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domingo - 20/08/2017 - 11:08h

Gilmar Mendes e o Príncipe de Falconeri

Por Honório de Medeiros

Em cada ação por intermédio da qual diminui a importância do seu cargo de Ministro do STF e, em decorrência, da Instituição a que pertence, Gilmar Mendes vai alcançando seu objetivo estratégico de colocá-la no mesmo patamar ético daquelas que já atingiram um nível de repúdio facilmente constatável na Sociedade, ou seja, o Executivo e o Legislativo.

O intento parece claro: ao conseguir o que almeja, suas ações passam a ser entendidas como “naturais” no âmbito do quadro político-institucional no qual vivemos, e os objetivos pessoais pelos quais luta ferozmente serão atingidos e parecerão meras consequências de tudo que aí está.

Não por outra razão a incontinência verbal, as decisões aparentemente esdrúxulas, a intolerância com o Ministério Público e a Lava-jato.

Bem como a apresentação de propostas para resolver nosso impasse atual: até parece inspirar-se na célebre frase do Príncipe de Falconeri do romance de Lampeduza, “O Leopardo”: “para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude”.

Para Gilmar Mendes que desde sempre foi estrategicamente intenso, disciplinado e focado, nada mais fácil.

Basta compará-lo, por exemplo, com seus pares, que dançam conforme a música que ele toca, e cujo contraponto, Joaquim Barbosa, deixou-lhe o campo livre após o Mensalão, com sua aposentadoria.

Barbosa foi o único a enfrentá-lo.

É, pois, tudo “caso pensado”.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Amorim diz:

    Tudo de caso pensado para consequir a banalização; dai é só sequir com a normalidade aceita por nós terraqueos tolerantes.
    Muito bom,

  2. João Claudio diz:

    De uns tempos para cá essa perola cismou em ser a estrela máxima do país.

    Quer atrair todos os holofotes para si, não importando o estrago que está produzindo e a vergonha e a insatisfação que todos os brasileiros estão passando.

    Todos os seres humanos têm seus 15 minutos de fama. Esse ”pavão” já teve os seus, mas, insatisfeito, quer mais. Se não lhes cortarem as asas ou a língua, bota aí mais 15 anos de fama pela frente.

    Pensando bem, esse ministro é a cara do país. Sem tirar e nem por. Cagado e cuspido.

    Eu, particularmente, sinto nojo só em vê-lo. Ouvi-lo falar então, me dá entojo. Eu vomito.

    P.S – Depois que instalaram câmeras em salas onde acontecem os julgamentos, a maioria dos juízes passaram a calçar sapatos Luis XV e a prolongar os blá blá blá intermináááááááááveis para passarem mais tempo à frente das câmeras de TV.

    Coisas de brasil sil sil sil…………..Coisas tipicas de terceiro mundão.

  3. João Claudio diz:

    Concluindo, um dos maiores ”prazeres” que esse ”pavão” sente, é cagar publicamente na cabeça dos juízes de primeira e segunda instância.

    Estou errado, Senhores juízes?

  4. naide maria rosado de souza diz:

    Hoje, recebi um Whatsapp interessante. Um passarinho solto dizia a um passarinho preso numa gaiola: “Por que você não tenta o Gilmar Mendes ? ”
    Para mim, Gilmar Mendes sem resplandecer por outros méritos, provoca!

  5. Marcos Pinto. diz:

    É a eminência parda que expediu a certidão negativa federal para que a Rosalba ROSADUS pudesse sair candidata a prefeito no último pleito. Precisa falar mais alguma coisa ?…

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