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terça-feira - 26/03/2024 - 11:00h
Polêmica

PF investiga presença de Bolsonaro em Embaixada da Hungria

Imagens do jornal dos EUA mostram Bolsonaro em embaixada (Arte de O Globo)

Imagens do jornal dos EUA mostram Bolsonaro em embaixada (Arte de O Globo)

Do Canal Meio e outras fontes

Apenas quatro dias após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, em meio às investigações de tentativa de golpe, Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília, onde não poderia ser preso, pois a lei internacional classifica representações diplomáticas de um país como território daquela nação. Segundo imagens das câmeras de segurança obtidas pelo New York Times, o ex-presidente ficou na representação diplomática entre 12 e 14 de fevereiro, acompanhado aparentemente por dois seguranças, sendo recepcionado pelo embaixador húngaro, Miklós Halmai, e sua equipe.

No dia 12, ele postou, às 20h34, o vídeo em que convocou seus apoiadores para um ato em sua defesa, em 25 daquele mês, na Avenida Paulista, e, às 21h37, entrou na embaixada. Segundo o jornal americano, a permanência na representação diplomática sugere uma aproximação com o premiê da Hungria, Viktor Orbán, numa tentativa de escapar da Justiça brasileira. Os dois políticos são próximos há anos, tendo em comum a agenda de extrema direita. (New York Times e Folha)

Bolsonaro admitiu a Igor Gadelha que ficou na embaixada. “Não vou negar que estive na embaixada, sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de Estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto final. O resto é especulação”, afirmou. Em nota, sua defesa disse que “o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”. (Metrópoles)

O Itamaraty não gostou e convocou Halmai para explicar a situação. A reprimenda foi transmitida pela secretária de Europa e América do Norte, embaixadora Maria Luisa Escorel de Moraes. Por cerca de 20 minutos, o embaixador ouviu as queixas e tratou os pernoites como corriqueiros. Na conversa, ela reiterou os problemas de Bolsonaro com a Justiça e que ele tem amplo direito de defesa. (Globo)

Já o ministro Alexandre de Moraes deu 48 horas para que Bolsonaro explique a visita. A Polícia Federal vai investigar o que ocorreu. (CNN Brasil)

Sem motivo para prisão

Eliane Cantanhêde: “Sempre tão implacável, Xandão está numa semana que não chega ao extremo de ser paz e amor, mas de esclarecer circunstâncias e reduzir confrontos e tensões. Informou a seus pares no Supremo que não dá bola para o ‘asilo’ de Bolsonaro, não vê elementos para prisão preventiva por risco de fuga e obstrução de Justiça. Confirma-se a previsão de que Bolsonaro só será preso se for condenado e depois do trâmite em julgado, sabe-se lá quando”. (Estadão)

João Paulo Charleaux: “Nos dois dias em que esteve abrigado na embaixada, Bolsonaro estava inalcançável pela Justiça de seu próprio país. Se a Justiça foi atrás dele nessas 48 horas ou não, isso é apenas um detalhe. No que diz respeito à oferta de proteção internacional, ela ocorreu na prática.” (Folha)

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terça-feira - 26/03/2024 - 10:22h
Quarta-feira, 27

Audiência pública terá prestação de contas da Saúde Municipal

Ilustração

Ilustração

A Câmara Municipal de Mossoró realizará audiência pública para prestação de contas da Saúde Municipal referente a Programação Anual de Saúde 2023, dia 27 (quarta-feira), às 15h, no plenário da Casa.

Técnicos da Secretaria Municipal de Saúde apresentarão informações sobre investimentos, serviços e demais dados do setor para vereadores e outros representantes da sociedade. A audiência é aberta ao público.

Interessados podem acompanhar a reunião no plenário e se inscrever para ter a palavra. Também podem assistir ao vivo pela TV Câmara Mossoró (TCM, canal 23.2 HD) ou pelo site www.mossoro.rn.leg.br.

A audiência pública foi solicitada à Câmara pela Secretaria Municipal de Saúde, em cumprimento à legislação, que estabelece prestação de contas regulares do setor de Saúde no Poder Legislativo.

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terça-feira - 26/03/2024 - 09:34h
Mossoró

Parte do forro de teto da UPA do BH desaba

A  Prefeitura de Mossoró foi informada sobre desabamento de parte do forro do rol de entrada da UPA do Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (26)

Equipes da Secretaria de Infraestrutura e Corpo de Bombeiros estão no local. Fazem levantamento e tomam providências à emissão de laudos e iniciativas preventivas e reparadoras.

Não se tem notícia de qualquer ferido, mas apenas registro de danos materiais, como mostra vídeo que roda redes sociais.

Avaliação preliminar é que fortes chuvas concorrem para infiltrações, levando a esse tipo de ocorrência.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 23:52h

Pensando bem…

“Não adianta olhar para o céu com muita fé e pouca luta.”

Gabriel O Pensador

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segunda-feira - 25/03/2024 - 23:40h
Água

Começa construção de sistema de adutora em zona rural

Sistema começou a ser montado e será levado a outras comunidades (Foto: Lucas Bulcão)

Sistema começou a ser montado e será levado a outras comunidades (Foto: Lucas Bulcão)

Por meio do “Mossoró Realiza”, um antigo sonho da comunidade da Barrinha, zona rural de Mossoró, começa a se transformar em realidade: teve início nesta segunda-feira (25) a construção da adutora que vai garantir independência hídrica para a região.

O sistema de abastecimento recebe um investimento de R$ 1.043.813,62.

O sistema será composto por 2 mil metros de rede de adução (adutora), mais de 5,6 metros de tubulação para a rede de distribuição de água, dois reservatórios com capacidade de 20 mil litros cada e 381 unidades de hidrômetros para instalação em residências, contemplando aproximadamente 1 mil pessoas que residem na região.

“A comunidade vinha passando por momentos de escassez de água, apesar de a gente ter feito uma grande melhoria no sistema de abastecimento. Agora, vai ter independência hídrica, com um sistema de adutora moderno e distribuição de água encanada, com torneiras nas casas”, explicou o gerente executivo de Desenvolvimento Rural da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Raniere Barbosa.

