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quinta-feira - 17/11/2016 - 23:30h
Audiência pública

Uern mexe com assembleia e ganha apoio de 15 deputados

O papel da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte para o Estado, no contexto social, econômico e cultural, foi discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (17). A proposição do debate foi do deputado Fernando Mineiro (PT).

Audiência pública teve protesto contra o Governo Robinson Faria e atraso salarial (Foto: Eduardo Maia)

“É importante que tragamos esse assunto a público para mensurar a importância dessa instituição no momento em que há sugestão para privatizá-la para minimizar os impactos financeiros para o Estado”, iniciou o propositor da matéria, antes de facultar a palavra aos convidados.

Souza

Também presente ao encontro, o deputado Manoel Cunha Neto (PHS), “Souza”, enalteceu a iniciativa de Fernando Mineiro em propor o debate. Disse que, às vezes, pensa que alguns setores conspiram contra a Uern e “querem desviar o foco para os reais problemas do Estado”.

Para Souza, é preciso lutar para o fortalecimento da instituição. Para isso, o deputado colheu as assinaturas de deputados estaduais e entregou ao deputado Fernando Mineiro o manifesto contra a privatização da Uern. “Confesso que não tive a oportunidade de estar com todos os deputados, mas aqui colhi 15 assinaturas e espero que toda a Assembleia se manifeste de forma uníssona contra a privatização.

Ao todo, Alern é composta por 24 deputados.

Reitor

Reitor da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, o professor Pedro Fernandes Neto considerou que a instituição é a única do tipo superior pública atrelada ao Estado. “A Uern não é cara, caro é seu desenvolvimento. Não é um peso. Pesado é o atraso”, afirmou.

“É mais que patrimônio. É simbolo de um estado que se preocupa e ocupa com a formação de seus cidadãos. Que enxerga aonde quer ir. Mas que consumir, quer produzir”, elencou o reitor.

Aduern

Representante dos professores, Lemuel Rodrigues, da Associação de Docentes da Uern (ADUERN), assinalou o pensamento contraditório que a privatização da universidade expõe.

Participação de professores, estudantes e outros setores reforçou audiência pública (Foto: Eduardo Maia)

“Desde quando universidade pública representa atraso para o Estado, prejuízo ou gera crise financeira? Quem pensa assim, respeito, são aqueles e aquelas que defendem a redução do papel do Estado. E são essas pessoas que defendem também que os órgãos que funcionam nesse país sejam ligados ao setor privado, como se os públicos não tivessem competência”, criticou o presidente da Aduern.

Larissa Rosado

Prestes a assumir seu quarto mandato na Casa Legislativa, Larissa Rosado (PSB) ocupou a Tribuna e defendeu uma Universidade pública e gratuita para todo o povo potiguar.

“O próprio nome da Uern já diz: Universidade de Estado do Rio Grande do Norte. Então, não é uma questão de Mossoró, é a defesa de uma Instituição que realiza sonhos de milhares de potiguares”, assinalou.

Segmentos da Uern fizeram protestos durante a audiência pública. Com palavras de ordem, discursos, faixas e outras formas de manifestação, cobraram pagamento de salário em dia para servidores, criticando o Governo Robinson Faria (PSD).

Além dos deputados Fernando Mineiro e Souza, também participaram da audiência pública os parlamentares Carlos Augusto Maia (PSD) e George Soares (PR).

Com informações da AL e Blog.

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Categoria(s): Administração Pública / Educação / Política

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    ““Desde quando universidade pública representa atraso para o Estado, prejuízo ou gera crise financeira?”
    Gerar crise financeira pode. Basta que pague salários absurdos e bem acima dos pagos pelas Universidades Federais. E pague também aposentadorias descabidas, que pelos seus valores estratosféricos ferem, machucam e humilham o trabalhador brasileiro que se aposenta com um ganho máximo de pouco mais de 5 mil reais.
    Nenhum governo deseja fechar Universidade alguma. O que qualquer governo deseja, principalmente num momento de crise como este, é redução de custos.
    Por que não limitar as aposentadorias e pensões ao valor máximo de 15 mil reais? Seria um valor 3 vezes maior do que o da aposentadoria do trabalhador. Por que não extinguir todo tipo de penduricalhos que transformam salários compatíveis em verdadeiras montanhas de dinheiro?
    Por que não dar a conhecer a toda sociedade os valores destas aposentadorias e pensões?
    Por que não dar a conhecer a toda sociedade os valores dos salários e compará-los com os valores pagos pelas Universidades Federais e particulares?
    Uma coisa é certa. Manter a despesa da Uern nos níveis atuais não é suportável ao erário estadual.
    Sentar-se à mesa para negociar é preciso. E na negociação ambas as partes cederem naquilo que for possível. Até porque não se chega a um acordo, seja qual for a negociação, se as parte não cederem.
    Sou totalmente a favor do ensino público. Até porque fiz um curso numa Universidade Pública. Mas naquela época nunca ouvi falar dentro da Universidade Federal do Ceará em salários gigantescos. Lembro-me que o professor que tinha carro era carro popular e muitos moravam em conjuntos habitacionais.
    Adequar os salários e as despesas com manutenção da Uern à nova realidade econômica do RN é preciso.
    Fora disto não vejo como evitar a privatização da Uern. E Deus sabe como eu torço para que a Uern não seja privatizada. Tenho duas filhas que dentro em breve estarão fazendo vestibular e sequer imagino como poderei pagar faculdade privada para as duas.
    //////////////
    OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS EM NOVEMBRO?
    EM QUE FICOU O PROCESSO CUNHA/HENRIQUE ALVES?

