Por François Silvestre
Chove e muito por aqui. De forma irregular, pois não se tem confiança na continuação com regularidade. Mas choveu bem, nos dois últimos dias.
Vários açudes sangraram. É boa notícia? Nem tanto.
Muitos sangraram rapidamente porque estão assoreados. Aterrados. Com o porão rente à base da parede. Cinco anos de seca nas nuvens e nas ações do poder público. E no descaso de fazendeiros, se é que ainda exita esse bicho.
Ninguém teve a preocupação de refazer os porões dos açudes, apesar da cobrança. Cavação com trator, jogando o material retirado para o lado a jusante da parede.
Refazia a capacidade de armazenamento e reforçaria a parede. Simples assim.
Isso foi cobrado insistentemente, mas em vão. Estão enchendo e secarão logo.
Fazer o quê? A deseducação é a mãe da burrice.
Nota do Blog Carlos Santos – Conversava hoje pela manhã com amigos, justamente sobre isso. Atentávamos para o detalhe de que muitos reservatórios logo tinham sangrado, justamente pelo assoreamento e não porque as chuvas tenham sido desmedidas.
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Quando chove em Mossoró, a minha primeira lembrança que vem à minha mente é a falta de energia nos tempos em que a ex incompetente Cosern era administrada pelos incompetentes governos estaduais. Diferente dos dias de hoje, né não? Maravilha de privatização.
Mais: quando chovia à tarde, aliás, em Mossoró só chove durante a tarde, a falta de energia se arrastava até altas horas da noite. Como os pais não admitiam as filhas namorarem no escuro, mesmo que o namoro à distancia acontecesse na sala de visitas de suas casas, os namoradores aproveitavam a ”folga” imposta pela Comensa, antigo nome da Cosern, e enchiam a cara nos bares. As namoradas, coitadas, no escuro, sem vícios e proibidas de ir sequer à casa do vizinho, armavam as redes, danavam o pé na parede e… haja balanço. Som? Só dos armadores..♫ rinc….ronc…rinc….ronc… rinc….ronc
Lá pela meia noite quando todos já dormiam…eis que chega a energia. Os palavrões, óóóóóóóóóóóóóó
E quando todos em uma casa de deitavam e balançavam a rede ao mesmo tempo?
Viiiiixi! Homi, era uma sinfonia de causar inveja a Mozart. O povo que passava na rua parava em frente à casa só para escutar a marmota KKKKKKKKKKKKKK Parecia mais num balaio cheio de gatos novos e adultos gemendo sem parar e todos querendo sair do balaio ao mesmo tempo KKKKKKKKKKKK E se alguém ou mais roncava alto, pronto! Alem da falta de energia, luz de lamparina, muriçocas zoando nos ouvidos, o barulho das redes e os roncados…Ninguém dormia na vizinhança.
Mesmo assim, eu ainda acho que muita gente era feliz e não sabia. Inclusive eu.
O homem padece por suas próprias ações. Faz ouvido de mercador e perde a água da vida.
A exemplo do nobre parente e amigo François Silvestre, sempre alertei o ex-prefeito Flaviano Monteiro para aproveitar enquanto a Mãe-Lagoa da minha amada cidade Apodi estava com o seu leito totalmente seco e ressequido para, utilizando o potente trator de esteiras, enchedeiras e caminhões-caçambas, retirar todo o material que há imemoriais anos havia se acumulado no leito, em acelerado processo de assoreamento pelo barro e areia carreados pelas águas pluviais que desciam da serra do Apodi e entornos da lagoa. A lagoa apresenta uma particularidade por demais interessante. É que o canal natural por onde ela é abastecida pelo rio Apodi durante os copiosos invernos, que antigamente recebia o histórico nome de “Passagem do Carcará”, ali na ponte da BR-405 entrada da cidade de Apodi no sentido Itaú-Apodi, é o mesmo canal por onde ela sangra. Ocorre que, devido o assoreamento da lagoa, o nível do seu leito já está quase igualado ao nível do rio Apodi, o que só possibilita a acolhida de menos da metade da água em seu leito, em sua capacidade antiga de profundidade. Hoje, tal serviço de desassoreamento requer vultosos gastos com maquinário pesado para realização de serviço de dragagem. Uma lástima, pois.
LULA LIDERA EM TODOS OS CENÁRIOS PESQUISA CNT/MDA PARA 2018.
MATÉRIA NO BLOG COMBATE À CORRUPÇÃO – //combatecorrupcao.blogspot.com.br/
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS NESTE TRIMESTRE. AGUARDEM.
AS DENÚNCIAS DO EX-PROCURADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE MOSSORÓ ESTÃO SENDO APURADAS.
Mais de 4 anos de seca, milhares de cabeças de gado dizimadas, açudes com suas paredes rachadas e tomadas de formigueiros e com suas paredes assoreadas, mas nenhum prefeito, nenhum secretário de recursos hídricos foram capazes de oferecer ajuda ao agricultor ou agropecuarista ou “homem do campo” para manter e conservar suas pequenas represas. Não se venha falar em descasos de fazendeiros ! ainda vem falar de cavação com trator ! sabe quanto custa 1 hora de trator ? a maioria desses pequenos açudes que sangraram, estão localizados em pequenas propriedades, onde o “fazendeiro” perdeu quase todo o seu rebanho por causa da seca, sem ter dinheiro para comprar um saco de residio pra dar de alimento para as poucas cabeças que sobraram, aí vem um cidadão falar que ninguém teve preocupação de refazer porão de açude !