O benefício está em expansão e alcançará outras comunidades.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 22:10h
Sucessão municipal

Beto Rosado apoiará Genivan Vale, caso Rosalba se afine com PT

Beto e Rogério, em Jucurutu, dia 28 de agosto: apoio rosalbista (Foto: Assessoria/Arquivo)

Beto e Rogério, em Jucurutu, dia 28 de agosto de 2022: rosalbismo dos dois lados (Foto: Arquivo)

O pré-candidato a prefeito Genivan Vale, que também preside o Partido Liberal (PL) em Mossoró, conversou com o vice-presidente estadual do Progressistas (PP), ex-deputado federal Beto Rosado.

Afinação não faltou.

O ex-parlamentar, sobrinho-afim da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), não vai segui-la se houver enlace político do rosalbismo com o Partido dos Trabalhadores (PT), à campanha municipal.

Estará com Genivan e o PL, presidido no RN pelo senador Rogério Marinhp.

Em 2022, a dez dias das eleições no primeiro turno, Rosalba foi anunciada (veja AQUI) como apoio à reeleição de Fátima Bezerra (PT). Porém, Beto, que detinha mandato federal, não a acompanhou. Ficou em lado oposto.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 21:46h
Política

Filha de ex-prefeito deverá ser vice em chapa governista

Lara  (de verde) acompanha discurso da prefeita Marianna Almeida (Foto: reprodução)

Lara (de verde) acompanha discurso da prefeita Marianna Almeida (Foto: reprodução)

Do Blog Saulo Vale

Presidente do MDB pauferrense, a médica Dra. Lara Figueiredo deve ser o nome a vice na chapa da prefeita, pré-candidata à reeleição, Marianna Almeida (PSD).

No ato de filiação do partido no sábado (23), a sintonia entre as duas para composição de chapa ficou ainda mais claro.

Lara é filha do ex-prefeito de Pau dos Ferros, Nilton Figueiredo.

Em 2016, ela foi candidata a vice na chapa do então prefeito Fabrício Torquato.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 21:12h
TAM

Orquestra Sinfônica do RN abre temporada 2024 nesta quarta-feira

QUARTAS CLASSICAS 2024 - FEED - 1Em clima de comemoração ao aniversário de 120 anos do Teatro Alberto Maranhão (TAM), nesta quarta-feira (27), às 19h30, a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN), gerida pelo Governo do RN, via Secretária Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto (FJA), apresenta o concerto oficial de abertura da temporada de 2024. O espetáculo celebra as festividades de Páscoa e também os 180 anos de nascimento do compositor clássico Nikolai Rimsky-Korsakov.

Os ingressos gratuitos serão distribuídos em dois lotes. O primeiro lote está sendo disponibilizado via link do Sympla, nesta segunda-feira (25), desde às 9h. O ingresso virtual deverá ser trocado pelo bilhete físico, no TAM, entre 18h e 19h, horário em que o virtual perde a validade. O segundo lote será distribuído por ordem de chegada, no dia do concerto, na bilheteria do Teatro, uma hora antes do evento.

Sob a direção artística e regência de Linus Lerner, o concerto abre com a famosa abertura da ópera “Guilherme Tell”, obra-prima de Gioachino Rossini, peça que marca as trilhas sonoras de filmes e animações. A segunda obra apresentada será o concerto para trompa de Reinhold Glière, com o solista Radegundis Feitosa, professor da Escola de Música da UFRN e fundador da Associação de Trompistas do Brasil (ATB). Este concerto é a mais aclamada obra de Glière, escrita no estilo neoclássico e com fortes influências do romantismo.

O espetáculo segue com a “Grande Abertura da Páscoa Russa”, de Nikolai Rimsky-Korsakov, que segundo o compositor representa uma “transição entre o sombrio e misterioso ambiente do Sábado da Paixão, ao júbilo sem limites do Domingo da Ressurreição”.

Júlia Costa é solista e vai se apresentar também Foto: Divulgação)

Júlia Costa é solista e vai se apresentar também Foto: Divulgação)

Páscoa

O programa segue com a OSRN interpretando  as comemorações da Páscoa: o intermezzo da Ópera “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni, cuja ação se passa num domingo de Páscoa em uma aldeia da Sicília no século XIX, e “Pie Jesu”, do compositor britânico Andrew Loyd Weber, que será apresentada com a participação dos coros Harmus do Instituto de Música Waldemar de Almeida (IMWA) o Coral do CEI, ambos regidos pelo maestro Janilson Batista.

A interpretação desta peça conta com a participação especial da soprano Alzeny Nelo e da solista mirim Júlia Costa. Pie Jesu é geralmente apresentado como parte da missa de “réquiem”, e seu texto se traduz: “Piedoso Jesus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes a paz”. O concerto finaliza com “Capriccio Espagnol”, do homenageado da noite, Korsakov, considerado um dos melhores exemplos de orquestração já escritos na história da música.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 14:24h
Mossoró

Sindilojas informa como abrir comércio na Sexta-feira Santa

Feriado da sexta-feira santa comércio abre em mossoró 29 de março de 2024, comunica o SindilojasO Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (SINDILOJAS) informa que conforme Convenção Coletiva de Trabalho 2023/2024 (cláusula 43ª), o setor comercial poderá funcionar no feriado do dia 29/03 (Sexta-feira Santa).

O lojista que tiver pretensão individual de abrir, nessa data, precisará registrar junto ao Sindilojas, solicitando “termo de abertura” pelo e-mail sindivarejomossoro@gmail.com e o entregando com 48 horas antes do feriado.

Dúvidas podem ser tiradas nesta fonte: Tel (WhatsApp) : (84) 3321-6124.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 12:20h
Aspremm

Associação dos Servidores da Prefeitura de Mossoró tem registro legal

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Está oficialmente constituída e legalizada a Associação dos Servidores da Prefeitura de Mossoró, sob a sigla ASPREMM.

