, a história se repete

O julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é político. Foi assim com Collor de Mello no início dos anos 90, que hoje apoia Dilma, mas à epoca foi implacavelmente perseguido por seu partido.

Dilma está cassada desde o julgamento da admissibilidade na Câmara Federal. Desde então, tudo é jogo de cena da sua defesa e dos seus adversários.

Dilma e Collor: presente e passado comum (Fotomontagem)

São sessões e mais sessões cansativas e chatas no Senado.

Dilma perdeu apoio parlamentar, das ruas, da comunidade internacional, fragilizou-se no Judiciário, mídia e principalmente na economia. Nem no PT era unanimidade.

O que ocorre com Dilma não é um precedente. Falta análise histórica ou lucidez fática a algumas pessoas – como a própria presidente, na análise do tema: com Collor o processo teve mesma natureza de hoje.

A diferença, é que ele renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992, há mais de 24 anos, antes que fosse consumado o impeachment.

A  história se repete.

Veja AQUI a postagem “Impeachmente é empurrado pela geladeira e não pela TV” que veiculamos no dia 11 de abril de 2016 – em que tratamos desse caso, explicando o porquê desse quadro político.

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segunda-feira - 29/08/2016 - 10:10h
95

Gutemberg Dias começa hoje série de entrevistas em rádio

O candidato a prefeito de Mossoró pela Coligação Frente Mossoró Tem Jeito , Gutemberg Dias (PCdoB), será entrevistado hoje no Programa “Meio-dia Mossoró” da FM 95.

Será sabatinado pelos jornalistas Carol Ribeiro e Bruno Barreto.

É a primeira entrevista de série com os concorrentes à Prefeitura mossoroense.

A sequência é esta abaixo:

Terça-feira, dia 30, Francisco José Júnior (PSD);

Quarta-feira, dia 31, Josué Moreira (PSDC);

Quinta-feira, dia 1º, Rosalba Ciarlini (PP);

Sexta-feira, dia 2, Tião Couto (PSDB).

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segunda-feira - 29/08/2016 - 08:42h
Mossoró

Candidatos a vereador sofrem sem propaganda em campanha

Faltando pouco mais de 30 dias para as eleições, muitos candidatos a vereador em Mossoró ainda estão nas ruas sem sequer um pacote de “santinho” para distribuir.

Dinheiro está escasso em certos endereços.

Em outros, não,

Abunda.

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domingo - 28/08/2016 - 23:59h

Pensando bem…

“Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.”

Monteiro Lobato

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domingo - 28/08/2016 - 23:52h
Apodi

Partido vai impugnar nome de vice que assumiu prefeitura

Com a posse na Prefeitura do Apodi na última sexta-feira (26) do vice-prefeito José Maria da Silva (PSD), o PSOL questiona a manutenção do seu nome na chapa também à reeleição do prefeito afastado (veja AQUI) Flaviano Monteiro (PCdoB).

Como vice-presidente do PSOL no Apodi, o advogado e escritor Marcos Pinto adianta ao Blog que o partido vai impugnar seu nome.

“Ele teria que ter declinado, e aí o Presidente da Câmara também declinaria, posto que também é candidato à reeleição, e convocaria o primeiro na linha de sucessão na Mesa diretora, para tomar posse”, avisa.

O PSOL tem candidato próprio a prefeito do Apodi. Trata-se de Paulo Viana, tendo Geraldo Vicente como vice.

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domingo - 28/08/2016 - 23:42h
Baraúna

Sucessão municipal provoca exoneração de secretário

A sucessão municipal em Baraúna (32 quilômetros de Mossoró) fez uma vítima no governismo municipal. Mas calma. A baixa é apenas política. O secretário de Ação Social, Adalberto Frank Teixeira, foi exonerado pela prefeita Luciana Oliveira (PMDB).

Frank foi exonerado (Foto: arquivo)

O “bota-fora” ocorreu após Frank anunciar apoio à candidata a prefeito pelo PSD, vereadora Divanize Oliveira.

Ele é genro do ex-prefeito José Bezerra.

Soterrada por altos índices de reprovação político-administrativa e asfixiada por incontáveis demandas judiciais, Luciana não arriscou projeto para tentar a reeleição.

Adversários juntos

Apesar de ela e seu grupo – comandados pelo seu marido e ex-prefeito Gilson Oliveira (Gilson Professor) – terem ficado teoricamente equidistante da disputa municipal, na prática estão em sintonia. O PMDB está no leque de partidos de apoio à candidata Lúcia Nascimento (PR), mulher do ex-prefeito Aldivon Nascimento (PR).

A exoneração de Adalberto Frank reforça a tese de composição entre os dois grupos, que estão se digladiando há anos na política municipal. Em 2012 travaram uma das mais ferozes campanhas municipais.

Aldivon – prefeito à época – apoiou o sócio e ex-secretário Izoares Martins (PR) à Prefeitura, contra Luciana Oliveira que lhe fazia oposição.

Luciana perdeu no voto, mas ganhou no “rally judicial”.

