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terça-feira - 29/08/2017 - 14:59h
Segurança

Coronel deixa comando criticando Robinson por abandonar PM

Nessa segunda-feira (28), o Rio Grande do Norte mudou pela quarta vez, na gestão Robinson Faria (PSD), o comando geral da Polícia Militar.

O coronel André Azevedo, ao transmitir o cargo ao sucessor, Coronel Osmar Oliveira, falou com firmeza sobre o cenário de penúria da corporação. Atestou queda no custeio de R$ 35 milhões para 24 milhões no orçamento 2017 e disse que se fazia “mais com menos”.

Antes de propriamente começar sua fala, pediu um minuto de silêncio em lembrança aos 14 policiais mortos este ano no estado, a quem tratou como “verdadeiros heróis”.

“Coincidência ou não, a redução do custeio da PM foi acompanhada pelo aumento dos indicadores da violência”.

Também ironizou Robinson por ter assinado sua exoneração sem assumir que na verdade o afastara do cargo sumariamente:

– “Agradeço ao governador, a gentileza de constar no ato de exoneração o termo ‘a pedido’, quando sabemos que isto não ocorreu.”

Ao abrir seu discurso no Quartel do Comando Geral da PM, o coronel filosofou: “Há tempo de estar calado e tempo de falar”. Para ele, não é possível fazer muito mais pela segurança, com as condições que os policiais e seus comandantes trabalham.

Robinson evita solenidade

Lembrou que recebeu o comando da PM com atrasos de pagamentos de diárias operacionais, promoções, desmotivação do oficialato e a falta de estrutura operacional etc. Asseverou, que os problemas persistem até o momento da transmissão do cargo.

O governador Robinson Faria, ao contrário das vezes anteriores, evitou participar da transmissão de comando. Quem o representou foi a delegada civil Sheila Freitas, secretária de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED).

Leia também: Azevedo e o Governo da Segurança que massacra a PM AQUI (Por Rubens Lemos Filho);

Leia também: Governador segue rotatividade na PM em busca de culpados AQUI.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. naide maria rosado de souza diz:

    Ouvi, de ponta à ponta, a palavra do Coronel André Azevedo. Destemido, corajoso, conhecedor dos problemas de segurança do RN e do Brasil. Atento, respaldado em tudo o que disse. Sua fala é de âmbito nacional.
    Jornalista Carlos Santos, afirmo: não se perde um homem desses. Quando vi você publicar o discurso de transmissão do cargo, entendi logo que era para ser ouvido. As Polícias Militares de todos os estados deveriam ouvi-lo.
    O governador Robinson Faria não compareceu à solenidade. Conhecia aquele soldado coronel que dispensou, covardemente, alegando ser a pedido .Conhecia-lhe a estrutura, a bagagem que carregava. Não suportaria ouvir-lhe as verdades.
    Coronel André Azevedo não poderia ser perdido. Arguiu sobre a falta de promoções que estão mofando no tempo, palavras minhas as finais. Arguiu sobre os recursos da Instituição, cada vez mais diminuídos. Elogiou quem ajudou contribuindo com munições, porque até essas faltam. A precariedade das viaturas…tudo abordado, colocado em panos limpos, o que se chama de transparência. Governador, de fato, não poderia estar presente. Falta-lhe a “Fibra de Herói” que existe em quantidade no Coronel André Azevedo.
    “A PM/RN, faz mais com menos.”

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