É mais uma entidade que nasce da ‘costela’ do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), que já perdeu grande número de associados para outras formações representativas de categorias.

A Aspremm recebeu o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) na sexta-feira (22), conforme Instrução Normativa RFB nº 2.119, de 06 de dezembro de 2022.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 11:16h
Inverno 2024

Açude Gargalheiras chega ao seu maior volume desde 2015

O Açude Gargalheiras em Acari, região Seridó do RN, chega ao seu maior volume de água desde que secou em 2015.

De acordo com a medição feita na manhã desse domingo (24), o Gargalheiras chegou a 35% de sua capacidade hídrica, aumentando seu nível em 18 centímetros nas últimas horas. E não para de ter recarga nesse manancial.

Dessa forma, o reservatório acumula 15,5 milhões de metros cúbicos, faltando 4,76 metros para atingir a sangria.

O principal rio que deságua nele, o Acauã, segue com um bom volume de água, dando esperança na sangria.

A Barragem Marechal Dutra, o “Açude Gargalheiras”, tem capacidade para armazenar 40 milhões de metros cúbicos de água e foi inaugurada em 1959. Fica a cerca de 4,5 quilômetros do centro urbano de Acari.

A região se destaca por um expressivo relevo definido pelas serras do Pai Pedro, Minador e da Lagoa, com altitudes entre 600 e 650 metros, por onde passa o rio Acauã, que o alimenta.

Imagens: @jeansouzapulsacao

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segunda-feira - 25/03/2024 - 10:12h
Morte de Marielle e motorista

Deputado, membro de TCE e ex-delegado são presos como mandantes

Chiquinho e Domingos Brazão, além de Rivaldo Barbosa, estão presos (Fotomontagem do UOL)

Chiquinho e Domingos Brazão, além de Rivaldo Barbosa, estão presos (Fotomontagem do UOL)

Do Canal Meio e outras fontes

Mais de seis anos depois do crime, a Polícia Federal prendeu na manhã de ontem três acusados de encomendarem o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), em 14 de março de 2018 – o motorista dela, Anderson Gomes, também morreu no atentado. Os presos são os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, denunciados pelo ex-PM Ronnie Lessa, autor confesso das mortes.

De acordo com a PF, os Brazão idealizaram o crime e Barbosa, que assumiu o cargo de chefia na véspera, o planejou meticulosamente, além de prometer impunidade aos cúmplices.

Segundo Lessa, os irmãos lhe ofereceram lotes de terra e um posto de comando em uma milícia em troca do assassinato. Marielle, dizem os agentes, foi morta por combater a expansão territorial das milícias que controlam grandes áreas na capital fluminense. As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para onde o caso subiu pelo deputado ter foro especial.

Fim de sigilo

Durante a tarde, ele retirou o sigilo sobre o relatório final da PF. Os agentes federais assumiram o inquérito em fevereiro do ano passado. (g1)

A Executiva Nacional do União Brasil expulsou Chiquinho Brazão, por unanimidade, ainda na noite de ontem. A reunião para tratar do caso estava marcada para amanhã, mas a cúpula do partido a antecipou. O presidente da legenda, Antonio Rueda, afirmou que Brazão já não tinha relação com o partido e havia pedido ao TSE autorização para se desfiliar. (Metrópoles)

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), usou as redes sociais para comentar a prisão dos suspeitos de mandar matar sua irmã Marielle. “Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! (…) Estamos mais perto da Justiça!”, escreveu no X. Já a mãe delas, Marinete Franco, reagiu com surpresa ao envolvimento de Rivaldo Barbosa no caso. “A minha filha confiava nele e no trabalho dele. E ele falou que era questão de honra elucidar [o crime]”, disse.

Monica Benicio, viúva de Marielle e também vereadora pelo PSOL carioca, lembrou que o ex-chefe da Polícia Civil foi a primeira autoridade a receber a família após o assassinato. “Hoje saber que o homem que nos abraçou e prestou solidariedade tem envolvimento nesse mando é para nós entender que a Polícia Civil não foi só negligente, mas foi também cúmplice desse processo”, afirmou. (CNN Brasil e g1)

Marielle e Anderson foram executados no interior de um carro (Reprodução/Arquivo)

Marielle e Anderson foram executados no interior de um carro (Reprodução/Arquivo)

Em entrevista coletiva no início da tarde, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que as investigações da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, estão encerradas “por ora”, embora fatos novos possam ser apresentados futuramente. “A polícia em suas investigações identificou os mandantes e demais envolvidos nesta questão, é claro que podem surgir novos elementos, mas neste momento os trabalhos foram dados como encerrados”, declarou. O ministro exaltou ainda o trabalho da PF e do STF na solução do caso, que classificou como “uma vitória do Estado brasileiro e das forças de segurança do país”. (Poder360)

Governo e oposição buscam minimizar o custo político da prisão dos irmãos Brazão. Os presos fizeram campanha para Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e 2022 e foram influentes na gestão do governador Cláudio Castro (PL), mas mantêm ligações com alguns aliados do presidente Lula, como a ex-ministra Daniela Carneiro. (Folha)

Submundo

Mais do que detalhar a morte de Marielle e Anderson, a delação de Ronnie Lessa esmiúça o submundo da Polícia Civil fluminense, conta Vera Araújo. Segundo o ex-PM, Rivaldo Barbosa e outros policiais recebiam propina para não solucionar o caso — os pagamentos a Barbosa foram confirmados pelas investigações. O ex-chefe de polícia também estava por trás de uma tentativa de jogar a culpa do crime sobre milicianos e políticos rivais dos acusados presos ontem. (Globo)

Francisco Leali: “A ordem para trancafiar os Brazão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, abre uma nova questão: como reagirá a Câmara dos Deputados com um dos seus acusado de assassinato? Por determinação legal, uma ordem de prisão de deputado precisa ser apreciada no plenário. O vento que sopra na política, empurra a Câmara na direção de confirmar a decisão do ministro.” (Estadão)

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  • Art&C - PMM - 13-03-2024 - Mossoró Realiza
segunda-feira - 25/03/2024 - 09:30h
Sucessão municipal

PT tem nome para indicar a vice, mas não um consenso

Isabela Morais é um nome colocado à chapa governista (Foto: Jean Lopes)

Isabela Morais é um nome colocado à chapa governista (Foto: Jean Lopes)

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Assú tem cara e nome para apresentar como vice na chapa governista à prefeitura local.

