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sábado - 17/09/2016 - 19:48h
Campanha eleitoral 2016

Gravações mostram fanfarrice e estimulam distorção dos fatos

Como outra vez primeira-dama local aparece para protagonizar novo episódio lamentável da política

Webleitores perguntam: o que o Blog acha das gravações que vazaram na imprensa e redes sociais, desde ontem (veja AQUI), com novo protagonismo da primeira-dama de Mossoró, bacharela em direito Amélia Ciarlini?

Tudo indica que o material divulgado – e captado furtivamente – contém sua voz e de outras pessoas conhecidas do staff da campanha do seu marido, prefeito e candidato à reeleição Francisco José Júnior (PSD), o “Francisco”.

Rosalba, um nome que segue favorito; Tião cresce na campanha e 'Francisco' cai velozmente (Foto: montagem)

Isso me parece inquestionável. Com corte ou não, é nítido que as pessoas identificadas, pelas vozes, participavam dessa polêmica reunião de campanha. A própria Coligação Liderados Pelo Povo (veja AQUI) admite, não obstante questionar suposta edição (cortes) nas gravações:

– “(…) Em primeiro lugar, é preciso chamar a atenção para o fato do áudio divulgado estar editado, o que por si só já remete para uma forte suspeita de desvirtuamento das falas, que se tratam apenas de comentários gerais sobre temas eleitorais. Em reuniões deste tipo, é absolutamente comum abordar hipóteses e cenários – disse nota da coligação.

Pouco crédito

Em relação ao conteúdo, o Ministério Público Eleitoral (MPE) certamente vai agir de ofício (por iniciativa própria, sem precisar ser provocado), para identificar se as palavras de Amélia são verídicas ou se tratam de pura fanfarrice, quando fala de entendimento entre seu grupo e do adversário Tião Couto (PSDB) da Coligação Unidos Por Uma Mossoró Melhor.

Cravo a primeira hipótese, sem titubear. Amélia tem antecedentes próximos, que lhe dão pouco ou nenhum crédito ao que fala ou supostamente encena (veja AQUI). Qualquer dúvida, é só perguntar à primeira-dama do Estado, Juliane Faria (veja AQUI). Ela matou a charada.

Existe uma obviedade que não precisa de acordo, acordão, entendimento, acerto explícito ou afinação subliminar na corrida eleitoral deste ano em Mossoró: o concorrente a ser derrotado é Rosalba Ciarlini (PP), da Coligação Força do Povo. Não é Francisco, que nunca esteve realmente em condições mínimas de vitória, ou mesmo Tião, que claramente cresceu dentro da própria campanha.

Rosalba é favorita antes mesmo de começar a campanha. Continua favorita, segue favorita e, dificilmente, pelo cenário de hoje – será derrotada.

Impossível? Não. Difícil, só!

Raciocínio lógico

A tese de conchavo entre as campanhas do prefeito e de Tião não se sustenta nos fatos visíveis da própria campanha e no que temos de informações de bastidores. Porém é claro que é espalhada como real, factível e incontestável pela campanha e militância de Rosalba.

Afinal de contas, a quem interessaria essa versão? Como as gravações caíram nas mãos da imprensa de Natal e, de lá, foram pulverizadas? Não interessaria ao próprio Francisco e muito menos a Tião Couto, claro. Então…

Para poder sonhar em vencer as eleições e atropelar de forma fantástica Rosalba, Tião necessariamente não precisa de Francisco. Com o esvaziamento continuado, veloz e insanável da candidatura do prefeito (veja AQUI), parcela considerável de seus potenciais eleitores migra para o candidato da Coligação Unidos Por Uma Mossoró Melhor.

Isso é um raciocínio lógico.

Uma hipotética desistência de Francisco, apenas sedimentaria e amplificaria esse deslocamento em massa. A manutenção da candidatura dele causa grande prejuízo à sua própria imagem, quanto a futuros projetos, além de funcionar como uma centrífuga em relação aos seus candidatos a vereador.

Isso também é um raciocínio lógico. Não há nada de genial nessa análise, como na assertiva anterior que exprimimos.

Subterrâneos sujos

Quem conhece o mínimo da história das campanhas e da política de Mossoró, sabe que em seus subterrâneos sempre passaram personagens e situações dignas da crônica policial e, não, da política. Alguns teimam em patinhar na lama, por vocação e sua própria natureza de vermículo humano.

Lembra-se do Caso do Capitão 40 nas eleições de 2008? Conheça um pouco desse submundo clicando AQUI.

Lembra-se do Caso Blog do Paulo Doido? Conheça ou lembre um pouco do caso clicando AQUI.

Lembra-se do caso de uma gravação na campanha de 2012, em que uma personagem fala de suposto serviço sujo a ser feito contra a candidatura da então candidata a prefeito Larissa Rosado (PSB)?