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domingo - 28/08/2016 - 22:44h
Mossoró

Rosalba e Tião têm decisões desfavoráveis da Justiça Eleitoral

Do Blog do Barreto

Duas decisões tomadas ontem pelo Juiz titular da 33ª Zona Eleitoral Breno Valério. Na primeira decisão ele acatou denúncia da assessoria jurídica da candidata Rosalba Ciarlini (PP) que acusou o adversário Tião Couto (PSDB) de desrespeitar os limites para faixas e cartazes no comitê eleitoral do tucano.

O magistrado entendeu que Tião descumpriu a regra que limita em até quatro metros quadrados a exposição de imagens. Ele entendeu que foi gerado um “efeito outdoor”. A multa é de R$ 5 mil.

Por outro lado, Rosalba Ciarlini não chegou a ser multada na ação proposta pelos advogados de Tião Couto. Mas o juiz Breno Valério concluiu que ela desrespeitou a legislação eleitoral na propaganda gratuita de TV ao exibir programa sem intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Outra reprimenda contra a candidata foi relacionada a utilização de imagens gráficas, o que também é proibido.

Como não há punição pecuniária prevista na legislação para o descumprimento da regra, juiz Breno Valério determinou que a reincidência resultará numa multa de R$ 5 mil para cada veiculação irregular.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
domingo - 28/08/2016 - 22:02h

Tibau de todos os tempos – o livro e a sua história

Por Lúcia Rocha

Pesquisando sobre Tibau (município a 42 quilômetros de Mossoró) no arquivo do centenário jornal O Mossoroense, são poucos os registros anteriores à primeira metade do Século XX e encontramos duas razões: a primeira talvez porque Tibau pertencia ao estado do Ceará até 1920; e segundo, porque não havia estrada de rodagem até 1932, o que dificultava o percurso entre Mossoró e a então Vila de Tibau.

Nesse tempo, Areia Branca era mais presente nas páginas dos jornais de Mossoró, havia a estrada para Areia Branca, motivada pelo grande volume de negócios em consequência do porto, por onde chegavam e saiam as mercadorias comercializadas em Mossoró e região oeste. Então, o fluxo de pessoas entre Mossoró e Areia Branca, trazendo e levando notícias, era bem maior.

Desde que Henry Koster – um português nascido em 1793,   filho de pais ingleses – passou por Tibau, em 1810, montado em cavalo, em sua passagem pelo nosso litoral, escreveu sobre os morros de areia colorida, Tibau tem sido citada e cantada pelos apaixonados por seu mar limpo e falésias. O texto de Henry Koster sobre Tibau foi publicado em jornal inglês, em 1816. Depois, ele o incluiu no livro Travels in Brazil.

Pois bem, a partir do texto de Henry Koster, decidi pesquisar outros autores ou pessoas comuns que escreveram sobre Tibau. Juntei meu acervo de livros produzidos no Rio Grande do Norte, mais os que garimpei nos sebos – a maioria  publicados pela Coleção Mossoroense, do abençoado Vingt-un Rosado – e trouxe para Tibau, onde li mais de trezentos deles, filtrando tudo o que foi publicado sobre Tibau.

Pela leitura dos livros e jornais antigos, percebe-se o tratamento que davam a esse pedaço de chão. Até a década de 1920, é ‘povoado de Tibau’. Depois, ‘pitoresca estância balneária’. A partir da década de 1950, ‘praia do Tibau’. E até sua emancipação, em 1995, ‘Vila do Tibau’.

A partir do episódio da invasão do bando de Lampião a Mossoró, em junho de 1927, Tibau passou a ser considerada um excelente refúgio, servindo de abrigo às famílias que preferiram se esconder a correr o risco de morrer como heróis da resistência a Lampião.

Antes de 1932, quando construíram a estrada de rodagem, Tibau era citada como um lugar distante, quase inalcançável, ou seja, uma aventura sair de Mossoró para Tibau. A pé, são até hoje, exatamente, doze horas.

Vinha-se de cavalo, jumento ou carro de bois. A partir de 1915, quando inauguraram o primeiro trecho da estrada de ferro, entre Areia Branca e Mossoró, surgiu a opção de vir de trem até Porto Franco, onde pegava-se uma charrete ou carro de boi e a viagem prosseguia à beira mar.

Os primeiros veranistas, da década de 1890, só alcançavam Tibau a cavalo. A partir de 1900, vinham em carros de bois. Saíam de Mossoró num dia e chegavam no outro, sempre pernoitando em alguma fazenda no meio do caminho.

Lazer e descanso

Através dos poucos registros na imprensa, tomamos conhecimento de como Tibau passou a ser uma opção de lazer ou descanso. Esses desbravadores pioneiros nunca receberam homenagens do poder público tibauense, não são patronos de ruas ou prédios públicos, como acho que mereciam.

Mas Tibau tem nome de mossoroenses como patronos de ruas só pelo fato de ter sido proprietário de casa de veraneio. Esse livro permitirá que o poder legislativo tome conhecimento da história desses homens e mulheres e suas relações e vínculos com Tibau para, quem sabe, merecer homenagens futuramente.

