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quarta-feira - 20/09/2017 - 21:30h
Brasil

Intervenção militar, chance zero

Por François Silvestre

Sobre declarações da “caserna” insinuando possibilidade de intervenção militar, a chance, na realidade atual, é zero. Vejamos:

Primeiro: O golpe militar de 1964, com apoio de civis rechaçados nas urnas, teve a liderança de militares com participação política desde os anos Vinte. Tenentes dos anos Trinta, coronéis dos anos Quarenta e generais dos anos Sessenta. Politizados e politicados.

Os militares de hoje são neófitos de política, ilustres desconhecidos.

Profissionais da caserna, o que é elogiável e saudável para a Democracia. E trazem nos coturnos a mácula do fracasso do regime militar. Sob todos os aspectos.

Segundo: O golpe militar de 64 ocorreu num quadro internacional de estratégia de dominação, entre os Estados Unidos e União Soviética, após a partilha do planeta decorrente da guerra contra o nazi-fascismo. A União Soviética mantinha as ditaduras do Leste europeu, no seu feudo, e os Estados Unidos sustentavam as ditaduras da América Latina, na dominação do seu quintal.

O susto de Cuba deu ao imperialismo americano o alerta de não medir esforços para evitar novos aliados dos soviéticos no continente americano. Foi o pretexto para milicos e udenistas do Brasil, com a colaboração de um embaixador fascista, Lincoln Gordon, convencer o governo americano a apoiar financeiramente o golpe, e militarmente, se necessário. Só precisou de grana.

O fantasma do comunismo, no Brasil, era só fantasma mesmo. O general Amauri Kruel, comandante do Segundo Exército, de São Paulo, compadre de Jango, foi comprado por duzentos mil dólares.

Terceiro: A última coisa que os Estados Unidos querem, hoje, é financiar ditaduras na América Latina. Sem esse apoio, as Forças Armadas não têm chace de intervenção. Não conseguem nem assustar os traficantes das favelas. Vão pras ruas e as ruas continuam sem controle.

Quarto: O medo de uma intervenção não é inconsequente. Só que não das Forças Armadas, mas a intervenção das forças das organizações criminosas. Das facções de delinquentes. Essas já começaram a intervenção. Sem resposta do poder político e sem ação efetiva das Forças Armadas.

Esse medo é procedente e começa a esgarçar a Democracia.

O resto é discurso do oco do miolo do vazio.