A princípio, a médica Isabela Morais é essa pessoa, sobretudo por diligências e aspiração de sua mãe, a professora Inês Almeida. De origem sindical e ligada umbilicalmente à governadora Fátima Bezerra (PT), ela costura convencimento interno à indicação da filha.

Não deve ser ignorado, entretanto, que tudo passará pelo crivo do sistema que abrigará o cabeça de chapa. Tem mais um detalhe: outras opções gravitam em torno desse espaço de vice no governismo.

Laços

No sábado (23), o petismo e PV receberam o pré-candidato a prefeito pelo governismo, Lula Soares (Republicanos), em ato de filiações na Loja Maçônica Fraternidade Assuense.

Os deputados estaduais Divaneide Basílio (PT) e Francisco do PT, além do federal Fernando Mineiro (PT), participaram da movimentação e recepção ao pré-candidato.

O prefeito Gustavo Soares (sem partido) e a deputado estadual George Soares (PV) também estiveram no evento.

Os laços existem.

Veremos.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 07:48h
Política

Dr. Bernardo Amorim foca em planos mais ousados

Kaline e Bernardo fizeram dobradinha em 2022 (Foto: Arquivo)

Kaline e Bernardo fizeram dobradinha em 2022 (Foto: Arquivo)

Deputado estadual em segundo mandato, Dr. Bernardo Amorim (PSDB) está em marcha batida para uma posição muito além do Palácio José Augusto, sede do legislativo potiguar. Foca em Brasília, Câmara dos Deputados.

Infatigável na arte de fazer política e sempre procurando estar um passo à frente da concorrência, ele segue na direção de uma candidatura extremamente viável em 2026. Possível.

Foi fácil perceber que a formação da atual bancada federal, nas eleições de 2022, deixou lições claras e prenúncios de que em 2026 existirão brechas e fendas profundas à mudança considerável de nomes.

Tem mais: a própria candidatura de sua mulher Kaline Amorim (MDB) à deputação federal, em 2022, paralelamente à sua, à reeleição, mostrou como há um universo eleitoral vastíssimo a ser explorado, carente de representação. Ela empalmou 29.697 votos.

Bernardo, à reeleição, somou 52.505 votos. Um total de mais de dez mil votos acima do que obteve em 2018 – quando foi votado por 42.049 potiguares.

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segunda-feira - 25/03/2024 - 06:50h
Bolsonarismo

Nacionalização de discurso pode pegar PT sem defesa em Mossoró

Nacionalização de discurso interessa aos dois lados; um se alimenta do outro (Montagem de Brenda Silva)

Nacionalização de discurso interessa aos dois lados; um se alimenta do outro (Montagem de Brenda Silva)

A pré-candidatura do bolsonarismo à Prefeitura de Mossoró, em chapa a ser encabeçada pelo ex-vereador Genivan Vale (PL), deve eleger como alvo preferencial o combate ao petismo. A nacionalização do discurso segue uma lógica partidária.

A estratégia é manter acesa a polarização nacional, puxando ao município esse confronto sem-fim. Prévia de 2026, continuidade de 2022. É uma relação de ódio afetivo que interessa aos dois lados. Um não larga a mão do outro.

Até o momento, sem nome com coragem a entrar na sucessão municipal mossoroense, o PT pode ficar sem anteparo no segundo colégio eleitoral do RN. No partido, a discussão passa, inclusive, pelo ideia de apoio à outra postulação fora da legenda, como acontece em alianças em várias partes do país e no próprio estado do RN.

O paradoxal, é que O PT nunca esteve em situação tão excepcional em termos de poder, haja vista contar com Lula como presidente da República e o Fátima Bezerra no segundo mandato consecutivo na gestão estadual.

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domingo - 24/03/2024 - 23:40h

Pensando bem…

“Dou valor às coisas, não por aquilo que valem, mas por aquilo que significam.”

Gabriel García Márquez

 

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domingo - 24/03/2024 - 12:40h

A Caern em chamas

Por Marcos Ferreira

Ilustração da Freepik

Ilustração da Freepik

Parece até piada pronta, mas não é. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) está em chamas. A empresa vinha tentando apagar o fogo por conta própria, mas a situação fugiu do controle e o caos explodiu na semana passada. A boca é quente! Sua gestão, que já se encontrava queimada, agora virou cinzas. Outra vez, de forma negativa, Mossoró irrompe no cenário da mídia nacional (e também aos olhos da imprensa internacional) com um novo vexame.

Dezenas de repórteres da Rede Globo (incluindo equipes do Fantástico) ocupam hotéis do município. São tantos que até o Hotel Caraúbas está lotado. William Bonner e Renata Vasconcellos não têm dormido direito por causa da grande ansiedade de transmitir, em primeira mão, o desfecho dessa crise hídrica.

Mas o páreo é duro. Entre outros que buscam dar o furo jornalístico, estão CNN, The New York Times, The Washington Post, Folha de São Paulo, USA Today, Jornal de Fato, Brasil 247, Jornal O Mossoroense, Le Mond, Estadão, 95 FM, BBC News, The Guardian, Correio Braziliense, Blog Carol Ribeiro, O Câmera, Passando na Hora, Mossoró Hoje, Na Boca da Noite, Inter TV, TCM Telecom, Rádio Difusora, Revista Papangu, Blog do Barreto, Blog Carlos Santos e o Fuxiqueiras News, este último aqui da Rua Euclides Deocleciano, no Conjunto Walfredo Gurgel.

Veículos do Corpo de Bombeiros de Mossoró, de Natal, Parnamirim, Fortaleza e de João Pessoa estão atuando durante vinte e quatro horas por dia para debelar as chamas, no entanto o incêndio é de magnitude vulcânica.