Foi o cearense doutor Castro, primeiro médico a atuar em Mossoró, que propagou que as águas e o clima de Tibau curavam algumas doenças. E, assim, passou a ser o primeiro relações públicas de Tibau. Indicou o tratamento, por exemplo, ao poeta e escritor, Henrique Castriciano que, tempos depois fundou a Escola Doméstica de Natal.

O trabalho de pesquisa não ficou somente nos livros e jornais. Em 2009, passei a apresentar o programa Tibau de Todos os Tempos, na FM Tibau, entrevistando nativos e veranistas sobre Tibau, claro. Criei no Facebook um grupo com o mesmo nome do programa e passamos a ter acesso a inúmeras fotografias de Tibau, a partir da década de 1930, através da contribuição dos membros que foram buscá-las no fundo do baú.

As fotos revelam uma Tibau com morros, casas de taipa, cobertas de palhas, os Pingas, as falésias, a famosa Furna da Onça ou Buraco da Sereia; da Tibau onde famílias de empresários, médicos, funcionários públicos e profissionais liberais passavam meses com suas famílias, numa Tibau sem  energia elétrica, água encanada, automóveis, ultra-leves, bugres, barcos, jet-sky ou quadriciclos.

Essas famílias vinham em busca de tranquilidade, de uma vida simples, onde seus filhos pudessem correr à beira mar, brincar entre os morros de areia colorida, caminhar com os pés descalços nas ruas de areia, brincar com os animais, jumentos, carneiros e bodes; com aves como galinha, galo e pintinhos. Podiam ouvir o cantar dos pássaros, chupar cana, comer tapioca, beiju, gelé de côco, tomar água de côco, dentre outras delícias oferecidas por crianças e jovens em meio às casas dos veranistas.

Férias

Independente da conta bancária do veranista, em Tibau, sua família levava uma vida comum dentre os nativos: dormia em redes, até nos alpendres, a comida era preparada em fogão à lenha, bebia água das vertentes, comia o peixe pescado em jangadas que voltavam no final da tarde, onde se misturavam veranistas e nativos, para alegria da garotada, curiosa para ver aqueles a quem, Raimundo Nonato denomina de vaqueiros do mar.

Até muito pouco tempo, as famílias ainda vinham a Tibau com essa intenção, de férias para dias diferentes da vida que levam na cidade grande, de poder dormir sem aparelho de ar condicionado, sem micro-ondas, sem telefone ou qualquer meio de comunicação. Mas os hábitos vão mudando, de acordo com as gerações. Já não se anda mais com os pés descalços, já não há mais serenatas.

Resta a saudade daqueles tempos em algumas famílias tradicionais que ainda mantêm residências à beira mar ou no entorno da Capela de Santa Teresinha.

As casas de taipa deram vez às mansões e apartamentos – inclusive em condomínios fechados – com aparelhos de telefone celular, internet, antena de TV por assinatura e tudo o que o mundo moderno eletro eletrônico permite, com exceção de uma ou outra como, por exemplo, a do casal Ildérica e João Cantídio, construída em 1929 e ainda mantida em seu estilo original.

Mas os avanços como, por exemplo, a estrada asfaltada em pista dupla reduzindo o tempo da viagem para, no máximo, meia hora, ainda não entrou na mente de muita gente que mantém a casa fechada de fevereiro a dezembro. É como se Tibau ainda fosse muito longe ou algo como um projeto de longa distância. Não usufruem da natureza, do mar e do céu limpos disponíveis de janeiro a janeiro. Com raras exceções. Alguns mudaram para Tibau e vão diariamente trabalhar em Mossoró.

Esse livro, portanto, reúne fotos, textos de livros, revista, jornais e redes sociais, onde escritores, jornalistas, médicos, pesquisadores, pensadores, poetas, formadores de opinião ou pessoas comuns citam Tibau. Cada texto é precedido de uma curta biografia e comentário acerca do autor para ajudar o leitor a situá-lo. Não podia também faltar músicas em homenagem a Tibau.

Reunimos fotos e as primeiras imagens registradas de Tibau, são da década de 1930, período em que o fotógrafo cearense, Manuelito Pereira, migrou para Mossoró. A maior parte dessas fotos estão sem os créditos, porém, agradeço quem  possa nos informar da autoria para registrarmos em futuras edições.

Registros fotográficos

Esses registros fotográficos reúnem membros das famílias Escóssia, Cantídio, Nogueira Mendes, Andrade Freire, Gadê, Monte Rocha, Ferreira Leite e Rosado Maia e alguns – poucos – nativos.

Sou grata a quantos facilitaram a pesquisa, aos que atenderam à minha solicitação de textos e material fotográfico e aos que apoiaram através de um simples incentivo.

À Misherlany Gouthier, que digitou todo esse material e também colaborou com a pesquisa e material fotográfico, minha eterna gratidão.

Agradecer também ao nobre colega, Carlos Adams, pela revisão final, como tem feito nos últimos onze anos, em todos os meus livros publicados.

À Consuelo Freire que, de Brasília, colaborou dando tratamento ao material fotográfico aqui publicado com melhor qualidade.