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Categoria(s): Opinião

Comentários

  1. François silvestre diz:

    Após o fim da ditadura Vargas, com a redemocratização, todas as eleições presidenciais, até o golpe de 64, tiveram militares candidatos a presidente. A primeira foi o general Dutra contra o brigadeiro Eduardo Gomes. Depois, em 1950, novamente o brigadeiro contra Getúlio. Em 1955, o general Juarez Távora contra Juscelino Kubitschek. Em 1960, o general Teixeira Lott contra Jânio Quadros. Os quarteis eram extensões políticas. E todos os perdedores de eleição, principalmente da UDN, batiam às portas da caserna. A realidade hoje é outra.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Humberto de Alencar Castelo Branco, artífice do movimento de 64, nunca disputou nenhum cargo eletivo.
      Generais que tiveram participação decisiva no movimento, Geisel, Médici, Arthur da Costa e Silva, João Figueiredo, Reinaldo Mello e outros, nunca sequer disputaram uma cadeira de vereador.
      O que determina a eclosão de um movimento militar são vários fatores.
      Não se trata pura e simplesmente de perdedores políticos fardados buscando o poder usando para isto o atalho que o golpe propicia.
      CORRUPÇÃO DESBRAGADA, CONGRESSO DESMORALIZADO, JUSTIÇA DESACREDITADA.
      O Executivo mergulhou num mar de corrupção nunca antes visto neste nação. E a corrupção não se limitou ao poder central. Espraiou-se de uma maneira tal que não existe hoje uma só Prefeitura ou Câmara de Vereadores que não seja alvo de investigação.
      Se Temer formou um bando em Brasília, antes existia um outro bando. Nos governos estaduais difícil encontrar um que não conte com quadrilha formada para dilapidar o erário.
      E o que acontece em Brasília e nas capitais dos estados, acontece nas Prefeituras e nas Câmaras de Vereadores de quase todas as cidades.
      A corrupção institucionalizou-se em todos os níveis do executivo.
      O Congresso chegou a um ponto de degradação tamanho que difícil o dia em que senadores não se acusam de prática de patifarias. Na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas os escândalos explodem diariamente. Para não ficar fora do baile as Câmara Municipais trilham pelas mesmas veredas.
      A desmoralização chegou a um ponto tal que temos deputados cumprindo pena exercendo mandato com uso de tornozeleira. Vereadores condenados a mais de 5 anos de cadeia presidem Câmaras.
      Virou uma zona. E zona ninguém respeita. Bilica sabe muito bem disso.
      A Justiça, com morosidade de causar inveja a tartarugas gordas e velhas, mergulha num descrédito total, sem contar os incontáveis casos de venda de sentenças que aparecem nas páginas dos jornais e que deixam o povo sem saber mais em quem confiar. A nomeação dos membros para os mais altos cargos do Judiciário pelo critério político possibilita o aparecimento de figuras sem conhecimento jurídico para advogado porta de xadrez. E caindo a qualificação e aumentando a dependência dos seus membros ao mundo político,um baque acontece nos tribunais no que diz respeito ao tipo de justiça que o povo passa a contar.
      A tudo isto, junte-se o descontentamento gigantesco ao tratamento dispensado aos militares pelos que tratam da política salarial no país. A insatisfação justa dos militares com os seus salários, um capitão médico ganha a metade do que ganha um servidor de cafezinho do Senado e menos do que uma manicure da Câmara Federal, que já se arrasta há muitos anos e ultrapassou o limite do suportável, concorre para a criação de um ambiente tendente a se mostrar simpático a qualquer tipo de mudança.
      Por tudo isto, Caro Mestre François Silvestre, discordo frontalmente desta sua opinião de que uma interrupção abrupta do regime democrática dificilmente acontecerá.
      Creio que tudo está, como diz o matuto paraibano, por uma péinha.

      • Inácio Augusto de Almeida diz:

        Onde está: interrupção abrupta do regime democrática…
        Leia-se: interrupção abrupta do regime democrático…
        DEMOCRÁTICO.

  2. François silvestre diz:

    No discurso de posse, Castelo Branco assegurou eleições e prometeu dar posse ao brasileiro eleito. Mentiu. Como um bom político. A Ditadura não tinha medo do comunismo, tenha pavor de eleições e liberdade. Fechou e cesurou até os jornais que apoiaram o golpe. Cassou Juscelino, católico praticante e anti-comunista. Cassou e prendeu Lacerda, mentor civil do golpe. Chamar Lacerda de comunista é tão ridículo que dispensa argumentação. Prendeu, torturou, exilou. São fatos incontestes. A tentativa de luta armada também praticou violência, não se nega. Foi uma burrice. Mas nem de longe equipara-se à violência do poder “oficial”. Defender ditaduras, sob qualquer pretexto, de qualquer naipe ideológico, é pequenez histórica. Ou “desconhecimento” proposital por força de filiação doutrinária. Reafirmo, mestre Inácio, que chance de golpe militar, hoje, tem chance zero.

