É de nossa tradição cultural, abraçada do costume religioso, cristão, "malhar o Judas".
Em sua verve, sua incrÃvel capacidade de rir de suas próprias desgraças, o brasileiro todos os anos escolhe alguém para linchar com pau, pedras, pontapés, fogo. Dependura-o no poste, arrasta-o pelas ruas.
O Judas que nasce e morre em cada sábado de aleluia é inspirador e burlesco. Pena que no restante dos anos, todos prefiramos cruzar os braços, resmungar em sussuros, em vez de agir e mudar o próprio destino.
Estamos sempre transferindo responsabilidades, passando o bastão pros outros, lavando as mãos, negando Cristo, ignorando nossa nacionalidade e não assumimos a parcela de culpa que temos desse paÃs ainda não ter cumprido seu ideal.
Judas sofre uma vez por ano e provoca risos ao final.
Muitos de nós somos vÃtimas do escárnio o ano todo, sem que percebamos.
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