Ao inesquecível e eterno Vingt-un Rosado, por tudo que fez para deixar registrado em livros e plaquetes, páginas da história de nossos dias, de nossos antepassados, costumes, cultura, fatos e curiosidades da nossa província.  O Rosado que mais fez diferença na história recente do Rio Grande do Norte e está eternizado, jamais será esquecido ou deletado pelas gerações futuras. E, por isso, o maior mossoroense de todos os tempos.

Como saber dos outros sem a publicação dos feitos deles? Você foi mil, merece a devoção, o respeito e as homenagens de tantos quantos souberam, sabem e saberão de sua existência. Alguém que conheci na infância – fomos vizinhos – e Deus me deu o privilégio de regressar à Mossoró, a tempo de uma salutar convivência em seus últimos anos de vida. Esse livro é uma viagem no tempo, dito por quem viveu todas as fases de Tibau.

A pesquisa continua para futuras publicações e será um prazer receber colaboração de quem desejar contribuir para o enriquecimento da história de Tibau, através de textos publicados ou que estejam perdidos em alguma gaveta ou baú.

Esse é o primeiro de uma série de livros dedicados a Tibau, com entrevistas numa troca de irmandade entre nativos e veranistas.

Lançamento

Lançado no último dia 19 de agosto de 2016, na 12ª Feira do Livro de Mossoró, Tibau de Todos os Tempos, Volume I, é o primeiro de uma série de livros-reportagens, de autoria da jornalista Lúcia Rocha, moradora de Tibau desde 2009. Em sua apresentação, a autora explica o que a levou a escrever sobre Tibau e como se deu o processo de criação do primeiro volume.

Lúcia Rocha, padre Sátiro Dantas e Mário Ilo no lançamento do 'Tibau de todos os tempos' (Foto: cedida)

Nos dias 31 de agosto e 1º de setembro haverá lançamento em Natal. Em Tibau, o lançamento será no dia 9 de setembro, no Viola Beach, por trás do antigo Brisa, a partir das 19 horas.

Em Mossoró, o livro está à venda no Rust Café e na A Revistaria, vizinho o Hotel Caraúbas, na Rua Dionísio Filgueira, centro. Vendas com entrega pelos Correios através do e-mail: emuribeka@uol.com.br ou whatsapp 84 9668.4906 com  despesas inclusas R$ 50.

A seguir, a apresentação do livro na íntegra, escrito pela autora. A arte da capa é de Augusto Paiva, da equipe de diagramadores do Jornal de Fato. O livro foi impresso em Mossoró, algo que Lúcia Rocha faz questão, na Gráfica Santa Maria, ex-Igramol, de Michel Mendes.

Lúcia Rocha é jornalista e escritora

www.luciarocha.com.br

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domingo - 28/08/2016 - 21:27h

A concretude do abstrato

Por François Silvestre

“A poesia é a única prova concreta da existência do homem”. Coloquei, na placa da Praça da Poesia, esta citação e o nome do seu autor: Luis Cardoza y Aragón.

Minha surpresa foi o quase completo desconhecimento da existência de Aragón, no universo intelectual da província. Um poeta famoso da terrinha olhou a placa, fez uma careta, e perguntou: “Quem é”?

A Praça da Poesia é um pequeno espaço, na área do Palácio Potengi, onde se aboleta a Pinacoteca do Estado. O prédio estava em estado de risco. Além de maltratado nas estruturas, havia uma linha na armação principal que ameaçava desabar sobre o sistema geral de climatização.

Era o risco iminente de desastre elétrico. Imagine um acidente na eletricidade de um prédio recheado de madeira, tecidos e tintas. Telas, molduras e materiais de exposição. Era como acender um fósforo num recipiente de gasolina. Decidi restaurar e recuperar o imóvel histórico. E o fiz.

Volto à pracinha da poesia. Atendi a um apelo de Alexandre Dunga Garcia, líder da bela e nobre pobreza do Beco da Lama. Nem sei se a Praça ainda existe. O que não foi abandonado foi destruído, sob o olhar complacente e omisso dos ditos órgãos de controle.

E pus na placa da Praça a citação corajosa de Aragón, de que o homem só se prova existente pela invenção da poesia. E não pela pompa das edificações monumentais.

Um intelectual renomado, numa praça de shopping, perguntou se a citação não era de Octávio Paz. Ele não conhecia, mas achava pouco provável ser de um desconhecido seu. Essa coisa que só a vaidade explica. Respondi marotamente que o grande pensado Mexicano jamais furtaria o crédito.

Luis Cardoza y Aragón foi poeta, diplomata e resistente democrata na Guatemala dos meados do Século Vinte. Viveu mais tempo no exílio do que em casa.

Num dos intervalos da exceção, ele foi designado embaixador na Colômbia. E estava lá, numa noite de terror do mês de Abril de 1948. O líder populista Jorge Eliécer Gaitán foi assassinado, o que provocou uma onda de terror pelas ruas de Bogotá.

Muitos dos perseguidos, naquela noite, buscaram refúgio na embaixada da Guatemala. Gabriel Garcia Marques, no seu livro de memórias, quase depoimento, conta o episódio e diz que a Colômbia entrou no Século Vinte naquele dia.