Com urgência urgentíssima, a governadora Fátima Bezerra transferiu o governo do Rio Grande do Norte para Mossoró e está na cidade cercada por toda a sua tropa de gerenciadores de crise. O atual presidente da estatal, Roberto Sérgio Linhares, encontra-se à beira de um colapso nervoso. Enquanto isso o ministro da Justiça e Segurança Pública, que não suporta mais nem ouvir falar no nome de Mossoró, o senhor Ricardo Lewandowski, está retornando a este cafundó do judas. Portanto, Lewandowski desembarcará na província ressequida a qualquer momento.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a sua agenda e também virá com os comandantes das Forças Armadas a tiracolo. Aquele aparato policial disponibilizado para a captura dos dois fugitivos da penitenciária de segurança “máxima” de Mossoró (integrantes do Comando Vermelho) agora será redirecionado para compor os esforços no sentido de prender ladrões de água potável.

Sim. Toda essa barafunda se deve ao fato de que poços da Caern vêm sendo constantemente atacados por elementos cuja identidade ainda é um mistério. Os indivíduos, por meios que a Companhia não consegue explicar, têm furtado muita água da empresa, sobretudo durante a madrugada. A Caern acionou as polícias civil, militar, federal, Ibama, todos os grupos de escoteiros de Mossoró, rezadeiras de tudo quanto é parte, entretanto a água continua sendo desviada de um modo quase sobrenatural. Comenta-se nos escritórios da Avenida Alberto Maranhão que gerentes e supervisores locais da Caern estão em polvorosa, puxando os próprios cabelos, sem que nenhum deles compreenda como é possível, da noite para o dia, tanta água ser roubada.

Os políticos potiguares, angustiados e com os olhos vermelhos menos pela comoção que pela fumaça, deixaram de lado as suas futricas, questiúnculas e diferenças partidárias. Agora estão unidos em favor de medidas que possam salvar a Caern das lavas desse vulcão que segue devastando a Companhia.

A situação é gravíssima, bem pior do que aquele espetáculo de aspecto cinematográfico protagonizado pelos fugitivos que conseguiram escapar da penitenciária de segurança “máxima” desta aldeia. Comparado ao problema de agora, aquilo é fichinha. Portanto, órgãos de imprensa de várias partes do planeta estão na terra da “liberdade” para cobrir a captura dos fora da lei com os quais a população desassistida simpatiza e chama apropriadamente de Quadrilha da Torneira. Tais “espíritos” (repito que ninguém sabe dizer como) transferem água de poços com bom funcionamento para os lares onde a Caern não coloca uma gota d’água desde o ano passado.

Graças à ação dos infratores, ou seres extraterrenos, correm boatos de que pessoas dos subúrbios desabastecidos conseguem tomar até um banho por semana, cozinhar, lavar umas três ou quatro calcinhas e cuecas, panelas, pratos, e também dar de beber a bichinhos domésticos como cães e gatos, que têm sofrido com a falta d’água. A felicidade geral é quando bate uma chuva e os munícipes conseguem captar parte dessa água. Registre-se que os banhos não são propriamente banhos. São tomados usando panos molhados, como se o cidadão fosse uma espécie de vidraça humana.

O serviço de inteligência da empresa, que entrou em parafuso, acha que a Quadrilha furtou cerca de oitocentos a um milhão de litros do precioso líquido das instalações da estatal. A Caern não faz a menor ideia, claro, do número de sujeitos que integra a Quadrilha da Torneira. Esses Robin Hoods urbanos, como foi dito, acodem famílias carentes que não têm como pagar por carros-pipa que são vendidos e disputados pelos condomínios de luxo ao preço de mil e quinhentos reais. Ainda assim, apesar das façanhas dos “ninjas”, a quantidade subtraída é pouca para atender a tantos necessitados. Porque o desabastecimento é de uma abrangência nunca vista.

— Deus, proteja a Quadrilha! — rogam as vidas secas desta urbe, às quais a Caern só envia a conta de uma água que ela não fornece.

Os irmãos e músicos Caetano Veloso e Maria Bethânia vão dar uma pausa nos preparativos para a turnê conjunta, anunciada para o início do mês de agosto, e vêm ao País de Mossoró ver de pertinho o que Vulcano (deus do fogo) anda aprontando por aqui. Por sua vez, Jair Bolsonaro solta fogos de sua nova mansão em Brasília, onde se refugiou com medo de Alexandre de Moraes e da Polícia Federal. Pois é, o futuro morador de Bangu 8 está gostando do caos da Caern. Não menos desprezível, o sevandija Donald Trump também deseja ver a Caern carbonizada.

Em solidariedade à situação dramática em que se meteu a Caern, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky anunciaram um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia. O mesmo gesto foi copiado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e pela cúpula do Hamas. O papa Francisco, em suas triviais orações, suplica ao Todo-Poderoso para que a Quadrilha da Torneira seja trancafiada em uma prisão de segurança máxima. “Que não seja naquela cidade!”, apela o pontífice.

— Deus do Céu, proteja nossos benfeitores!

É dessa forma que a população desvalida, que padece nos bairros onde um litro de água está custando os olhos da cara, reza ao Altíssimo para que livre e guarde a infalível, louvada e miraculosa Quadrilha da Torneira.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 24/03/2024 - 11:46h

Qual o seu super poder?

Por Esdras Marchezan

Esdras Marchezan durante palestra para mil integrantes do Jovem do Futuro (Foto: Divulgação)

Esdras Marchezan durante palestra para mil integrantes do Jovem do Futuro (Foto: Divulgação)

Criado em um bairro periférico, fruto da escola pública, sempre me emociono quando tenho a oportunidade de conversar com adolescentes e jovens com histórias parecidas com a minha e posso contribuir de alguma forma estimulando ou orientando sua trajetória educacional e de vida.

Quando essa conversa reúne 1 mil adolescentes de escolas públicas, em um ginásio, essa emoção é ainda maior. Em cada olhar ou conversa a gente sente que tem alguém ali tomado de vontade de crescer na vida, conhecer outros mundo e ajudar sua família a viver uma realidade melhor.