– “(…) Porque o serviço que eles estão fazendo eu não tenho coragem de fazer. Ave Maria! Se você não tem coragem de fazer, É DE MATAR PRA LÁ”! – atesta a gravação. Veja clicando AQUI.

A política de Mossoró casa com o que prega um slogan relativo ao ‘Mossoró Cidade Junina’: “É muito mais do que você imagina!” Acredite, se quiser.

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Categoria(s): Eleições 2016

Comentários

  1. João Claudio diz:

    ”Minino”, do jeito que tá, o melhor a fazer é proibir a ”fato furado” de usar telefones celulares e fixos. Se não conseguir, o jeito que tem é cortar-lhes a língua, amarrar as mãos para trás para evitar mensagem através de Libras (linguagem surdo mudo), e botar um apito na boca dela. Garanto que daqui pra frente é só…píííííííí….pííííííííi….pííííííííí, né não??

    Pronto! Mais simples, impossível.

  2. João Claudio diz:

    Segundo um dos participantes da reunião, apenas sete pessoas estavam presentes na casa da primeira dama. Ou seja, ele e mais cinco pessoas humanas e… um(a) traíra. Total sete, sendo seis humanos e um peixe de água doce fora d’agua. Entendeu? Eu não!

    Será que ninguém sabe quais dos seis humanos e (a) traíra portava um gravador bem ligadinho?

    Pensando bem, o ”traíro” ou a traíra é ”mui” amigo da primeira dama, né não?

    Bingo! Matei a charada.

    Quem assassinou, digo, quem gravou a ”bomba fedorenta” foi….foi….foi o mordoooooomo.

    Concordam?

  3. João Paulo diz:

    E ele mais uma vez se encontra presente nesse episódio. Como sempre, a presença dele é imprescindível. Mas quem vive na lama sempre come lama. Neto… Queiroz. De novo, rapaz?

  4. Paulo Martins diz:

    “Cassar a chapa” é tudo quanto querem os desesperados, em Natal como em Mossoró…
    Desnutridos eleitoralmente, sem condições de levarem as eleições para o segundo turno, só tem restado aos adversários de Carlos Eduardo o denuncismo vago e bisbilhoteiro.
    Situação semelhante ocorre em Mossoró, onde o retrovisor mostra os concorrentes de Rosalba a uma distância tão grande que nem de longe chegam a representar uma ameaça concreta a ela. Logo, só lhes resta também o recorrente tapetão.
    E nunca se viu tanto “jornalismo desejoso”, tanto lá como cá.

  5. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    O cientista político, sociólogo, antropólogo, filósofo, economista e, em fim, o sabe tudo de todas as coisas Dr. JOÃO CLÁÚDIO em mais uma inequívoca demonstração de bizarrice, estupidez, ignorância, alienação e falta de bom senso, inclusive de humor, quando de mais uma eloqüente investida em seu mundo fascista e farsesco tão manifesto, na alma e no corpo do que o próprio entende como comentários.
    O fato me faz lembrar e muito, do Grande escritor e semiólogo UMBERTO ECO. Pilar internacional de toda uma disciplina, a Semiologia, que marcou os estudos de Comunicação no mundo, Eco também legou à humanidade um imenso e singular legado sobre estudos de estética. Eco foi antes de mais nada um intelectual brilhante e reconhecido por sua obra sobre a estética medieval e sobre a filosofia da arte. Nascido em Alexandria, nas imediações de Turin, em 1932, diplomou-se em Filosofia em 1954 na Universidade de Turin. Sua formação diz muito: discípulo do grande filósofo antifascista Luigi Pareyson, defendeu uma tese de fim de estudos sobre Thomas de Aquino, que seria publicado dois anos mais tarde sobre o nome O Problema Estético em Tomas de Aquino.
    Quanto aos temas relacionados ao desenvolvimento da comunicação e, sobretudo da comunicação em tempo real facultada e disponibilizada à grande massa e à todos quantos queiram emitir suas opiniões sobre os mais diversos temas e assuntos, o escritor italiano nos deixou uma assertiva por demais contundente acerca de grande parcela dos comentaristas e comentários escritos e emitidos através de redes sociais e da internet, vejamos:
    “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.
    O que automaticamente, também, me faz lembrar outro escritor russo chamado Leon Tolstoi que tão sabiamente afirmava:
    “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.”
    No caso do idiota, midiota e rotundo imbecil de aldeia chamado João Cláudio, deveras, denota-se não saber o mesmo, de forma nenhuma pintar sua aldeia, seja em que sentido for e (ou) se aplique à temática supostamente desenvolvida pelo dito Web-leitor e pretenso comentarista.

    Um baraço
    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  6. fernando diz:

    Pra sair da submissão vote TIÂO.

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