  3. François silvestre diz:

    Ser político é fazer política, não necessariamente ser candidato. Todos os citados tiveram participação política ao longo de três décadas. E passaram todo o governo Juscelino, e depois no de Jango, conspirando. Basta ler as memórias de Mourão Filho, Geisel, Juarez Távora, Raquel de Queiroz. Não há memórias de Médici nem de Costa e Silva porque esses nem escrever sabiam. Outra obra marcante é o livro de Ronaldo Costa Couto. Sem falar nas biografias de JK e Jango. E no depoimento, em livro, de Carlos Lacerda.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Meu Deus, dizer que um General de Exército não sabe escrever revela um preconceito inadmissível a uma pessoa do seu nível.
      Geisel foi Secretário de Segurança da Paraíba, José Américo de Almeida. Mas nunca revelou nenhuma ambição política e restringiu seu trabalho a tornar a Paraíba um dos estados mais seguros do Brasil.
      Costa e Silva ou João Figueiredo fazer política? Na cabeça de quem isto entra? Menos, Mestre, menos.
      Realmente Castelo prometeu no seu discurso de posse a realização de eleições e dar posse ao eleito.
      O Mestre François Silvestre desconhece que a política lembra muito as nuvens que estão no céu?
      Não vou me alongar.
      Apenas afirmo que existe uma grande possibilidade de uma revolução acontecer.
      Golpe ou revolução, a verdade é que o perigo é iminente.
      O General Mourão foi muito claro ao dizer que exprimia o pensamento do alto comando do exército.
      Ouça a voz das ruas, Mestre François Silvestre. Quando for a um supermercado converse com as pessoas sem querer formar opinião. Deixe que elas declarem o que acha do momento atual e se estão desejosas de mudanças. Pergunte se elas acreditam nos militares para mudar o quadro que aí está. Pergunte.
      O mundo não é como nós desejamos…
      Saudades do CDS.
      Qualquer dia vou a Caicó só para rezar na capelinha do colégio que marcou profundamente a minha infância. E aproveitar para saber se ainda existe o sorvete de baunilha de todos os sábados…
      Um forte abraço.

  4. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Não se faz, não se faz necessário nenhum exercício analitico/politico maior, e, menos ainda, nenhum aporfundamento de tal magnitude acerca do viés político e ideológico sublimilarmente contido no cerne dos comentários do extrema direita e suposto combatente da corrupçao Inácio Augusto de Almeida.

    Para essas figuras, tal e qual o Carlos Lacerda o chamado CORVO, que se dizia democrata e diuturnamente atuava nas sombras e no curso dos golpes de Estado intentados em todos os periodos pré 31 de Março de 1964. Claro, óbvio e ululante que eles jamais assumirão ser o real desejo deles que o golpe de Estado se consume, não apenas no plano midiático, parlamentar e juridico ainda em curso, mais ainda se faça e se concretize no plano Militar e (ou) na chamada caserna, porquanto, aí sim, teríamos a volta dos sonhos por eles imaginados, ou seja, das torturas, dos exílios, dos banimentos políticos, do exgarçamento das liberdades civis e, sobretudo da censura direta e cruel, sonho, mavioso sonho autoritário e cínico dos que entoam ad-eternum a cantilena udenista do suposto combate à corrupação e, mais ainda tem a fleuma e a pachorra de afirmar jamais ter ocorrido ditadura.

    Qualquer brasileiro que conheça a nossa história (NÃO CONTADA PELA REDE BOBO DE TELEVISÃO) , sabe de cor e salteado que a narrativa acima verberada pelo udenista de quatro costados Inácio Augusto de Almeida, acerca da corrupção, sabe efetivamente, essa, sempre ocorreu à mancheia em todos os peridos tanto do Império quanto da República, a diferença básica é que nos governos do ParTido dos Trabalhadores(AO CONTRA´RIO, POR EXEMPLO DO DE FHC, LEMBRAM DO ENGAVETADOR GERAL DA REPÚBLICA…!!!???), às instituições foram dadas plenas condições de agirem no âmbito da investigaçõ e fiscalização. O mais são baboseiras de qum não tem compromisso com a realidade factual, e sim com os seus desejos autoritários refletidos em muitos dos grupelhos fascistóides que que se espalharam na era pós internet, com um só intuíto e desejo, incendiar o páis na volta do poder institucional ( NO CASO, NÃO ESQUEÇAMOS, O PODER REAL JAMAIS ESCAPOUDAS MÃOS DOS DE SEMPRE EM QUALQUER PERÍODO DA NOSSA CURTA E EXCLUDENTE HISTÓRIA POLITICA E CONÔMICA)) já concretizado, porém, isantisfeitos, o querem através de mais uma quartelada.