No aulão do programa Jovem do Futuro da Prefeitura Municipal de Mossoró, em parceria com a Universidade do Estado do RN (UERN), falamos sobre alguns “poderes” que descobrimos na vida e que fazem toda a diferença para conseguir aquilo que queremos. Numa analogia com os super-heróis, encontramos semelhanças com nosso dia a dia. Mas é preciso atenção para conseguir perceber.

Mostramos também exemplos de jovens potiguares inspiradores, como @ekarinny, nossa jovem cientista premiada internacionalmente; @jonathasjss, egresso da UERN e diplomata brasileiro, e Jonas Cândido, areia-branquense que sonhou tanto em ser engenheiro da Fórmula 1 que realizou. Sem falar na oportunidade de escutar a bonita história de empreendedorismo e superação de @_davipaiva, líder do @salaojovem_ e um cara que tem provocado mudanças importantes para a juventude do bairro onde está presente.

No País em que 2 milhões de jovens estão fora da escola, mais de 5 milhões nem trabalham nem estudam, e onde a cada dia 66 jovens são assassinados, o desafio de inspirar e motivar jovens a permanecer no caminho da educação deve ser um compromisso de cada cidadão que sonha com um Brasil mais justo.

Espero que muitos tenham saído daquele ginásio motivados a construirem seus caminhos e “salvarem o mundo” por meio da educação e do amor ao próximo. Pode parecer impossível, mas não desistiremos.

Obrigado, @erisonnatecio e @ericalouisebezerra pelo convite.

Como bem diz o Emicida: Nos vemos no pódio!

Esdras Marchezan é jornalista, professor e pró-reitor de Extensão da Universidade do Estado do RN (UERN)

Aulão para nova turma aconteceu nesse sábado (Foto: divulgação)

Aulão para nova turma aconteceu nesse sábado (Foto: divulgação)

*Síntese de palestra no aulão “De desafios a conquistas: histórias de sucesso para inspirar”, proferida nesse sábado (23), no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Pedro Ciarlini Neto, em Mossoró, para alunos do programa Jovem do Futuro, iniciativa da municipalidade.

O programa oferta mil vagas de capacitação para adolescentes com idade entre 15 e 18 anos, além de pagamento de bolsa financeira de R$ 300,00 durante quatro meses.

O Jovem do Futuro envolve um conjunto de ações desenvolvidas pelo município para garantir formação cidadã, qualificação para o mercado de trabalho e empreendedorismo aos adolescentes.

Do aulão também participou o cabeleireiro e empreendedor, de origem humilde, Davi Paiva (Salão Jovem), outro case de sucesso.

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Categoria(s): Crônica
  • Pastel Premium Mossoró - Pastel de Tangará - Aclecivam Soares
domingo - 24/03/2024 - 10:26h

Literalmente, não!

Por Marcelo AlvesSim, NÃO, talvez - ilustração

O combate às drogas ilícitas é atualmente um dos maiores desafios da humanidade. O problema do uso e do tráfico de drogas perpassa as fronteiras dos países. E atinge, sob os pontos de vista político, econômico, social, jurídico e sanitário, de modo gravíssimo, sociedades inteiras, famílias de todas as classes sociais e muitos milhões de indivíduos mundo afora.

Praticamente todos os países, o Brasil entre eles, possuem seus sistemas de combate às drogas. Nós temos o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD), instituído pela Lei 11.343/2006, que “prescreve medidas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas”.

Mas esse combate tem funcionado? Acho que nem preciso dizer que não.

Programas, planos e ações direcionados à prevenção e à repressão ao tráfico/uso de drogas ilícitas, por mais bem-intencionados e elaborados que sejam, têm falhado. Mundialmente, as políticas não têm produzido bons resultados. Por mais que se tente reprimi-lo, o tráfico só aumenta, e se vai, da noite para o dia, do crack para a K9, viciando e matando nossa juventude, sobretudo a mais pobre. A política atual tem talvez até “incentivado” a formação de organizações criminosas, o recrutamento dos mais vulneráveis (e pobres) para o tráfico e o vício, a violência nas grandes e médias cidades e, sobretudo, uma sensação de frouxidão da lei (problema especialmente grave no Brasil).

Nesse cenário sombrio, muitos atores políticos e especialistas reavaliam antigas posturas. Até defendem uma diferente e mais suave abordagem, propondo a discussão de medidas que vão da descriminalização à liberação de condutas hoje consideradas como delito. É assunto do momento. Estes dias, por exemplo, o nosso Supremo Tribunal Federal andou julgando um recurso, com repercussão geral, em que se discute se o porte de maconha para consumo próprio pode ou não ser considerado crime e qual quantidade da droga diferenciará o usuário do traficante.

Interessante. Mas polêmico.

Acho que devemos ter uma “open mind” para as mais diversas sugestões/contribuições. E, para além dos esforços dos órgãos do Estado, qualquer solução para a conscientização e tratamento dos gravíssimos problemas trazidos pelo tráfico/consumo de drogas ilícitas passa por uma responsabilidade compartilhada com os outros atores da sociedade. A impressa tradicional, as redes sociais, as organizações não governamentais, as escolas, a família e por aí vai.

Por estes dias, caiu em minhas mãos, para fazer o seu prefácio, o livro “Não, e pronto! No mundo das drogas, só uma resposta te leva ao final feliz”, de Kalline Pondofe Santana, uma maravilhosa contribuição da literatura nessa guerra contra as drogas. Esse romance realista, que também pode ser lido como ficção policial, é um alerta/libelo nesse grave contexto.

É direcionado à juventude, às famílias, é verdade. Mas, deveras bem escrito, encantará a todos. É forte. É sobretudo tocante, já que, no decorrer das páginas, cada leitor encontrará um personagem para chamar de seu. O meu é Davi.

