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terça-feira - 06/06/2017 - 12:28h
Operação Manus

Dinheiro de “Caixa 2” foi usado à compra de apoios em 2014

A campanha estadual de 2014, que teve como um dos candidatos ao governo estadual o então deputado federal Henrique Alves (PMDB), é um dos focos da investigação do Ministério Público Federal (MPF) na “Operação Manus”. Há indicadores fortes de que farto dinheiro de “caixa 2” alimentou campanha dele ao governo estadual, dando combustão à compra de apoios.

O procurador da República, Rodrigo Telles, admitiu essa linha de apuração em entrevista hoje pela manhã, em Natal, ao lado de outros integrantes do MPF, representante da Receita Federal e delegados da Polícia Federal.

Preso hoje, Henrique teria usado empresas para municiar sua campanha e compra de apoios (Foto: Estadão)

Disse que MPF, Receita Federal e Polícia Federal apuram o caminho do dinheiro que irrigou a campanha de Henrique, preso hoje (veja AQUI e AQUI), tendo substancial documentação de “ilicitudes” na origem,  no uso e na tentativa de legalização desses recursos.

Houve empresas usadas “especificamente para repasse de recursos” à campanha. Algumas foram criadas pouco antes da própria campanha e outras já existiam, sublinhou Telles.

A empresa “Prátika Locações” (conheça AQUI) aparece em relevo. Chegou a sacar grandes volumes de dinheiro em espécie na campanha, despertando a atenção da Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAFI). Por suas contas passaram cerca de R$ 9 milhões.

Seu diretor, sócio-proprietário Fred Queiroz, é um dos presos preventivamente hoje (veja AQUI), ao lado de sua esposa, jornalista Érika Nesi e do filho Matheus Nesi. Atualmente, Queiroz é secretário de Obras da Prefeitura de Natal.

“A gente analisando a própria época desses saques de valores em espécie nota inclusive que nas vésperas do 2º turno foram sacados cerca de R$ 2 milhões em espécie, o que gerou a suspeita concreta de que esses recursos possam ter sido utilizados para compra de votos”, destacou o procurador Rodrigo Teles.

Compra de apoio político

“A empresa Prátika realizou diversos repasses para políticos nessa época de campanha, exatamente em momento posterior ao recebimento de repasse da conta de campanha de Henrique Alves ao governo de 2014 que indica aí também a compra de apoio político”, deduziu o procurador.

Fred e Érika foram presos também hoje

Revelou ainda, que Henrique Alves teve uma atuação para liberar o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quando aconteceu impasse sobre superfaturamento da obra da Arena das Dunas. O Tribunal de Contas só indicou o sobrepeso em 2016.

Depois de resolver o imbróglio, “a OAS deu dinheiro para a campanha de Alves para o governo do estado do RN”, disse o procurador. Mas também houve irrigação financeira da Construtora Norberto Odebrecht, Carioca Engenharia e da Andrade Gutierrez.

Empresas de fachada

Parte do valor de R$ 77 milhões foi repassado de maneira ilícita para as campanhas eleitorais, divididos em repasses oficiais e por caixa 2.

“O dinheiro declarado oficialmente na campanha saiu para empresas de fachada, que supostamente prestariam serviços para a campanha”, reiterou o delegado Osvaldo Scalezi.

“A investigação mostra um arquétipo clássico da Lava Jato: a troca de favores entre políticos e entre empresas”, comentou o delegado da Receita Federal, Francisco Aurélio de Albuquerque Filho.

Henrique Alves, Fred Queiroz, Érika e Matheus Nesi ficarão presos no RN, porém não houve divulgação do local (ou locais) especificamente.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. FRANCISCO diz:

    Essa tal de Érika Nesi só queria ser a tal nas redes sociais. Vixxxxeeee !!! Era cada pose !!!

  2. Raniele Costa diz:

    Infelizmente essa prisão de Henriquinho é temporária, não vai dar nem pra comemorar, vamos ficar torcendo que a prisão dure pelo menos uma semana.

  3. João Claudio diz:

    Qual o politico brasileiro que não compra apoio para se eleger??????????

    Seja presidente da republica, seja vereador?

    Tá tudo contaminado.

    Tenho dito isso há tempos, assim como tenho dito que VAI PIORAR, assim como tenho dito, ANOTEM.

  4. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Não entendi ele não ter sido algemado. Ou pelo menos colocado as mãos para trás.
    Se for levado para Curitiba o japonês da tornozeleira vai logo orientá-lo a colocar as mãos para trás.
    Cunha colocou as mãos para trás. Não é possível que o coleguinha proceda de forma diferente.
    AS COISAS COMEÇAM A SER COLOCADAS NOS SEUS DEVIDOS LUGARES.
    Ninguém se surpreenda se antes das fogueiras mais novidades no RN e em Mossoró.
    //////
    OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS DEPOIS DA PASSAGEM DO COMETA HALLEY EM 2061?

  5. João Claudio diz:

    Calma, Inácio. Só o fato dele sair do luxo de uma cobertura e passar a comer quentinha e a cagar de cócoras numa cela, já é de bom tamanho para darmos boas gargalhadas.

    Lá se vai a minha primeira. Grave, viu?

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Agora, o meu grito de guerra:

    ♫ Bacura, Bacura, Bacura Cura Cura

    ♫ É Rau, é rau, é rau, é rau, é rau

    ♫ Bacurau, Bacurau, Bacurau, Bacurau

  6. marcelo silva diz:

    Os Alves destruíram nosso estado, quantos milhões desviados poderiam ter ido pra saúde, educação, segurança, temos que aprender a votar. Garibaldi e Valter que se cuidem.

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