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segunda-feira - 04/02/2019 - 08:22h
Política

“Caciques” resistem à “onda” e vencem disputas paroquiais

Parte da imprensa pesa e sobrepesa as eleições suplementares em Santa Cruz e Passa e Fica, ocorridas ontem (domingo, 3) – veja AQUI.

Em parte do noticiário/comentário, já há um balanço majoritário que aponta uma derrotada.

Nos dois municípios, a governadora Fátima Bezerra (PT) teria sido atropelada, por apoiar chapas contendoras que não tiveram êxito nas urnas.

Fazemos uma avaliação sob outra ótica, sem desconstruir o pensamento alheio.

Respeitamos.

Os dois pleitos evidenciaram a vitória de grupos tradicionais, com clara prevalência do discurso paroquial sobre o estadual ou nacional. Ninguém perdeu por ter a governadora como aliada. Ninguém venceu por tê-la apoiando adversários.

A propósito, a governadora não esteve em qualquer comício.

Tomba

Em Santa Cruz, a liderança e o peso do grupo do deputado estadual Tomba Farias (PSDB) ficaram claros demais. Ele pontifica no lugar há quase 20 anos.

Sua mulher – Fernanda Costa (MDB) – foi cassada à prefeitura em novembro do ano passado, ao lado do vice-prefeito Ivanildo Ferreira (PSB) e mais 6 vereadores. Mesmo assim, numa hábil e densa costura política, ele recompôs seu esquema e garantiu a eleição de duas mesas diretoras interinas na Câmara Municipal, além de aboletar dois prefeitos provisórios em curto espaço de tempo.

Completou a goleada no domingo (3), com a vitória de Ivanildo, o “Ivanildinho”, à prefeitura, com o vice Glauther Adriano Azevedo Silva (MDB). Ivanildinho foi vice da própria Fernanda, não tendo sido alcançado pela cassação em massa do ano passado.

Pepeu

Em Passa e Fica, novo êxito do grupo de Pepeu Lisboa. Ele é o principal líder político do município, tendo sido prefeito por cinco mandatos.

Ontem, o seu sobrinho e ex-prefeito Celso Luiz Marinho Lisboa (PSB), o “Celu”, com Maria de Lourdes Silva do Nascimento (PSD) a vice, venceu as eleições. Celu foi prefeito entre 2005 e 2008.

É claro que se as chapas litigantes tivessem vencido nos dois municípios, haveria exaltação desse sucesso como crédito dela – a governadora. Mas a linha de raciocínio não seria diferente.

Os dois resultados eleitorais mostraram, sim, que continua viva a força do caciquismo. A onda antissistema que eclodiu nas urnas em 2018, não chegou em Santa Cruz e Passa e Fica. Talvez fique para a próxima eleição. Talvez.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política

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