Sem querer fazer spoiler das histórias/estórias de Luizinho, Raquel, Danilo, Pedro, Davi, Letícia, Mãe Maria, João, sargento Antunes e delegado Rubens, o fato é que “Não, e pronto!”, entre muitas sacadas, filosoficamente nos alerta para uma coisa que nos parece simples, mas que é às vezes dificílimo: dizer “não”! Para quem a gente gosta. Para as tentações da vida. Entretanto, é desse “não” que dependerá um pouco – ou muito – a felicidade das nossas vidas.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 24/03/2024 - 09:32h

Cartão postal

Por Bruno Ernesto

Foto ilustrativa do próprio autor da crônica

Foto ilustrativa do próprio autor da crônica

Há quanto tempo você não envia um cartão postal pelos correios?

Quando viajo, tenho o costume de enviar um cartão postal para mim mesmo.

Numa dessas viagens, enviei vários cartões postais: os meus e outros para alguns familiares.

Apesar da pressa, escrevi com calma e escolhi os selos mais bonitos, aproveitando a ocasião para acrescentá-los à minha coleção em seguida. Todo filatelista entenderá.

Antes de depositá-los na caixa de coleta dos correios, me ocorreu de tirar algumas fotografias para registrar o momento. Inclusive, fotografei as próprias mensagens, algo que nunca fizera antes.

O motivo? Não sei. Sinceramente, não sei. Apenas me ocorreu naquele instante e fiz.

A impressão que tive instantes após depositá-los na caixa de coleta do serviço postal foi a de que não os veria novamente. Estando tão longe de casa, essa impressão me distanciou ainda mais. Foi como uma despedida.

Também não sei por qual motivo, instantes após, voltei e perguntei ao funcionário do serviço postal quanto tempo levaria para os cartões postais chegarem aos destinos, algo que também nunca fiz.

– Por volta de trinta dias.

Respondeu o funcionário com uma cara sisuda.

Passei o resto da viagem pensando nesses cartões postais, e aquela impressão de despedida apenas aumentava.

Passados quinze dias da postagem, resolvi ligar para minha mãe e saber se ela havia recebido o cartão postal que havia lhe enviado.

Esperei alguns minutos ao telefone ela ir conferir a caixa de correios. A resposta foi bem direta:

– Não chegou nada.

Tentando ser otimista, imaginei que ainda estava dentro do prazo previsto que haviam me informado no momento da postagem.

Dias após o fim da viagem e retornar para casa, passei a conduzir um ritual diário para conferir se os cartões postais haviam chegado.

Todo dia conferia na minha caixa postal e ligava para os destinatários para saber se os cartões postais haviam chegado. Nenhuma resposta foi positiva.

Após noventa dias da postagem, tive a certeza de que algo não estava correto.

Uma série de suposições passaram a me perseguir e a ansiedade tomou conta de mim, pois aqueles cartões postais eram bastante especiais e jamais ocorreu tal fato comigo.

Duas hipóteses se destacaram: ou os enderecei de forma errada ou todos foram extraviados, e apenas uma dessas hipóteses eu podia confirmar.

Peguei as fotografias dos cartões postais que havia feito e verifiquei que todos foram preenchidos corretamente. Fiquei intrigado, mas concluí que, certamente, foram extraviados.

Até hoje não sei o destino dos cartões postais. Entretanto, tenho a certeza de que quem os achar, verá que noticiam uma coisa boa.

No mundo dos dados criptografados, das mensagens eletrônicas instantâneas, confidenciais e da proteção legal da inviolabilidade da correspondência, o cartão postal persiste em ser aquele mensageiro de uma boa notícia e uma boa lembrança a todos que puserem as mãos nele.

Propositalmente, ele é formatado para que não haja sigilo para, quem sabe, despertar algum sentimento bom em que possa lê-lo. Ou seria uma forma de literatura universal? Uma carta aberta ao mundo?

Aliás, por acaso você já soube de alguém ou você mesmo já recebeu algum cartão postal com más notícias? Certamente não!

Quanto aos meus cartões postais, além de ter vivido intensamente o que nele escrevi, transmiti pessoalmente a mesma mensagem aos seus destinatários e já não importa se chegarão ao destino original, ainda que intempestivamente.

Se, de fato, um dia chegarem ao destino correto, despertarão ótimas lembranças, claro. Estando eu por aqui ou não.

Se não, um dia, quem sabe, virará um registro histórico para alguém e, talvez, desperte o mesmo sentimento que tive quando os escrevi.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - 13-03-2024 - Mossoró Realiza
domingo - 24/03/2024 - 08:40h

Um fio de esperança

Por Odemirton Filho  

Foto ilustrativa Viver Sem Drogas

Foto ilustrativa Viver Sem Drogas

Um dia desses, no centro da cidade, encontrei um daqueles inúmeros moradores de rua, ali, no entorno da Catedral de Santa Luzia. Um jovem magro e maltrapilho. Sentado numa calçada, ele fumava uma pedra de crack, de forma despreocupada. Já o vi várias vezes pelas ruas, sempre pedindo alguma coisa para comer.

Ele me pediu uns trocados e disse:

– “Doutor, a pedra só custa R$ 5,00, a inflação não atingiu o mercado negro, nunca roubei ou furtei pra sustentar o meu vício”.

Se é verdade o que ele disse, não sei, mas impressionou-me o seu linguajar. Muito embora, como sabemos, pessoas das mais variadas classes sociais e grau de instrução caiam no vício.

Contudo, qual a história de vida daquele rapaz de apenas 28 anos de idade? Onde está a sua família? Cansou de ajudá-lo a sair do mundo das drogas? Não sabemos o que o levou a entrar nessa vida.

Fiquei a imaginar o número de pessoas, sobretudo jovens, que envereda por esse caminho, muitas vezes, sem volta. Eu tenho um primo, um excelente profissional, conhecido na cidade por fazer a locução de comícios. Ele, segundo dizem, caiu nas drogas e sumiu no mundo, há tempos não temos notícias.

Certa vez, eu procurei uma senhora lá em Areia Branca. Tinha uma intimação para dois netos seus. Ela, com lágrimas nos olhos, disse-me:

– “Meu filho, meus netos não moram mais aqui, tive que colocá-los pra fora de casa, pois eles venderam até as minhas calcinhas pra comprar drogas”.