E foi o autor dos “Cem Anos de Solidão” quem fez um retrato falado do caráter de Luis Cardoza y Aragón. O caráter político e o talento poético.

Ele repetiu a frase que, surpreendentemente, eu descobri ser desconhecida de alguns dos nossos intelectuais cadastrados. É isso mesmo. Nós temos um cadastro de intelectuais. Jenicleide já pediu o cadastramento de Florentino Vereda. Vai ter licor de mangaba e conhaque de araticum-cagão.

No meio da concretude estúpida dos novos tempos, a suave abstração da poesia.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

 

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sábado - 27/08/2016 - 23:59h

Pensando bem…

“Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador.”

Paul Valéry

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sábado - 27/08/2016 - 22:51h
Série C

América vence Botafogo fora de casa e sonha com G4

Por Heilysmar Lima

O América conquistou um importante resultado fora de casa na noite deste sábado (27). Jogando no estádio Almeidão, em João Pessoa, o Alvirrubro derrotou o Botafogo-PB por 2 a 1 e derrubou a invencibilidade do time paraibano como mandante. Os gols do triunfo foram marcados pelo estreante Jussimar. Danielzinho descontou para os donos da casa.

Com a vitória na 15ª rodada da Série C, o América chega aos 19 pontos, assume a 6ª posição do grupo A e se reaproxima do G4 da competição. O Botafogo segue no grupo dos classificados, mas agora é o 3º, com 23 pontos.

Apesar de jogar fora de casa, o América começou a partida com mais presença ofensiva. Aos 3 minutos, Romarinho cruzou e Luiz Eduardo tentou de letra, mas o goleiro pegou. Em seguida, Danilo subiu pela esquerda e mandou na área. No entanto, Romarinho escorregou e não conseguiu finalizar.

Melhor em campo, o Alvirrubro teve mais duas chances com Luiz Eduardo. Aos 11, ele recebeu na área, bateu cruzado, mas Michel Alves defendeu. Em seguida, o camisa 9 cabeceou e mandou perto do gol.

A primeira chegada dos donos da casa aconteceu aos 23 minutos. Após bola alçada na área, Rodrigo Silva cabeceou, mas mandou para fora. Aos 25, em nova jogada aérea, a bola sobrou para Marcinho, que bateu forte. Danilo salvou o time rubro.

Estréia

Quando o Botafogo parecia dominar a partida, o América conseguiu abrir o placar. Aos 38 minutos, Romarinho puxou contra-ataque e rolou na medida para Jussimar, estreando com a camisa americana, tocar na saída do goleiro.

O time da Paraíba voltou o segundo tempo com Assis e Danielzinho nos lugares de Val e Carlinhos e começou melhor. Aos 2 minutos, David Luis tentou de cabeça e mandou para fora. Aos 9, Pedro Castro bateu de fora e a bola teve o mesmo destino.

No entanto, o América foi mais eficiente e marcou na primeira chegada da etapa complementar. Aos 13, Leomir aproveitou a falha da zaga, rolou para Jussimar, que bateu para ampliar o marcador.

Machucado, Danilo Baia saiu para a entrada de Felipe Macena. E foi ele o responsável por uma falta a favor do Botafogo, que resultou no gol do time paraibano aos 30 minutos. Após a cobrança, Ricardo saiu mal e Danielzinho aproveitou para marcar.

O gol animou o Belo, que passou a pressionar na reta final do jogo. Entretanto, sem sucesso. Vitória do América fora de casa por 2 a 1.

No próximo domingo (4), o América enfrenta o Cuiabá-MT, na Arena das Dunas, pela 16ª rodada da Série C.

Ficha Técnica

Local: Estádio Almeidão, João Pessoa-PB.

Árbitro: Leandro Bizzio Marinho – SP

Cartões amarelos: Marcelo Xavier, Marcinho, Pedro Castro, Sapé (Botafogo); Romarinho, Leomir, Danilo Baia (América)

Botafogo-PB: Michel Alves, Ângelo (Jefferson Recife), André Paulino, Marcelo Xavier e David Luis; Sapé, Val (Assis), Pedro Castro e Marcinho; Rodrigo Silva e Carlinhos (Danielzinho). Técnico: Itamar Schulle.

América: Ricardo, Danilo Baia (Felipe Macena), Cléber, Lucas Bahia e Danilo; Memo, Magno, Leomir (Diego Silva) e Jussimar (Pablo Oliveira); Luiz Eduardo e Romarinho. Técnico: Francisco Diá.

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sábado - 27/08/2016 - 10:45h
Campanha 2016

Em meio à crise política, candidatos do PT disfarçam partido

Do portal G1

Candidatos a prefeito pelo PT em parte do país têm trocado o tradicional vermelho por outras cores e escondido o principal símbolo do partido: a estrela.

Adversários políticos dos petistas dizem que os candidatos têm adotado essa estratégia para descolar as imagens deles da sigla.

Desgastado em razão do processo de impeachment de Dilma Rousseff e dos escândalos da Operação Lava Jato, o PT terá, nesta eleição, quase metade dos candidatos a prefeito em comparação com 2012: 992.

