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terça-feira - 17/01/2017 - 08:30h
Opinião

Nogueirão vive impasse e saída não está na política

Há uma celeuma em Mossoró por conta de novo impedimento de uso do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, pelos clubes profissionais da cidade, que disputam mais uma temporada de competições e amistosos. Potiguar e Baraúnas até ameaçam sair do Campeonato Estadual 2017, se o quadro não for revertido.

A sisma advém de pareceres do Corpo de Bombeiros, que estaria agarrado a filigranas técnicas para frear o aproveitamento do Nogueirão. Birra, dizem os mais exaltados.

Sou torcedor do Potiguar, tenho simpatia pelo Baraúnas, sou integrante da Associação dos Cronistas Esportivos do RN (ACERN) há quase 30 anos, assisto jogos no Nogueirão desde minha adolescência, costumo participar de campanhas para apoio aos dois clubes e, principalmente, sou mossoroense. Que tudo isso fique claro.

Desde 2004 que o Estádio Nogueirão passa por seguidas celeumas nesse sentido, além de mil promessas políticas. Quase todos os candidatos a prefeito nesse ínterim prometeram sua municipalização, mas foi o ex-prefeito Francisco José Júnior (PSD) que o converteu em patrimônio da municipalidade, não obstante continuar vivo precariamente.

A então governadora Rosalba Ciarlini (PP) garantiu inicialmente uma reforma que custaria pouco mais de R$ 8 milhões. Depois, em plena campanha municipal de 2012, apareceu com maquete e densa propaganda, anunciando até ampliação do estádio, com custo perto de R$ 40 milhões. Tudo uma grande farsa eleitoral, pois sabia que não teria meios para tal investimento.

Má-fé e picuinha

Paralelamente, dirigentes e abnegados de Potiguar e Baraúnas e da própria Liga Desportiva Mossoroense (LDM) têm feito esforço sobre-humano para que o futebol não morra em Mossoró, conhecida terra do “já-teve”.

Seria leviano afirmar que o comando do Corpo de Bombeiros age de má-fé, por algum tipo de picuinha particular ou puro sadismo. Talvez, preciosismo, diria. Se houver má-fé e picuinha, que se prove, promovendo sanções contra quem estaria agindo assim.

Maquete foi apresentada em outubro de 2012 com apoio de setores da imprensa que hoje não fazem mea culpa (Foto: arquivo)

Entendo que dirigentes da LDM, Potiguar e Baraúnas devem recorrer à Justiça, se veem dolo que fira seus interesses e de torcedores, buscando acolhimento legal. Fora disso, lamentavelmente continuaremos testemunhando, todo ano, essa agonia.

Lamento profundamente que parte da imprensa de Mossoró tenha sabotado a permuta do Nogueirão por outro estádio novo quando havia avanço na ideia e negociações – acompanhadas pelo Ministério Público no final de 2010 -, justamente para atender a interesse político-partidário.

Foram as mesmas pessoas e órgãos de imprensa que propagaram os dois estelionatos de reforma e ampliação, como a panaceia do futebol mossoroense. Deveriam fazer mea culpa, pelo menos.

Por favor, não permitamos mais que a politica e a politicalha façam tanto mal ao nosso futebol. Fiquemos longe dessa gente e de seus capatazes da mídia.

Bola para frente.

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Categoria(s): Administração Pública / Comunicação / Esporte

Comentários

  1. francisco carlos diz:

    INTERESSANTE AMIGO CARLOS QUE VC NÃO VE NEM UM CONDOMÍNIO OU COMERCIO INTERDITADO PELO CORPO DE BOMBEIRO DE MOSSORÓ $$$$$$$$$$$$kkkkkkkkkkkkkkk

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Propus o caminho da Justiça, meu caro.

      Parece-me simples. Se houver excesso, por exemplo, sairá liminar, como ocorreu para decisão entre Potiguar e América em 2004.

      Abraços

  2. Marcos Pinto. diz:

    Leiam-se os anais da história desportiva mossoroense que restará configurado o DNA da política mesquinha e tacanha sempre atravancando e “melando o meio de campo”. E com essa Rosa de Hiroshima mossoroense então a coisa degringolou mesmo de uma vez. Uma lástima, pois.

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