    Nessa toada, para que possamos,quem sabe, oportunizar a volta da reflexão sobre os destinos do nosso povo e da nação brasileira, sem o conhecido, manjado e repetido embotamento fascistóide tão disseminado llea nossa conhecida e venal imprensa, sobretudo a televisada, tendo à frente à Porta Bandeira dos repetidos golpes de Estados, intentados e cncretizados em nosso páis, peço vênia para, respeitosamente, trancrever artigo da filósofa MARCIA TIBURI, vejamos:

    após o golpe
    Marcia Tiburi: ‘Autoritarismo virou a regra do nosso modo de pensar’
    Para a filósofa, processo golpista revelou “ausência de reflexão, emoções controladas, manipuladas e embotadas” e o resultado é que “estamos tratando o fato de um jeito pouco sério”
    por Redação RBA publicado 13/07/2016 18h47, última modificação 13/07/2016 18h58
    Valter Campanato/ Agência Brasil
    cabinet.jpg

    Equipe ministerial de Temer representa ‘estilo coronelista, capitalista e machista’, diz Marcia Tiburi

    São Paulo – “O Brasil não é mais uma democracia. Vivemos em um estado de exceção”, afirmou a filósofa, escritora e artista plástica Marcia Tiburi. Para a pensadora, o processo golpista que afastou a presidenta Dilma Rousseff (PT) e empossou interinamente seu vice, Michel Temer (PMDB), faz parte de uma conjuntura de separação do indivíduo com o coletivo. “As pessoas ficaram vendidas para uma visão individualista, e a sociedade vive um profundo esquecimento do que significa ser sociedade.”

    As palavras duras de Marcia foram divulgadas hoje (13) por meio de vídeo compartilhado pelo vereador paulistano Nabil Bonduki (PT). “Temos ausência de reflexão, emoções controladas, manipuladas e embotadas”, e este panorama, de acordo com a filósofa, surge de um contexto de distorção dos fatos. “As instituições manipulam o poder de uma forma pesada, não só o Judiciário apodrecido ou o Legislativo, mas também a mídia, veículos de comunicação em massa manipulam as pessoas”, disse.

    Marcia argumenta que o conhecimento da formação histórica brasileira é importante para entender a gravidade do golpe. “Quem não souber que nossa história envolve escravidão de pessoas, colonização, interesses capitalistas da política financeira internacional (…) talvez não consiga entender o que se passa agora”, afirmou.

    O abolicionista Joaquim Nabuco, em sua obra Um Estadista do Império, ajuda a pensar a importância do histórico citado por Marcia. Para ele, o ponto fundamental da nossa história é a escravidão e seus frutos. “O Brasil é uma sociedade não só baseada, como na civilização antiga, sobre a escravidão, e permeada em todas as classes por ela, mas também constituída, na sua maior parte, de secreções daquele vasto aparelho.”

    Então, Marcia critica a exclusão da visão de diferença, que moldou a sociedade brasileira, por Temer, que montou uma equipe ministerial uniforme: homens, brancos, ricos e velhos. “Estamos vivendo em um país ultrapassado. Ele (Temer) tirou todos os ministérios que poderiam ter alguma relação com a alteridade, com a diferença e com o estranho. Desses sujeitos novos que estão entrando na política depois dessa era machista.”

    Ainda sobre a formação do gabinete do presidente interino, a filósofa disse que “foi um ato de provocação por um lado, mas bem ao estilo coronelista, capitalista e machista. “Porque é tudo muito parecido. Todos esses pertencem ao mesmo campo conceitual e prático. Foi uma demonstração do sentido deste poder que se estabelece. A alteridade é negada, aí vem a repressão, a opressão, um poder anacrônico, pesado, pater potestas, que não combina com a democracia.”