O PT de São José dos Campos-SP ficou azul com toque amarelo (Foto: Reprodução)

Em São José dos Campos (SP), o prefeito e candidato à reeleição Carlinhos Almeida decidiu trocar o vermelho pelo azul e pelo amarelo (cores características do rival PSDB). Também aboliu a estrela; no lugar, há um coração.

“Fui eleito por uma aliança de diferentes forças e nossa candidatura à reeleição também é fruto da união da várias visões em favor de São José. Assim como na eleição passada, nossas cores representam isso. Eu e o Dr. Macedo Bastos lideramos um grupo de dez partidos unidos sob a bandeira da cidade”, afirma o candidato.

Em Maceió, o candidato Paulão abusa do amarelo e do roxo na página da campanha no Facebook. A estrela não recebe destaque. Só o número 13 é que figura em vermelho. Trata-se de um visual bem diferente da página oficial do candidato, que é deputado federal, onde a estrela do PT ocupa o centro da foto, maior inclusive que a imagem dele.

Ideais petistas

“Existe uma tendência na suavização das cores no material de campanha. É uma questão gráfica, que vem evoluindo com o passar do tempo. Mas não tem nada a ver com ruptura ou desvinculação com a imagem do partido. O candidato continua firme nos ideais petistas. Ele, inclusive, sempre que pode, faz questão de utilizar as cores do partido durante as convenções ou encontros partidários”, afirma a assessoria de Paulão.

Em Londrina (PR), a campanha do candidato Odarlone Orente também não destaca a estrela. Ela aparece acanhada antes do cargo que ele pretende ocupar, assim como em outras cidades, em que a estrela aparece quase imperceptível no nome dos candidatos.

Em Brusque-SC, o PT quase não é percebido como partido na propaganda (Foto: reprodução)

Procurado, Orente diz que o círculo em volta do número representa a “infinitude, a relação que não se rompe e a aliança que quer ter com a cidade”. “A estrela a gente vai continuar utilizando, ela está no material e continuará sendo utilizada. Até porque o candidato é do PT, não tem como fugir disso. Sou filiado desde 1999.”

Sobre as tonalidades usadas ao fundo (laranja e amarelo), diz que representa um novo “amanhecer”, que ele e sua equipe querem para a cidade.

“A campanha buscou fugir do tradicional, é uma campanha jovem, por isso há algumas cores diferentes”, afirma ele, que ressalta, no entanto, que “em nenhum momento foi descaracterizado o partido”. “Não há como dissociar a minha figura do Partido dos Trabalhadores.”

Decisão de comum acordo

Em Brusque, o candidato Gustavo Halfpap também não usa o vermelho nem sequer no número. A estrela também não aparece. “Nós fizemos assim porque são as cores da nossa cidade. Também temos uma coligação com outros partidos, o PV, o PTC. Foi uma decisão de comum acordo e orientada pela nossa equipe de marketing. São as cores da nossa cidade”, diz.

Propaganda de Haddad encolheu número e diminuiu impacto do vermelho (Foto: reprodução)

Em São Paulo, o atual prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad divulgou a foto da campanha com uma estrela tímida dentro do 13 apenas. Mas outros materiais, como adesivos, apareceram depois com a estrela em destaque.

Questionado na quinta (25) se o PT pediu que a estrela fosse ampliada, Haddad afirmou: “Não houve nada disso. A decisão é sempre minha”. “Eu que tomo decisão sobre o layout da campanha.” Perguntado por que resolveu colocá-la pequena dentro do número, disse: “Tomei [a decisão] porque quis. Achei que ficou bonito assim.”

Contraponto

Essa não tem sido a tônica em todos os estados, no entanto. Em Fortaleza (CE), a candidata Luizianne Lins não só preserva a estrela, como utiliza várias delas. Também faz questão do vermelho-símbolo.

Na propaganda gratuita da TV, aparece, inclusive, entrando em um Fusca vermelho com o vice.

Em Fortaleza-CE e Boa Vista-RR a coragem de ser o que é e enfrentar tempestades (Foto: reprodução)

Em Boa Vista (RR), o professor Roberto Ramos também não abandonou o vermelho nem a estrela, pelo contrário.

Avaliação do PT

O vice-presidente nacional do PT, José Guimarães, diz que adotar uma tática de esconder os símbolos do partido é “dar um tiro no pé”.

“Essa é uma guerra que alguns setores da mídia querem fazer, que há gente escondendo a estrela. Se alguém estiver fazendo isso, é uma burrice, porque o partido, mesmo com todo o massacre em cima, para surpresa de alguns e tristeza dos mais conservadores está na frente em todas as pesquisas. Portanto, é uma burrice usar essa estratégia. O Lula é o maior transferidor de votos no Nordeste e em várias partes do Brasil.”

“Se o Haddad tiver que se eleger prefeito, e eu acho que ele vai crescer e vai conseguir, ele vai se eleger todo mundo sabendo que ele é do PT. Ninguém nega o que é na vida.”

Veja matéria originalmente na página do G1 clicando AQUI.