Lá na comunidade de Logradouro, em Porto do Mangue, uma mãe, toda vez que vou à procura de seu filho para intimá-lo, começa a chorar. Diz que não tem notícia dele. Outra mãe, que teve os dois filhos vítimas de homicídio, quando pedi para que me apresentasse as certidões de óbito para juntar ao processo, chorou copiosamente.

São muitos os casos, muita dor e sofrimento envolvidos, principalmente para os pais.

Que fique bem claro: não estou a defender “bandidos”, pessoas que optaram por esse mundo, fazendo do tráfico de drogas um meio de vida, bem como daqueles que usam as drogas como justificativa para cometerem os mais variados crimes, pois já destruíram a vida de muitas famílias. Esses devem ser punidos na forma da lei.

Falo é nos dependentes químicos, nas pessoas que estão nas “cracolândias” da vida, precisando de um tratamento adequado para se livrar do vício, como aquele jovem rapaz que encontrei pelas ruas do centro da cidade. É uma triste realidade do nosso tempo.

Não há outro destino para eles? Quero crer que ainda existe um fio de esperança, e que possam trilhar outros caminhos.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 24/03/2024 - 07:36h

Esconderijo de silêncios III

Por François Silvestre

Ilustração da Freepik

Ilustração da Freepik

Em Januária não existem segredos, silêncios há. E se por hábito ou acaso, nunca se sabe, um silêncio cai na teia que o espera, ocorre sempre ao esconder-se do sol.

Tem sido assim, na monotonia diária dos viventes de Januária.

Seu Ramiro chegou por essas bandas há muito tempo. Sem fazer amizades, mas tratando com polidez qualquer um com quem tratasse. Comprou uma casa velha, incluindo um terreno amplo, nos arredores do lugar. Fez reforma, deixando a moradia com boa apresentação. Ele e sua filha, que também vivia isolada.

Durante os dias, pouco se via movimento por lá. Seu Ramiro saía pra pescar ou caçar, vez ou outra. Uma mulher, viúva, que morava perto deles tentou e conseguiu, na ausência do pai, aproximar-se da filha. Ao entrar na casa percebeu que não havia rádio nem televisão. Com o passar do tempo conquistou o afeto da jovem moça. Ficou sabendo que seu Ramiro não queria contato com o mundo exterior, nem por meio eletrônico. Televisão, rádio, telefone, nada.

Com essa amizade, Mayra aproveitava a ausência do pai para ver televisão na casa da viúva. Só que o fazia da janela, onde se debruçava pra divertir-se com novelas. Da posição em que estava podia ver de longe a aproximação de seu Ramiro. Dona Célia, a viúva, pôs a tevê num jeito que facilitava o acesso à jovem amiga.

Todo fim de mês, seu Ramiro viajava a Fortaleza, capital do Ceará, religiosamente. De lá trazia perfumes, roupas para Mayra, e apetrechos de caça e pesca. Rotina certa e repetida. Nesses dias, Mayra via televisão no conforto de um sofá.

Até que, numa dessas viagens, seu Ramiro não voltou. Ou melhor, voltou de madrugada, pegou dinheiro e documentos num cofre que tinha em casa, disse à filha que daria notícias. E antes do sol nascer, partiu. No mesmo táxi que o trouxera. Noticias nunca chegaram. Isto é, de seu Ramiro para Mayra. Sobre ele chegaram notícias aos borbotões.

Apareceu um grupo de tevê, em Januária. Montaram os equipamentos no terreiro da casa onde agora estava sozinha a filha de seu Ramiro. Ela foi informada dos fatos. E surpreendentemente ela era portadora de silêncios que deixaram todos tontos. Primeiro, não era filha de seu Ramiro. Fora tirada por ele de um grupo de ciganos, acampados em Pocinhos, cidade próxima de Campina Grande, Paraíba, e de lá trazida para Januária.

Tinha apenas quatorze anos. Era mulher, e não filha de seu Ramiro. Fora comprada, ou trocada. Mas, ao contar, não dizia isso. “Cigano não vende nem compra, cigano troca. Eu fui trocada por dinheiros”. Era o grupo do cigano Honorato.

E Ramiro? Sumira por quê? Foi silêncio morto de história cabeluda. Um investigador angolano, ajudado por um jornalista português, fez amizade, em Fortaleza, com um professor universitário que era especialista nas lutas libertárias da África contra a exploração europeia.

Houve tempos em que rastros se faziam pelos pés no chão. Depois, rastreava-se por ondas de telégrafos, rádios e televisão. Hoje, rastros se fazem sem tocar em nada. Moveu-se, tem rastro. Se pensar alto, também. Vinham cercando seu Ramiro, nas suas idas a Fortaleza, onde ele sacava a pensão vitalícia dos mercenários. Quem fora ele? Muita coisa, todas ruins. Mercenário de exércitos clandestinos destacados na África. Angola, Moçambique, Serra Leoa, Cabo Verde.

Não se chamava Ramiro. Era Benito. Filho de pai italiano com mãe brasileira. Voltou para o Brasil e integrou-se em grupos do CCC, (Comando de Caça aos Comunistas) para perseguir, prender e matar subversivos. Operários ou estudantes que faziam oposição à Ditadura. Fez amizade com um torturador brasileiro, major do Exército, de codinome Índio, citado no Brasil Nunca Mais, da Arquidiocese de São Paulo.

Leia também: Esconderijo de silêncios I

Leia também: Esconderijo de silêncios II

Esse Índio foi quem torturou o escritor Paulo Coelho. Silêncio abatido, Januária amanhece como todos os dias. Enganando o sol e zombando da sua claridade. Porém, nem o silêncio evita rastros.

Mayra não se chamava Mayra. Era Whita, divindade cigana do amor. Conseguiu com os repórteres que a levassem de volta para Campina Grande, onde morava um irmão seu, de nome Stívan, que largara o bando e se casara com uma paraibana. Ainda demora o por do sol, com outro silêncio na espreita.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
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