    A filósofa finaliza seu pensamento com a reflexão de que o golpe pode significar prejuízos mais severos do que a sociedade espera. “Estamos tratando o fato de um jeito pouco sério. Perdemos nossa democracia e não sei se temos condições de nos enlutar o suficiente para poder chorar por isso, porque o autoritarismo virou a regra do nosso modo de pensar.”

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  5. François silvestre diz:

    Aliás, não se candidatavam por esperteza. Sabiam que lhes faltava apoio popular, e por conseguinte, votos. Dutra foi eleito, contra o brigadeiro, porque teve o apoio de Getúlio. Depois, o próprio Getúlio derrotou o brigadeiro. Depois, JK derrotou o general Távora. Depois, Jânio derrotou o general Lott. Eis a razão de os discípulos do general Golbery não serem candidatos. Castelo Branco nunca livrou-se dos recalques que guardava pelas preterições que sofreu nos comandos da FEB, força expedicionária brasileira, pelo general Mascarenhas de Morais. Levaram os pracinhas do Brasil, desprovidos de treinamento, roupas apropriadas e alimentos, para serem trucidados em Montese e Monte Castelo. Não houve heroísmo, houve sacrifício. Sacrifício dos soldados, com a volta “triunfal” dos oficiais. Esses generais de 64, todos, estiveram no “front de longe”. Quanto menos se contar a história do militarismo no Brasil, melhor para a memória dos militares.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Há um comentário-resposta meu aguardando liberação.
      Mesmo assim vou escrever outro.
      Você sabe quantos soldados o Brasil perdeu na Itália?
      Os soldados não foram levados para serem trucidados.
      Dizer que as glórias da vitória foram atribuídas apenas aos oficiais é ser injusto.
      QUAL O PRACINHA BRASILEIRO QUE NÃO É REVERENCIADO PELO POVO BRASILEIRO?
      E todos foram amparados com justas aposentadorias.
      Dizer que os oficiais brasileiros não participavam do combate é desconhecer totalmente a participação da FEB.
      Não entendo tanto açodamento da parte de uma pessoa altamente culta como o Mestre François.
      Efeito do pronunciamento do General Mourão?
      Hoje diversos outros generais se pronunciaram em apoio ao Mourão.
      Uma coisa é certa:
      DO JEITO QUE ESTÁ NÃO FICA!
      /////
      OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS A QUALQUER INSTANTE. CNJ ATENTO. PGR ATENTA.

  6. João Claudio diz:

    Forças Armadas(???) do brasil sil sil sil……………………….

    “Posso afirmar que só temos munições para menos de uma hora de combate”.

    (General Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.)

  7. João Claudio diz:

    Forças Armadas(???) do brasil sil sil sil……………………….

    É traque molhado ou num ééééééééééééééé………………….

  8. João Claudio diz:

    A coisa está tão desandada, esculhambada e avacalhada, que nem os militares se atrevem a consertar. Estão desanimados, sem munição e sem gás para enfrentar a bandalheira generalizada.

    Olhe olhe se o Pai, o Filho e o Espirito Santo têm poderes para consertar essa joça, de ”lá”. Se vierem ”cá”, serão assaltados e vão voltar nus.

    E, caso ”desembarquem” na Big Favelona Maravilhosa, estão sujeitos a voltar ao Céu cheios de balas perdidas em seus corpos.

    Jeeeeeeeeeeeeeeesus. A boca é quente. Num venha, viu? Avise a seus familiares.

  9. João Claudio diz:

    A falta de armas e munições é tamanha, que há 3 dias 500 homens do exercito vasculham a Big Favelona Maravilhosa à procura de uma pistola que foi roubada de um de seus milicos.

    Forças Armadas(???) brasileira é chabu na certa.

  10. Amorim diz:

    Caro François o que acontece é que diante da escatologia atual, a gente acha que “qualquer vereda é caminho”.
    Dá sabedoria popular sul matogrossense: “prá quem está perdido qualquer vereda é caminho!”

  11. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Carlos Santos
    Existe um comentário resposta meu ao Mestre François Silvestre, 21 de setembro de 2017 as 9:18, aguardando liberação.