Nota do Blog – Em Natal, a chapa deputado Fernando Mineiro (PT)-advogada Carla Tatiane (PCdoB) também suaviza a estrela e o vermelho, que fazem parte da simbologia petista.

Apresentam-se em fotografia oficial da campanha sem eles.

Fernando e sua vice: tudo branco, sem estrela, sem o vermelho (Foto: divulgação)

A aposta é num branco límpido, quase diáfano.

O marketing pode muito, mas não pode tudo. Essa camuflagem pode até atenuar o impacto das nuvens carregadas sobre o partido, mas não é capaz de milagres.

O PT tem que enfrentar a tempestade de cabeça erguida, cara limpa, com estrela e seu vermelho, apresentando o que tem de positivo e fazendo um mea culpa.

Errou, errou muito, mas também tem suas virtudes. Precisa refletir sobre tudo, parando de se escorar no velho complexo de transferência de culpa.

Quando o partido completava 24 anos em 2003, Lula chegou a afirmar:

– Nós não podemos errar, não temos o direito de errar e não temos o direito de fracassar. (Veja AQUI).

Errou ele, errou o PT.

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sábado - 27/08/2016 - 08:37h
Mossoró

Hoje tem “Banda H” com puro pop rock no Boulevard

A Banda H vai se apresentar neste sábado (27) no Boulevard Central em Mossoró, a partir das 14h.

Puro pop rock com músicos de primeira linha, comandados por Herbert Mota.

Banda H tem repertório que explora músicas de grande sucesso (Foto: divulgação)

Seu repertório é feito à base da musicalidade dos anos 80, mas transitando também pelos bons momentos da música dos anos 70 e 90.

Vamos lá!

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sábado - 27/08/2016 - 08:14h
Mossoró

Líderes estaduais têm pouco a oferecer à sucessão municipal

Qual o peso – na atual campanha municipal – de lideranças estaduais que num passado até recente eram muito aguardadas nos palanques políticos, em Mossoró?

Será que existe apenas um esvaziamento da influência de tradicionais lideranças locais (como abordado pelo Blog ontem – veja AQUI), ou também essas expressões de nível estadual estão em baixa?

Garibaldi e Fátima são lideranças que podem ser importantes à campanha municipal (Foto: montagem)

Os primeiros dias de campanha não empolgaram o eleitor. Os próprios candidatos apostam numa programação inicial com limitações que estão longe das manifestações do passado, quando ocorriam comícios, passeatas e carreatas expressivos.

Por enquanto, o ambiente mais efervescente é a Internet e suas redes sociais, com as campanhas descarregando propaganda e fomentando participação de seus militantes, numa guerra que é irreal diante do que é visto nas ruas. São dois mundos distintos.

Robinson Faria

No palanque do atual prefeito e candidato à reeleição, Francisco José Júnior (PSD), é difícil que apareça o líder estadual do seu partido que teve votações maciças ao Governo do Estado em Mossoró, governador Robinson Faria (PSD).

Até aqui, ele refugou até mesmo presença na convenção partidária do prefeito no início deste mês, num ambiente plenamente favorável. Escalou o filho e deputado federal Fábio Faria para esse fim.

Os dois têm profundo desgaste público no município, capaz de provocar um efeito oposto à energia de uma fusão nuclear: queda livre mais acentuada de ambos.

Henrique e Garibaldi

No palanque de Rosalba Ciarlini (PP), ex-governadora, liderança como do ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Alves (PMDB) não é vista como salutar, em face do seu envolvimento com escândalos de repercussão nacional.

Outro apoio, após anos sendo satanizada pelo rosalbismo, seria da ex-governadora e hoje candidata a vereador em Natal, Wilma de Faria (PTdoB). Por Mossoró, também não deve aparecer, mesmo tendo sido uma governante com bom acervo de realizações para o município.

Quanto ao senador Garibaldi Filho (PMDB), há maior leveza. Teoricamente pode acrescentar ao lado do seu PMDB à campanha de Rosalba, pois sofre menor desgaste e passa incólume a tsunami de escândalos nacionais.

Agripino

Em relação ao candidato Tião Couto (PSDB), seu partido já contou e deve contar com a presença do seu presidente estadual em Mossoró, deputado federal Rogério Marinho. Mas ele tem muito mais a capitalizar para 2018 do que acrescentar à votação do candidato Tião agora.

Henrique e Agripino: dois palanques (Foto: Câmara Federal)

Outro nome com Tião, é do senador José Agripino (DEM). Sua trajetória política em Mossoró sempre foi vinculada ao casal Rosalba-ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado. Hoje, sua referência local é a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) que levou o DEM para Tião Couto.

A participação de Agripino, do ponto de vista da imagem pessoal, num momento que o país caminha para fim da era PT, pode acrescentar ao discurso da chapa Tião-Jorge do Rosário (PR), mas provavelmente de forma residual.

O ex-deputado federal João Maia, dirigente estadual do PR, trabalhou para levar seu partido à coligação de Rosalba. Deverá ficar distante da sucessão, num colégio eleitoral em que tem escassa influência sua.

