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domingo - 03/09/2017 - 13:08h

Do banditismo politico ao arrastão nas ruas

Por Marcos Pinto

Nunca, durante todo esse vasto período de gestão administrativa e política brasileira (1500-2017) se adotou tanto, e com tamanha desenvoltura, a desfaçatez, a hipocrisia e a mentira em todas   as suas nuances.  O atual governo golpista tem sido pródigo em usar e abusar da doentia e inexplicável indiferença popular diante os seus achaques e assassinatos às árduas conquistas sociais da classe trabalhadora amealhadas ao longo desses últimos 30 anos.

Do Brasil do Mutuca ao Brasil do Fofoca (Deputado Federal André Fufuca – PP-MA) deitam e rolam em escaramuças de corrupção intensa e extensiva.  A imprensa, que deveria exercer um imprescindível e relevante papel de fiscalização das engrenagens da administração pública, envereda pelos escabrosos e detestáveis caminhos da mentira estatizada e estatística, que resvala para a mentira comum, que por sua vez assume contornos de veracidade diante intensa e perene veiculação.  Termina por desabar na ribanceira da mentira cínica e deslavada.

O   banditismo político medra e faz morada no Congresso Nacional, jactando-se como inexpugnável pelos seus aportes financeiros, presentes e representados em   seus vultosos salários parlamentares.   Espraia seus contaminados raios de ação até os subterrâneos da mais alta Corte do país (STF).   Entes siameses que caminham zombeteiramente no meio da sociedade ostentando sinais exteriores de riqueza, amealhada em seus salários   faraônicos, oriundos de atos ilícitos praticados às escâncaras.

Há um conúbio espartano consubstanciado em pacto da mediocridade, que consiste na indiferença ou simulação de fiscalização dos órgãos oficiais instituídos para esse fim.  Nada de punição com veemência e denodo à consumada prática da ilicitude.

Vulgariza-se a honestidade, quando deveriam cultuá-lo como elemento norteador de uma sociedade de pensamento plural, em prol do bem da coletividade.  Se nos impõe que   cultuemos a honestidade de forma incessante, emoldurando-a numa liturgia de missal beneditino.  O grande filósofo romano Marco Túlio Cícero (106-43 d.C.)  Já advertia o mundo com a sua minuciosa e relevante observação de que “o hábito de tudo tolerar pode ser a causa de muitos erros e de muitos perigos”.

Estamos exatamente imersos na contextual idade desse paradigma.  O erudito jornalista Carlos Santos    insiste, todos os dias, no alerta para a necessidade de adoção de    estratégias para o enfrentamento a essa espécie de choque de realidade. O próprio Judiciário, que deveria ser exemplo para a nação ansiosa em ver cumpridas as normas legais, engendra vultosas dotações orçamentárias nos subterrâneos do Palácio do Planalto, sob a promessa de adoção de artimanhas e chicanas jurisprudenciais para o acobertamento de eventuais surgimentos de falcatruas do poder central.

O Tribunal de Contas dos estados tem seus julgadores de faz-de-conta arrotando de fartos, acobertados pela vitaliciedade no cargo e do alto de suas remunerações mensais recebidas sob o invejável montante de 96 mil reais.

Achincalham a legislação penal, favorecendo os mais espertos e inescrupulosos, numa punibilidade de faz-de-conta.  Começa na suspeitosa e já famosa delação premiada, sequenciada por acordos de leniência e de resiliência.  Referenciais “punitivos” em lematizados   pelos poderes constituídos, como forma de ocultar   de forma deliberada e legalizada o libelo imerso no pantanoso terreno da corrupção.

E o Tribunal de Contas da União (TCU) por sua suspeita composição, já se manifestou pela adoção de um acordo de resiliência a ser firmado pelo TCU e pelas empreiteiras recordistas em corrupção com verbas do erário nacional (Odebrecht, OAS, etc.), sob a infundada alegava de que as grandes obras estruturantes em andamento, bancadas pelo governo federal, não podem emperrar por decisões judiciais punitivas.  Até apregoa, também, um acordo de leniência, aplicando aparentes sanções punitivas com lentidão e suavidade, fomentando assim o famélico sequenciamento ao butim estatal.  Urge que se estabeleça um freio de arrumação diante tantos escapismos e nebulosidades presentes nessa benditíssima horda política.

Começam a surgir visíveis sinais de manifestações da revolta popular no horizonte social.   Trazem inconfundível performance de bola de neve, que culminará em um ruidoso arrastão nas urnas do pleito de 2018, alijando toda a corja-meliante que comanda os destinos do país e dos estados, por seus representantes no Congresso Nacional.