    • Carlos Santos diz:

      Nota do Blog – Boa noite.

      Não o localizei e, se o localizei, já o liberei. É coisa demais para ter em mente tudo em filigranas.

      Mas se não tiver ocorrido, poste novamente para que eu o libere.

      Abraços

      • Inácio Augusto de Almeida diz:

        Meu Deus, dizer que um General de Exército não sabe escrever revela um preconceito inadmissível a uma pessoa do seu nível.
        Geisel foi Secretário de Segurança da Paraíba, José Américo de Almeida. Mas nunca revelou nenhuma ambição política e restringiu seu trabalho a tornar a Paraíba um dos estados mais seguros do Brasil.
        Costa e Silva ou João Figueiredo fazer política? Na cabeça de quem isto entra? Menos, Mestre, menos.
        Realmente Castelo prometeu no seu discurso de posse a realização de eleições e dar posse ao eleito.
        O Mestre François Silvestre desconhece que a política lembra muito as nuvens que estão no céu?
        Não vou me alongar.
        Apenas afirmo que existe uma grande possibilidade de uma revolução acontecer.
        Golpe ou revolução, a verdade é que o perigo é iminente.
        O General Mourão foi muito claro ao dizer que exprimia o pensamento do alto comando do exército.
        Ouça a voz das ruas, Mestre François Silvestre. Quando for a um supermercado converse com as pessoas sem querer formar opinião. Deixe que elas declarem o que acha do momento atual e se estão desejosas de mudanças. Pergunte se elas acreditam nos militares para mudar o quadro que aí está. Pergunte.
        O mundo não é como nós desejamos…
        Saudades do CDS.
        Qualquer dia vou a Caicó só para rezar na capelinha do colégio que marcou profundamente a minha infância. E aproveitar para saber se ainda existe o sorvete de baunilha de todos os sábados…
        Um forte abraço.
        Responder

