Por François Silvestre
Chegando a Martins, encontro uma amiga de longo tempo, no Mirante Mãe-Guilé. Abração e cheiros. Ela pergunta: “François, você já foi alcoólatra”?.
Respondi de pronto: “Não. Eu sou alcoólatra”. Não consigo viver sob abstemia de álcool.
Porém, como em tudo tem porém, ou entretanto mas porém, como dizia Zé Limeira, meu alcoolismo é seletivo. Só tomo cerveja. E só tomo cerveja muito gelada. Ou chopp com pressão. E tem as marcas preferidas.
Na ausência da cerveja, não tomo pinga nem uísque nem vinho. Quando muito, no meu alpendre em Cajuais da Serra, um vinho do Porto com queijo de coalho maturado, envelhecido fora de geladeira.
Na praça Floriano, do Rio de Janeiro, tomo chopp com salmão grelhado.
No bar da esquina da Cândido Mendes, na Glória, chopp com frango acebolado.
No Catete, defronte do Palácio de mesmo nome, chopp com bolinho de bacalhau.
É ou não é um alcoolismo afrescalhado?
Na Colônia Penal eu tomava até refresco de maracujá com álcool.
Gazaneo Cabral trazia álcool da oficina e nós o misturávamos numa proporção de uma garrafa de álcool para três de suco do maracujá.
Mas hoje é democracia. Para esse regime de bosta, melhor do que a merda milicada, nada como uma frescura alcoólica.
Fui, forçado pelas molecas, a uma psiquiatra. Ela lá pras tantas me perguntou: “Por que o senhor insiste na cerveja”?
Respondi: “Pra não ter de gastar dinheiro com a senhora”!
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Grande Fransuá, se escreve François,é Francisco em francês.Lei-o sempre neste blog.Precisamos nos encontrar para umas “cervejas” e botar o papo em dia, com atraso de anos.Nas passadas para Martins, de um oi pelo oi para nos encontrarmos (988159925).gde abraço
NOTA DO BLOG – Paiva e François, eu vou ficar de fora, é?
Sei não…
Eu levo uma Serra Limpa, para não impor maior ônus aos dois amigos.
Inté!
Sobre Álcool versus abstemia, lembrei disto:
O General Montgomery estava sendo homenageado, pois venceu Rommel na batalha da África, na IIª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:
“Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói”
Churchill ouviu o discurso e com ciúme, retrucou:
“Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.”
Winston Churchill
KKKKKKKKKKK Isso foi verdade? Se foi, eiiiiita caba macho. Respondeu em cima da bucha a uma pergunta indiscreta. As vezes, é ”mió calá” do que abrir a boca para falar o que não deve.
Certa vez um rapaz desconhecido e em tom de deboche, me perguntou em publico se eu ainda ”levantava”. Eu pedi pra ele perguntar à sua mãe, respeitando a ausência do seu pai para não estragar a ”amizade colorida” que eu tendo com a mesma.
Algumas pessoas chegando a idade mais avançada, ficam com o pavio curto. O meu acabou quando eu completei 50 anos. De lá pra cá e dependendo da situação, a tolerância é ZERO.
Ah, eu não sou ignorante e nem tão pouco estupido. Entretanto, em certas ocasiões e dependendo do grau de ”indiscretamento”, eu não sou mais grosso por falta de espaço.
E vamos cantar.
♫ Eu bebo sim
♫ Eu vivendo
♫ Tem gente que não bebe
♫ E está morrendo
Pensando bem, na minha opinião, a melhor bebida do mundo é a cerveja bem gelada. Dependendo da ocasião e do clima, um Jack Daniel´s à la cowboy cai bem e evita-se de fazer inúmeras viagens ao WC.
É triste e massacrante a constatação da expressiva existência das famosas BOCAS-DE-CHAFURDO e ALMAS SEBOSAS, que vivem o cotidiano a procurar defeitos nos outros, e quando não os encontra, cria-os, forjando-os nos abissais e pútridos pântanos da alma. Eis que, certo dia, em meu costumeiro FINDE em minha amada terrinha natal, encontro-me com um amigo que há muito tempo não o avistava. Depois de muitas indagações, lança – de chofre, a imbecil pergunta : É verdade que você é um pau D D´água ? (alusão a quem bebe diariamente e por isso rotulado de alcoólatra) . De bate-pronto respondi-lhe, e aproveitei a deixa para também lançar a minha pergunta, no mesmo diapasão: Sim, É verdade !. Agora lhe pergunto: É verdade, também, que você é um famoso pau no c…?. O cara não falou mais nada e saiu a passos largos, olhando para trás com uma tremenda cara de encabulado. Como dizia a minha saudosa avó paterna dona Nicinha Maia, da brava gente do Catolé do Rocha-PB: “Quem diz o que quer, ouve o que não quer”.
Dr. Paiva Lopes, meu irmão Nonato, saudade. Espero vê-lo brevemente. Vou registrar o fone e entrar em contato. Espero-os na Serra…