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domingo - 04/11/2018 - 08:34h

Fátima e o desafio de um governo além da reta Tabajara

Por Esdras Marchezan

A expressiva votação em municípios do interior, acrescida da ampla vantagem em relação ao seu adversário Carlos Eduardo Alves (PDT) em muitos desses locais, impõe um desafio à governadora eleita Fátima Bezerra (PT): a necessidade de um governo que olhe o estado muito além da grande Natal.

Não fosse a larga vantagem obtida no interior, sua eleição poderia ser comprometida com os resultados apresentados na capital e em algumas cidades da região metropolitana, onde a vitória foi do seu adversário. Não se trata aqui de privilégios a cidades do interior em detrimento à Natal, mas sim de uma política administrativa que enxergue o estado como um todo, com suas especificidades, potenciais e necessidades.

Um olhar justo e igualitário, muitas vezes prejudicado em governos anteriores pelo lobby empresarial e político concentrado na capital.

Olhar além dos limites da grande Natal é dar a devida importância aos setores e instituições importantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, mas localizados no interior do estado.

Setores como a fruticultura irrigada, o salineiro, o petrolífero e o mineral, junto à instituições, como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), têm no novo governo a aposta e esperança de mais abertura e oportunidades para contribuir com o fortalecimento do estado à altura de todo o trabalho que já realizam.

Ao defender em Brasília, na semana passada, junto à bancada federal, a necessidade de uma das seis emendas impositivas para a Uern, no valor de R$ 20 milhões, a governadora eleita deu um primeiro e importante passo num diálogo com as forças do interior que constroem o desenvolvimento potiguar. E mais, incorporou em seu ato o entendimento da Uern como instituição de ensino superior pertencente a todos os potiguares e de responsabilidade do governo estadual.

O conhecimento dos potenciais e necessidades do Rio Grande do Norte, obtido durante toda sua vida pública, assim como sua permanente ligação com movimentos sociais, empresários e instituições de ensino, devem dar o tom do trabalho a ser realizado por Fátima Bezerra e todos que irão compor sua equipe administrativa.

É isso que se espera.

Como em qualquer estado, a capital é o centro do poder administrativo e base econômica fundamental.

Entretanto, é preciso saber que o coração pulsante do Rio Grande do Norte é grande e bate muito além da Reta Tabajara.

Esdras Marchezan é jornalista e professor da Uern

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Muito bem, Prof. Esdras Marchezan.
    O elefante precisa ser visto e cuidado em toda a sua composição. Um descuido com suas orelhas, ou com seus pés, pode derrubá-lo. Que seja reverenciado até à tromba!

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