  12. João Adalberto Monteiro diz:

    Boa noite, Silvestre:
    Não acredito que haja minimamente possibilidade de intervenção militar porque de uma maneira geral as forças armadas estão distantes, senão desvinculadas das atividades políticas. Isso não significa que alguns expoentes do militarismo não estejam atentos, pois estão.
    Mas vamos aos fatos: a intervenção militar que aconteceu entre 1964 e 1985 foi em plena Guerra Fria (a disputa internacional entre EUA e a União soviética, i.é., capitalismo contra comunismo), que com o desaparecimento do principal exportador do bolchevismo, o perigo vermelho, desapareceu literalmente. Dizer que a China é comunista, não é um argumento sério. Há muito que de deixou de sê-lo. Hoje, o que há na China é uma brutal ditadura capitalista, logo de direita, fazendo uso de símbolos comunista (a foice e martelo Russos impressos na bandeira vermelha), logo de direita. Há ainda o fantoche Kin Jong-un, da Coreia do Norte, que não governa de fato; ele é apenas porta-voz dos militares, bem como o esgarçado regime, agora muito combalido, iniciado em 1959 por Fidel Castro, em Cuba. Ambos, de há muito não exportam mais o comunismo. Colocando um gancho na sua afirmação de que o “golpe militar de 64 ocorreu num quadro internacional de estratégia de dominação, entre os Estados Unidos e União Soviética, após a partilha do planeta decorrente da guerra contra o nazi-fascismo”, Silvestre, você tem razão, historicamente. Mas vamos por parte:
    1) Ao cabo da Segunda Guerra Mundial, os EUA recuperaram a economia japonesa, devastada pela insanidade do primeiro-ministro Tojo, enforcado após a guerra como criminoso de guerra, após um fracassado hahaquiri, para servir de muralha ao avanço do comunismo no Sudeste asiático. O Japão era uma monarquia parlamentar dominada por militares, mas estava longe de poder enfrentar a então maior economia do mundo: os EUA. Era potência econômica e industrial, mas não era páreo para o império americano. Afinal não há necessidade de vestir uma farda (fui soldadinho em Guairá num distante 15 de janeiro de 1967 a 15 fevereiro de 1968, aliás, verde-oliva que vesti com muita honra) para saber que quem mais tem chances de ganhar uma guerra é aquele que possui um parque industrial maior, produtivo e de ponta, como era ocaso dos EUA. Ainda, é bom lembrar que o Japão de ontem como hoje era dependente de importações necessárias à indústria e à economia, sobretudo minério de ferro (sem aço não há indústria) e de petróleo. Daí o motivo pelo qual o Japão invadiu as ilhas nas adjacências do arquipélago antes da guerra; os americanos, porém, retaliaram e impuseram-lhe um poderoso embargo de petróleo e outros produtos estratégicos. (É por essa razão que sou favorável à não privatização da Petrobras. O petróleo move o mundo. E se há corrupção, e há, a democracia tem meios de combatê-la, ao contrário da ditadura onde tudo é censurado). Logo, aquele que possui maior capacidade para repor o que se perde num dia de guerra (aeronaves, veículos, equipamentos, alimentos, enfim) tem mais chance de ganhá-la. Tojo, o militar, general de exército, mas obtuso em termos de geopolítica, não pensava da mesma maneira, pelo menos até Pearl Harbor, covarde ataque, que obrigou o poderoso império americano a entrar para a guerra em 1942. (Hitler já a tinha iniciado em fins de 1939 com a invasão da Polônia. E seu maior erro foi invadir a URSS em busca de petróleo, quebrando o pacto com Stalin, sobre tudo depois da capitulação do seu exército no norte da África para auxiliar os italianos – tinham invadido a Etiópia – e também em busca de petróleo.) Destruindo a frota naval americana, imaginava o insensato (o general 5 estrelas) japonês, no meio do caminho no Pacífico entre as duas potências, os americanos não mais poderiam lançar ataques massivos sobre o Japão – bombardeiros e caças não tinham autonomia para tanto. Entretanto, os EUA em pouco mais de um ano recuperou toda a frota naval e aérea perdidas, distribuindo-as por outras bases – fora um erro concentrá-la no Havaí – e iniciou a contra-ofensiva e que culminou com a derrota dos japoneses. E para terminá-la, enquanto o Japão esperando a invasão americana mobilizara um exército de 10 milhões de soldados. (Só Stalin tinha um exército tão imenso, reunido entre as 15 repúblicas da URSS, mal-treinado, mal-equipado, é verdade, porém vidas não importavam.) Em agosto de 1945, num espaço de 3 dias, lançou-lhe duas bombas atômicas.