Fátima Bezerra

Com a candidatura de Gutemberg Dias (PCdoB), que traz como vice uma jovem militante do PT, Rayane Andrade, temos a atração esperada da senadora Fátima Bezerra (PT). Deve catalisar a participação da militância petista, mesmo num momento de desgaste de seu partido no plano nacional e flacidez local.

Já o candidato a prefeito Josué Moreira (PSDC), não tem qualquer político de expressão estadual o apoiando. O nome de maior representatividade é do vereador natalense e advogado Joanilson de Paula Rêgo.

Ele é dirigente da executiva do PSDC no Rio Grande do Norte, com largo conceito no meio forense, mas sem peso eleitoral em Mossoró.

Como chegou a definir o senador Garibaldi Filho sobre a política mossoroense, à época em que ainda era governador do Estado, “Mossoró é muito difícil”.  Se é! Ô!

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sábado - 27/08/2016 - 06:56h
Sucessão mossoroense 2016

Programas de rádio fazem séries ouvindo candidatos

Dois programas de rádio promovem série de entrevistas com candidatos a prefeito de Mossoró, neste sábado (27).

Josué estará em duas rádios hoje (Foto: Web)

Os programas “OAB em Ação no Rádio” e “Página Um, respectivamente nas rádios FM 105 e FM Rural (990 Khz), dão espaços para que os disputantes da Prefeitura de Mossoró apresentem suas ideias e conhecimento.

O OAB em Ação no Rádio, sob a apresentação dos advogados Aclecivam Soares e Canindé Maia (presidente local da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB) vão ouvir Josué Moreira (PSDC), das 9h às 10h. Sábado (20) passado foi Tião Couto (PSDB).

Veja AQUI a sequência das entrevistas na FM 105.

Mais Josué Moreira

Já no Página Um, o apresentador Rodrigo Rodrigues e convidados começam hoje a série de sabatina dos cinco candidatos a prefeito. Por coincidência, também ouvem Josué Moreira.

O programa vai ao ar entre 12 e 13 horas.

Veja AQUI a sequência das entrevistas na Rádio Rural de Mossoró.

Segunda-feira (29), quem começará também  uma sequência de entrevistas é a FM 95, dentro do programa “Meio-dia Mossoró” apresentado por Carol Ribeiro e Bruno Barreto.

O primeiro a ser ouvido será Gutemberg Dias (PCdoB).

Veja AQUI a sequência das entrevistas na FM 95.

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sábado - 27/08/2016 - 03:56h
Eleições proporcionais

Entenda como fazer cálculo para obter ‘Quociente Eleitoral’

Do Blog do Tio Colorau

A regra do Quociente Eleitoral, adotada no Brasil desde a Constituição de 1934, não é simples de ser compreedida, sobretudo pelo fato de nem sempre o candidato com maior número de votos ser o contemplado com a vaga. Neste post tentaremos explicar como funciona o quociente eleitoral, incluindo o cálculo das “sobras”, geralmente esquecido por quem tenta explicar a regra.

O primeiro passo é dividir o número de votos válidos (excluindo nulos e em branco), pelo número de vagas existentes. No caso da campanha presente para vereador, dividiremos o total de votos válidos por 21 (Mossoró), chegando assim ao chamado quociente eleitoral.

O segundo passo é dividir o quociente partidário (soma dos votos do partido ou da coligação, nominais ou de legenda) pelo quociente eleitoral.

Assim, se a coligação ou partido tiver obtido 43.000 votos e o quociente eleitoral for 5.000, ela já garante 8 vagas (os oito mais votados).

Vamos colocar de forma exemplificiativa, supondo a existência de quatro coligações, com as votações abaixo:

Coligação A – 43.000 votos

Coligação B – 35.000 votos

Coligação C – 23.000 votos

Coligação D – 4.000 votos.

Num primeiro cálculo, onde se divide o quociente partidário pelo quociente eleitoral, as coligações conquistarão as seguintes vagas, respectivamente: 8, 7, 4 e 0.

A soma chega a 19, mas são 21 as vagas existentes. Vamos então explicar o cálculo para a escolha destas duas “sobras”, o que poucos fazem.

No segundo momento, divide-se o quociente partidário pelo número de vagas obtidas + 1. (OBS. A coligação D não entra, pois não alcançou o quociente eleitoral).

Assim:

Coligação A – 43.000 / 9 (8+1) = 4.700

Coligação B – 35.000 / 8 (7 + 1) = 4.370

Coligação C – 23.000 / 5 (4+1) = 4.600.

A coligação A fica então com a primeira sobra. O cálculo segue com uma única diferença, a coligação A terá que somar 9 + 1, em razão da nova vaga conquistada.

Coligação A – 43.000 / 10 (9+1) = 4.300

Coligação B – 35.000 / 8 (7 + 1) = 4.370

Coligação C – 23.000 / 5 (4+1) = 4.600.

Assim, a coligação C fica com a segunda e última sobra.

Ao final teremos a seguinte composição na Câmara:

Coligação A – 9 vereadores

Coligação B – 7 vereadores

Coligação C – 5 vereadores

Coligação D – nenhum vereador.

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sexta-feira - 26/08/2016 - 23:59h

Pensando bem…

“A ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados.”

Alexandre Herculano

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