    • Mara diz:

      Concordo, mas acho que esse reajuste e análise de super salários deveriam ser feitos também para o pessoal do judiciário e da assembleia legislativa. Pq são esses os maiores detentores dos super salários. Como pode um juiz receber 130 mil por mês? Como pode um deputado receber 2 salários, um como aposentado e um como ativo na mesma função? Se o reajuste fosse feito de forma generalizada, ai sim a crise do RN se resolveria. Agora o que não acho justo é cortar de um lado e não cortar para todos e querer colocar a culpa da falência do RN na UERN. ATT.

    • Keyla diz:

      Sim, os salários do funcionalismo público deve ser fiscalizado, mas porque só o dos professores? E os juízes, desembargadores, promotores que ganham mais de 100 mil reais? E os políticos? Esses “profissionais” sim carregam penduricalhos que transformam sua renda em super Salários que humilham o trabalhador. Que tal começarmos a olhar para isso ao invés de “cair na lábia” deles, que estão loucos para privatizar tudo, pois assim sobra mais dinheiro para que possam roubar mais. Prefiro meu imposto pagando ensino de qualidade para os jovens do que enchendo contas na Suíça.

      • Inácio Augusto de Almeida diz:

        Caras Mara e Keila
        Por incontáveis vezes eu já clamei pelo fim das aposentadorias imoralíssimas dos políticos e membros do judiciário. Sugiro há mais de 3 anos, neste blog e nos blogs do John Cutrim e Garrone, MARANHÃO, para que aconteça no Brasil um realinhamento salarial. E que este realinhamento venha na forma de escalonamento, com o maior salário não podendo ser 30 vezes superior ao menor salário. Enviei e-mail a diversos deputados e senadores com esta minha sugestão. Felizmente o Senador Magno Malta está apresentando um projeto que limita o maior salário nos 3 poderes a 15 mil reais. O Senador se sensibilizou com o meu apelo.
        Mas o que faz a sociedade para apoiar o projeto do Senador? NADA, NADA, NADA.
        Todos se calam. Ninguém quer parecer um invejoso ou sem tato.
        Por que não se fazer uma manifestação de rua em Mossoró apoiando o projeto do Magno Malta?
        Porque se isto for tentado não irão aparecer mais do que cinco gatos pingados.
        Em Mossoró não se protesta nem contra a falta de medicamentos, uniforme escolar, material escolar, merenda escolar e licitações absurdas, imagine uma manifestação de apoio a um projeto de um Senador para limitar o maior salário no serviço público a 15 mil reais.
        Em Mossoró não se protesta nem contra a demora no julgamento dos recursos SAL GROSSO. E atente que é por conta do não julgamento destes recursos que CONDENADOS em primeira instância por prática de improbidade administrativa continuam exercendo cargos eletivos, votando leis e aprovando orçamentos.
        EM QUE OUTRO PAÍS DO MUNDO UM CONDENADO VOTA LEIS E APROVA ORÇAMENTOS?
        Vocês já acessaram o blog COMBATE À CORRUPÇÃO? O endereço é: //combatecorrupcao.blogspot.com.br/
        A UERN NÃO PODE SER PRIVATIZADA.
        MAS NÃO PODE CONTINUAR A PAGAR SALÁRIOS, APOSENTADORIAS E PENSÕES ESTRATOSFÉRICAS.
        O MESMO SE APLICA AO LEGISLATIVO E AO JUDICIÁRIO.
        ///////////
        OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS EM NOVEMBRO?

  2. Marcos Pinto. diz:

    Não se justifica a ausência de toda bancada federal potiguar nessa imprescindível audiência pública. Daqui a dois anos eles vão se fazer presentes em tudo que for velórios, sepultamentos, casamentos, batismos, missa de sétimo dia, terreiros de umbanda, festas de padroeiros, corridas de jumentos, quadrilhas juninas (sem falar na deles !). Uma lástima, pois.

  3. Regiane diz:

    Seria bom se pudesse divulgar o nome dos 15 deputados que assinaram contra a privatização da Uern.

  4. Márcia Pinto diz:

    “Ao todo, Uern é composta por 24 deputados.”????

  5. fernando diz:

    Tem uma bruxa na camara municipal de natal, que quer a privatização.Ela se diz educadora. O seu irmão foi suplente de Zé Agripino.

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