    2) Na América Latina, segundo a geopolítica americana, incentivou-se o avanço das ditaduras militares – Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Peru, Chile, Equador, Bolívia, etc. -, após a entrada triunfal (triunfal aqui significa apenas vitoriosa entrada, pois sou social-democrata e contra qualquer tipo de ditadura, de esquerda ou de direita) de Castro em Havana, que colocou um basta à feroz ditadura de General Fulgêncio Batista, lacaio do bordel americano na ilha caribenha; e que impôs aos inimigos um infeliz el paredón. Mas ele não foi o primeiro nem será o último. Bokassa, por exemplo, 1966/1976, República Centro-Africana, devorava seus inimigos políticos. Mussolini e Hitler, ditadores, são responsáveis pela segunda Guerra Mundial na Europa e o Japão no sudeste Asiático, bem como, ambos e Tojo, por milhões de pessoas, com destaque pelo holocausto judeu. Mas voltando à Guerra Fria, a geopolítica americana preparava os militares através de cursos nos EUA, e que eram repassados doutrinariamente no Brasil através da ESG, a Escola Superior de Guerra. A propósito, não é sem motivos que a ESG desapareceu do noticiário. Todavia continua existindo sem o viés ideológico da Guerra Fria – de 1954 a 1964, ano da ditadura militar, a ESG desenvolveu intensa cooperação com os EUA, e após, dentro Doutrina de Segurança Nacional, cujo expoente foi o General Golbery do Couto e Silva, quadros para o funcionamento da máquina estatal militar.
    3) Por derradeiro, lendo rapidamente os tópicos anteriores, um dos moderadores, incluindo você, postou que a insatisfação militar que culminou com o golpe de 1964 tem raízes nos vários movimentos: Tenentista, Coluna Prestes, 1926, Revolução de Vargas, 1930, tentativas fracassadas de candidaturas militares da UDN – Marechal Lott. Em geral, os militares não têm votos.
    4) Não há como não concordar com tais afirmativas, bem como, grosso modo, nas entrelinhas, que após o regime os militares tiveram longo aprendizado. Com o desaparecimento do perigo vermelho, afastados dos temas políticos, os militares são neófitos hoje. Estão despreparados para as funções administrativas do estado democrático. Recentemente o General Vilas Boas, Comandante do Exército, assim se manifestou. Seria uma aventura sem precedentes, desvinculada da realidade e sem o apoio dos EUA. Afinal, não há rasgos sociais que o justifique. As instituições estão funcionando, bem ou mal, mas estão. Contudo, sei que eles, os saudosistas estão por toda a parte. Segundo o DATAFOLHA a sociedade brasileira está dividida em três partes: um terço à esquerda, um terço à direita, e um terço ora pende para um lado ora para outro. Os mais furiosos seriam pouco mais de 15%. Pessoalmente, tenho passado por eles e eles por mim em filas de bancos, de supermercados, em plena ágora… Eles xingam muito, com muito ódio. Para eles nenhum argumento é valido. Donos da verdade, verdade absoluta. Não formam a maioria, embora barulhentos, e gostam de falar grosso para impressionar, não a mim, que me afasto de quem se me apresenta como saudosista. Para alguns até pedi que não mais me cumprimentassem nem me dirigissem a palavra. Para esses, palavras textuais: Por favor, não dirija mais a palavra a mim. E diante da surpresa deles: Estou lhes pedindo educadamente, gentilmente!… Um deles, não obstante, retornou-me a palavra e confessou-me: Conversei com o pastor da minha igreja e me disse que isso aconteceu porque eu não respeitei a sua ideologia. Temos ideologias diferentes. Aceitei as desculpas e tomamos um cafezinho, que o outro insistiu pagar-me. Tão-somente. Continuo tentando evitá-los. Por outro lado, não significa que não tentei dialogar com eles, sem sucesso. Por exemplo: Em que lugar, em que país, do mundo as ditaduras foram soluções?… Ao contrário elas só trouxeram guerras, destruição e mortes!… Afinal todas as ditaduras estão contaminadas pelo germe do autoritarismo. E partem do princípio que o adversário precisa ser eliminado. E quando insistem a mim na tecla da corrupção, superbatida, peço que me citem que país alcançou grau de potência econômica e trouxe bem-estar à população, em forma de ditadura; eles não têm respostas. Gagueja, repetem o mal da corrupção, do comunismo… Alguns até tentam: É só por algum tempo! Para pôr a casa em ordem!… Sim, sim, enquanto isso os inimigos são eliminados – exilados, encarcerados, torturados, mortos…
    5) Sobre o tema da corrupção, nenhuma ditadura é infensa. No governo de João Batista Figueiredo, Maluf que derrotara o candidato da ARENA, o general de reserva Mário Andreazza, Ministro dos Transportes, apesar das denúncias na construção da ponte Rio-Niterói, os generais tiveram, muito a contragosto, visivelmente, que conviver, a tira-cola, com o candidato do regime militar. Em eventos políticos e inaugurações de obras, etc., o constrangimento era total. Se alguém ainda tem dúvidas, acesse as páginas do Google. Estão lá, todos, registrados, Paulo Maluf (Brizola dizia que ele era filhote da ditadura), governador indireto (eleito pela Assembléia Legislativa de São Paulo em meio às denúncias de fraude nas urnas), ao tempo do Geisel, ladeado por militares de alta patente, constrangidos, cuja fama permanece até hoje.

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