D’O Estado de São Paulo
Quando alguém perguntava ao Fagner sobre a importância de Belchior na sua carreira, por causa da parceria deles na música Mucuripe, o cantor falava com certa mágoa sobre ele, sem entrar em detalhes o que motivou tal sentimento.
“Agora é deixar de lado as diferenças pessoais e lamentar a perda de um grande artista para nossa geração de cantores do Ceará, por ser, talvez, o parceiro da música mais importante, que é Mucuripe e para a música brasileira, que é inegável”, disse Fagner por telefone de sua casa do Rio de Janeiro.
Fagner ficou sabendo da morte de Belchior logo cedo por meio de Fausto Nilo, compositor e poeta, que fez parte do que se rotulou de “pessoal do Ceará” (cantores e compositores que despontaram na música no início dos anos 1970).
“Belchior foi muito importante para uma geração de cantores do Ceará que veio tentar a sorte no sudeste. Foi uma pessoa que fez com que eu viesse para o Rio de Janeiro. Certamente não teria vindo sem seu apoio. Ele foi fiador da minha vinda junto à minha família, lá em Brasília. Então, ele tem uma importância enorme para mim, acima de qualquer diferença pessoal que a gente não conseguiu resolver ao longo da vida”, enfatizou Fagner.
O cantor explicou que nem ele nem Belchior aceitaram o rótulo de “pessoal do Ceará”, na época que se lançaram, porque eles não se consideravam pertencente ao grupo, e que o nome nasceu por conta de um disco lançado em 1973, pelos cantores Rodger Rogério, Teti e Ednardo, Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem – Pessoal do Ceará.
“Nem era um grupo, mas Belchior e eu nos negavámos a ser classificados de ‘pessoal do Ceará’, porque fazíamos músicas com propostas diferentes das deles.”
Em 2009, Fagner encontrou com Belchior, quatro dias antes dele sumir e começar às especulações sobre seu paradeiro. Os cantores participaram de um evento da música em Canela, no Rio Grande do Sul, e conversaram no hotel em que ficaram hospedados.
Reencontro
“Nos encontramos depois de muito tempo, no restaurante do hotel, no café da manhã, estavam outros artistas como Sérgio Reis e Amado Batista. Batemos um bom papo, falamos de música, sobre a vida, livros, foi quando ele me mostrou um poema que ele escreveu para mim. Depois disso, nunca mais o encontrei”, relembra Fagner.
A música Mucuripe foi lançada em 1972, no Disco de Bolso do jornal O Pasquim, por Sérgio Ricardo, e logo em seguida foi gravada por Elis Regina e Roberto Carlos.
“Foi a música que nos projetou, tanto eu como Belchior, devemos a ‘Mucuripe’, isso”, entende, E como diz o trecho inicial de Mucuripe, a mágoas entre os cantores foi levada “Pras águas fundas do mar”. “As velas do Mucuripe/Vão sair para pescar/Vou levar as minhas mágoas/Pras águas fundas do mar”.
Velório, sepultamento, biografia
Belchior morreu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, onde estava ao lado da esposa Edna, que o encontrou sem vida no domingo (30). Análise preliminar indica que o cantor cearense morreu em razão do rompimento da artéria aorta, segundo a delegada Raquel Schneider. Schneider falou com o médico do IML da cidade de Cachoeira do Sul, responsável pela necropsia em Belchior.
Veja matéria completa AQUI, com detalhes sobre morte, velório, sepultamento e biografia.
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Era uma pessoa interessada no seu eu. E NÃO SE PREOCUPAVA COM O QUE A SOCIEDADE E DIZER SOBRE ELE.
BICHO Tinha algo que só uma ser teria a capacidade de tirar dele. DEUS. E ESSE ACHOU QUE ELE JÁ DEVERIA IR. Existe muitas coisas escrita que estão na gaveta do tempo. Que vai mudar um pouco a música e os versos que está em fogo.
Bichor se parece um pouco com você na forma profissional sua no jornalismo. Ele não ver tudo em todos. E o grande era simplesmente normal. Por ser todos seres humanos e mortais.
Sou apenas um rapaz latino e americano.
Tenho pouco real no bolso e não sou nem de família importante.. sou apenas uma Cruz no caminho as vezes de pessoas pra fazer o bem.
Esse é um resumo da pessoa que eu achava que é o reflexo de Bichor.
Hit.
Era uma pessoa interessada no seu eu. E NÃO SE PREOCUPAVA COM O QUE A SOCIEDADE ia DIZER SOBRE ELE.
BICHO Tinha algo que só um ser teria a capacidade de tirar dele. DEUS. E ESSE ACHOU QUE ELE JÁ DEVERIA IR. Existe muitas coisas escrita que estão na gaveta do tempo. Que vai mudar um pouco a música e os versos que está em fogo.
Bichor se parece um pouco com você na forma profissional sua no jornalismo. Ele não ver tudo em todos. E o grande era simplesmente normal. Por ser todos seres humanos e mortais.
Sou apenas um rapaz latino e americano.
Tenho pouco real no bolso e não sou nem de família importante.. sou apenas uma Cruz no caminho as vezes de pessoas pra fazer o bem.
Esse é um resumo da pessoa que eu achava que é o reflexo de Bichor.
A vida é uma janela em uma rua colorida. E isso que eu humilde escritor veja da vida.
Belchior. Uma artista para o tempo. Assim como os versos que eles deixou em suas músicas.
É enojante todo esse incenso jogado sobre o Belchior, veiculado por todo o Brasil. Onde estavam todos esses que hoje o eleva aos umbrais da glória e da intelectualidade artística ?. Essa mesma Rede Esgoto de Televisão, que ontem dedicou cerca de 20 minutos tecendo louros e glória ao Belchior, em seu programa de horário nobre de nome FANTÁSTICO, foi a mesma que no ano de 2009 designou uma equipe de repórteres para caçá-lo feito bandido no Uruguai, pelo simples fato do mesmo ter abandonado um seu carro em um estacionamento de aeroporto paulista. Quanta hipocrisia da classe artística brasileira !. O Belchior estava atolado em dívidas, depressivo, e nunca apareceu nenhum FDP da MPB para cerrar fileiras e fazer uma campanha junto aos amigos cantores, desde Roberto Carlos até o mais humilde cantor brasileiro, para ajudá-lo a quitar essas dívidas. Vejam o vídeo feito pela Rede Esgoto. //youtu.be/2WgfviwBp-0