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sexta-feira - 10/03/2017 - 07:46h
Opinião

O que nos cabe nos problemas que não são apenas da prefeitura

É recorrente: a cada período chuvoso em Mossoró, a ladainha é a mesma em artérias do centro da cidade – e outros setores, com águas pluviais que avançam sobre prédios comerciais, equipamentos públicos, ruas, travessas, praças, avenidas e residências.

Por nossa cultura, a prevenção só é lembrada quando o problema está instalado.

Travessa Martins de Vasconcelos - realidade (Foto redes sociais/Assis Nascimento)

Também é uma recidiva a queixa, sempre, atribuindo ao poder público a culpa e responsabilidade por tudo.

Alto lá!

Infelizmente, vivemos numa sociedade que se acostumou à dependência em menor ou maior escala da ação pública, com escassa mobilização popular e rara postura proativa.

É sempre mais fácil terceirizar responsabilidades do que assumir seu papel de protagonista, na defesa dos seus próprios interesses e do coletivo.

É lamentável, por exemplo, que Sindicato do Comércio Varejista (SINDIVAREJO), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) não mobilizem associados para campanha educativa e ação prática que atenue ou evite a sobrecarga das galerias pluviais.

Boa parte do que testemunhamos ao final de cada chuva é resultado dessa postura inerte, distante e alheia. Não temos uma “sociedade comunal”, como identificou o escritor francês Alexis de Tocqueville, num estudo ainda no século XIX, sobre o comportamento do cidadão norte-americano.

O prefeito (a) de ocasião é culpado por tudo e, esse, por vezes acha mais fácil apontar o dedo para o antecessor, para se livrar de qualquer culpabilidade.

Atribuir apenas à Prefeitura a responsabilidade pelo não-funcionamento de galerias, acúmulo de lixo em esgotos, construções que comprometam o fluxo das águas, é de novo uma postura escapista e atrasada. Mais uma vez, em uso, o complexo de transferência de culpa que termina por comprometer a vida de muitos.

Quando as chuvas passarem e as ruas voltarem à normalidade, banhadas por panfletos, lixo, aquelas garrafinhas para água mineral que jogamos da porta do carro (para não entulhar seu interior), tudo cairá no esquecimento. Até às próximas chuvas e inverno, quando elegeremos São Pedro, o prefeito (a) e outros como culpados pelos estragos das águas.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. George Duarte de Lima diz:

    Olá concordo em parte, vejamos o seguinte existe uma proibição para não jogar lixo nas ruas, (é aplicada) existe uma fiscalização para esse fim (Se não a culpa é do gestor, em minha casa meus filhos jogam o lixo no cesto). Outra coisa meus impostos são pagos em dia e a contrapartida dessa verba. Auto lá! Outro dia vi um cidadão consertando uma lombada eletrônica debaixo de chuva e um guarda chuva protegendo o equipamento para voltar a multar o contribuinte. Na contramão da situação ainda do transito vejo ruas esburacadas, atoleiros, luzes de postes apagadas etc, etc. Afinal onde está o meu imposto. Todos nós somos responsáveis pelo nosso bairro, pela nossa rua e pela limpeza em geral, agora o gestor tem que fazer a parte dele, cadê as campanhas educativas, cadê as leis que deveriam serem aplicadas a esses sujões, creio que jamais irá funcionar até porque nesses esgotos entupidos como mostrado na matéria existe santinhos, adesivos, bandeiras desses “políticos que outrora encontram-se no poder”

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      “cadê as campanhas educativas,”
      As verbas destinadas as campanhas educativas são utilizadas no culto ao personalismo. Qual foi o dia em que o senhor não ouviu na rádio a prefeita ou a presidente da Câmara Municipal dando entrevistas e falando de realizações?
      Claro que nesta entrevistas ninguém toca no uniforme escolar que não foi entregue, no fato do início do ano letivo ter acontecido no dia 06/03/2016 e no material escolar que sequer um caderno de 30 folhas foi entregue.
      Claro que não falam na falta de INSULINA e de diversos outros medicamentos, inclusive AAS, cujo comprimido custa UM CENTAVO.
      Claro que não falam em jumentos, cavalos, vacas, bodes, carneiros e porcos pastando na AV Alberto Maranhão e em outras diversas ruas.
      Claro que não falam nas ruas esburacadas e mal iluminadas.
      Quando entrevistam a presidente da Câmara jamais perguntam quando os recursos SAL GROSSO serão julgados ou quando as denúncias do ex-procurador da CMM serão apuradas. Falam apenas da construção de uma nova sede para a Câmara, como se o momento de dificuldade que o país atravessa permitisse a uma cidade na situação de Mossoró construir um prédio do mais alto luxo para abrigar a Câmara Municipal.
      Creio ter deixado bem claro porque nunca se ouviu em Mossoró uma campanha educativa no rádio.
      /////
      OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS NESTE TRIMESTRE. AGUARDEM!