É possível, necessário e urgente que rasguemos esse véu de injustificada indiferença ao que está ocorrendo no país. Não   resta dúvida de que se encontra configurado banditismo político, desenfreado na defesa corporativista

Das elites dominantes estamos firmes e decididos a promovermos esse indispensável arrastão nas urnas do próximo ano, eliminando o mal pela raiz.  Chega de mau charadismo da corja política!  Que venha o ano eleitoral de 2018 para darmos a nossa resposta.

Inté.

Marcos Pinto é advogado e escritor

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. ROBERTÃO diz:

    Quebraram os sigilos bancários e fiscal de Lula, se deus filhos, de sua empresa de palestras e do Instituto Lula.
    Quebraram o sigilo dos telefonemas de Lula, seus familiares, colaboradores e até de seus advogados.
    Invadiram e vasculharam a casa de Lula, as casas de seus filhos e o Instituto Lula.
    Investigaram todas as viagens internacionais do ex-presidente -quem pagou, que aviões usou, quem o acompanhou, onde se hospedou, com quem conversou, inclusive Operação Lava Jato, ou a qualquer outra ilegalidade.
    Nenhum depósito suspeito, nenhuma conta no exterior, nenhuma empresa de fachada nenhum centavo que não tenha sido ganho honestamente e declarado para o pagamento de impostos.
    (Luis Nassif)

  2. Laires moura de Franca diz:

    Diante esta tao descabivel situacao a qual se encontra o Pais do faz de contas (Brasil), deveriamos tomar uma desta duas opcoes com resposta; no ano de eleicao que se aproxima, nao irmos as urnas e/ou se formos que votemos nulo.

  3. ramalho costa diz:

    Bom texto. Parabéns.

  4. João Claudio diz:

    A esculhambação (minuscula) neste país data desde o seu descobrimento. Porém, a ESCULHAMBAÇÃO (maiúscula) começou de fato a partir de 2003, quando teve inicio a Era da Canalhice, data precisa em que a roubalheira publica se generalizou.

    A partir dessa data, houve uma avacalhação na arte(???) de roubar. Faltaram com o respeito(???). Desengrenaram a caixa de marcha, liberaram o freio e estacionamento e tiraram o pé do freio. Os grandes assaltante da história mundial se sentiram pequenos, pífios, se sentiram humilhados, cabisbaixos, envergonhados.

    Alguém a contestar?

    Conteste AQUI ➥____________________________

    Quem roubou:

    Na politica, de presidente da republica a vereador. No funcionalismo publico, de ministro de estado a ASGs. No judiciário, desembargadores, promotores, juízes e subalternos. Com raras exceções, muitos meteram a mão sem pena. Alguns foram desmascarados. A maioria continua em liberdade e… roubando.

    Alguém a contestar?

    Conteste AQUI ➥ ____________________________

    Quem sabe, se eliminarmos pela raiz o ☛ PT, PMDB, PSDB e PP, podemos, em 2019, respirar aliviados e dizer que, ao menos ⅛ da bunda suja deste país estará limpa, livre de fedor.

    Alguém a contestar?

    Conteste AQUI ➥ ____________________________

    Lembrando que, é mais fácil os eleitores brasileiros esvaziarem o mar e desligarem a luz do Sol, do que eliminar seus políticos bandidos favoritos.

    Alguém a contestar?

    Conteste AQUI ➥ ____________________________

    Publique-se – Registre-se – Intime-se – Cumpra-se

    Ou… Escafeda-se e se cale para sempre.

  5. João Claudio diz:

    Tenha calma! O que é bom tá guardado.

    Quando a tampa da fossa por aberta, vai voar caco de lula, Lulinha e Luleco pra tudo quanto for lado.

    ANOTE para não esquecer, e tape bem os narizes usando lona de caminhão.

  6. fernando diz:

    De Flavio Rocha ( o seria flavio bosta). Depois da eletrobras, por que não a petrobras

    • Amorim diz:

      Sou veementemente ( com dois mentes) a privatização do BEM PUBLICO!! vai prejudicar o bem, que na realidade são BENS DOS POLÍTICOS!!!
      Como é que elles vão fazer suas negociatas? sostô!prejudicar os bichinhos? nemmmmmmm!

  7. João Claudio diz:

    Eletrobras, Petrobras e tudo do governo que termine em ”bras”:

    Ou privatiza já ou vão roubar até os logotipos das estatais.

    Tô avisando.

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