O ex-vereador natalense Renato Dantas e o juiz das Execuções Penais Henrique Baltazar Vilar Santos travaram um diálogo inusitado nesse final de semana, no ambiente das redes sociais. Só vendo para crer.
Renato cientifica-o que soube pela imprensa de sua decretação de prisão, mas assinala que não chegou sequer a ser intimado para audiência.
Diálogo inusitado aconteceu pelas redes sociais e condenado garante que se apresentará (Reprodução)
O magistrado pondera que ele então se apresente na segunda-feira (31).
O político deveria cumprir inicialmente pena com medidas restritivas de liberdade, mas o mandado de prisão assinado por Baltazar determina sua condução para o Complexo Penal João Chaves (veja AQUI).
A “Operação Impacto” foi deflagrada no dia 10 de julho de 2007, tendo como foco a legislatura da época na Câmara Municipal do Natal. Apurava envolvimento de vereadores na aprovação de matérias de interesse empresarial, sob compensação em propinas.
Já saíram várias condenações e existem algumas prisões já consumadas, como do ex-vereador Dickson Nasser (veja AQUI).
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Nos últimos anos integrantes do judiciário e os bandidos de colarinho branco comem no mesmo coxo, salvo raras exceções.
Se o bandido tiver dinheiro ou bens, as brecha$ podem abertas ou até mesmo escancaradas.
É brasil. Se melhorar estraga.
Pois não é, Jornalista Carlos Santos ?
É preciso estar mas redes.
POR QUÊ?
Todos os dias, praticamente, leio notícias de Justiça/Direito/MP, mas nenhuma que esteja relacionada ao julgamento dos recursos SAL GROSSO ou do processo da Operação VULCANO. Por quê?
O que impede que os recursos SAL GROSSO sejam julgados?
O que impede que o processo da Operação Vulcano seja julgado?
Busco uma explicação, mas não a encontro. Como não encontro explicação para o fato da Dama de Espadas estar recebendo do dinheiro dos meus impostos uma aposentadoria no valor de mais de 30 mil reais.
Há muitas coisas no RIO GRANDE DO NORTE difícil de se entender.
Por que eu tenho que pagar a conta de energia elétrica para que o preso HENRIQUE ALVES durma no ar condicionado e desfrute de mil outras regalias que transformam a prisão num paraíso? Ou existe algum trabalhador que não sonhe dormir com ar condicionado, ver TV, ler jornais, revistas e comer lagostas e camarões dos melhores restaurantes de Natal, além de desfrutar de total segurança? Será que no paraíso algum trabalhador encontra tantas mordomias?
Por que todos aceitam tudo?
Por quê?
Como Operador do Direito há 32 anos não vejo nenhum motivo para estupefação ante o diálogo existente entre um Meritíssimo Juiz e uma pessoa indiciada. De há muito que acabou essa convenção social que emoldura um Juiz de Direito como uma vestal grega, distante do convívio interativo com os diversos segmentos sociais, do mais humilde ao mais alto elitismo analfabruto.
Eu DUVIDO que exista um diálogo igual a esse entre um Meritíssimo Juiz e um PPP.
Se existisse, seria assim:
A vitima PPP:
– Dotô, aqui é Zé Peido de Cuscuz. Eu tava vendo o jornal e escutei o locutor dizê que eu vô cê preso. Eu tô tomando uma meiota com tripa de porco aqui no sitio de um amigo, e já tô só o bocal.
Dotô, num tem mais no mundo que faça eu fazê um quatro. Eu já mandei buscar um carrin de mão pra me levarem pá eu dormir na rede que armaram pra mim aqui no oitão do barraco.
Mais num se preocupe não que eu vôtaí na segunda feira, e aí agente convesa. Tá ligado?
Meritíssimo:
– TÁ LIGADO O QUÊÊÊÊÊÊ, CACHOOOOOOORRO. QUEM FOI QUE TE DEU O MEU NUMERO, HEINNNNNNNNNNNNNNN??????????? Caba safaaaaaaado. Ora, eu deitado confortavelmente em minha cama, e vem você atrapalhar o meu sossego. Diga onde você está que eu vou mandar um camburão apanhar você agora, cabra bom de peeeeeeia. Delete de uma vez o numero do meu telefone. OU-VIIIIIIIIIIIIUU??????????? Nunca mais envie mensagem pra mim, OU-VIIIIIIIIIIIIUU???????????
Zé Peido de Cuscuz desliga o celular e pede ao dono do bar para botar o CD de Genival Santos para tocar.
Um colega papudinho que está ao seu lado pergunta:
– E aí, ”cumpadi” . Deu certo a ligação? O que foi que o ”dotô” disse?
– Tranquilão. Tranquilão. Tranquilão. Ele disse que, se eu quiser, posso ficar mais um mês por aqui tomando cachaça. E disse mais: ”Zé, não se preocupe. Você vai ter que vir aqui só para assinar uns papeis. Eu peço até desculpas pelo mal entendido do locutor da TV. Penando bem, eu vou processar essa emissora de TV.”
O papudinho se levanta da cadeira e fala para os demais papudos presentes:
– Meu povo, Zé Peido de Cuscuz tem moral com esse nome, imagine se fosse Peido de Filé.