  2. Amorim diz:

    Em um país em que se faz necessário um aviso em banheiros: use no vaso sanitário, ao terminar dê descarga e jogue o papel na lixeira! Já diz tudo.

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Realmente, você tem razão.

      Impressiona-me esse e outros tipos de aviso em prédios e condomínios de classe média alta e rica.

      Ainda estamos distantes da civilização.

      Abraços

  3. francisco diz:

    Carlos Santos boa tarde, concordo com você moro aqui próximo ao supermercado Queiroz do aeroporto 2, por trás do posto de gasolina Av. Centenário tem um lixão a prefeitura manda limpar só que no mesmo dia ou no outro dia já tem lixo pra todo lado. Só Carlos circula no bairro que o calçamento dessa Avenida foi solicitado por vereadores e aprovado na câmara e nunca a Prefeitura fez nada dai a revolta dos moradores do bairro. Soube através de pessoas do bairro que o Suplente de Vereador Naelson Araújo (o mesmo mora no bairro) quando assumiu por 2 meses a cadeira do titular Vereador Francisco Carlos, fez requerimentos e a Câmara aprovou e o Ex-Prefeito Fco. José Jr. Se comprometeu em fazer a obra mais não cumpriu. Um abraço.

  4. Inácio Augusto de Almeida diz:

    QUANDO ACONTECERÁ UMA FISCALIZAÇÃO?
    Merenda Escolar
    ESTAS FORAM AS SUGESTÕES DE CARDÁPIO DO ANO DE 2014 PARA A MERENDA ESCOLAR EM MOSSORÓ.
    Observem que consta ÁGUA MINERAL para refresco de acerola.
    QUANDO, ALGUM DIA, EM ALGUMA ESCOLA MUNICIPAL DE MOSSORÓ ENTROU UM GARRAFÃO DE ÁGUA MINERAL PARA FAZER REFRESCO PARA ALUNOS?
    Em 2014 eu iniciei uma campanha pela colocação de filtros de água nas escolas municipais de Mossoró. A Sra. Naide Maria Rosado de Souza acompanhou e me apoiou nessa luta.
    Nesta época eu denunciei LICITAÇÃO DE FILÉ DE TILÁPIA para a MERENDA ESCOLAR, porque sabia que nem uma só cabeça de piaba tinha chegado a alguma escola municipal.
    QUANDO ALGUM DIA, EM ALGUMA ESCOLA MUNICIPAL, UM ALUNO RECEBEU 6 BOLACHAS?
    Recebia apenas duas bolachas MOFADAS.
    BANANA MAÇÃ E AVEIA?
    Mais fácil o Zeca Pagodinho ver CAVIAR do que os alunos das escolas municipais de Mossoró ver BANANA MAÇÃ E AVEIA.
    Esta sugestão de cardápio está em Copyright © 2014 Prefeitura de Mossoró.
    Todos os dias eu denuncio a imoralidade que acontece na MERENDA ESCOLAR; no cardápio um tipo de MERENDA e a servida ser outro completamente diferente.
    Em qualquer outro lugar do MUNDO a autoridade responsável já teria fiscalizado, constatado e punido os responsáveis por esta aberração.
    O QUE NÃO ACONTECER EM MOSSORÓ NÃO ACONTECE EM LUGAR NENHUM DO MUNDO!
    Obs: A SUGESTÃO DE CARDÁPIO ENCONTRA-SE PUBLICADA NO BLOG COMBATE À CORRUPÇÃO – //combatecorrupcao.blogspot.com.br/

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