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quarta-feira - 30/11/2016 - 21:30h
Anticorrupção

Renan é derrotado em tentativa de urgência de projeto

Do portal G1

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou em votação um requerimento de urgência para que o projeto sobre corrupção, aprovado na madrugada pela Câmara (veja AQUI), fosse votado pelos senadores ainda na noite desta quarta-feira (30), mas não conseguiu.

No painel eletrônico, 44 senadores votaram contra a urgência e 14 a favor. Com a rejeição do requerimento, o projeto anticorrupção foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde deverá ser debatido antes de ser votado pelo plenário.

Renan busca muito mais uma blindagem do que a promoção de qualquer reforma (Foto: arquivo)

O requerimento, apresentado por líderes de PMDB, PSD e PMDB, combinava artigos do regimento interno do Senado para que o projeto fosse colocado em regime de urgência e incluído na ordem do dia, ou seja, poderia ser votado já nesta quarta-feira.

A atitude de Renan causou indignação de parlamentares contrários à forma como o projeto foi aprovado pela Câmara, desfigurado, com várias modificações em relação à proposta original do Ministério Público.

Votos a favor

Nenhum senador defendeu o requerimento no plenário. Os que votaram a favor são estes abaixo, numa mistura compreensível:

– Benedito de Lira (PP-AL)
– Fernando Collor (PTC-AL)
– João Alberto Souza (PMDB-MA)
– Humberto Costa (PT-PE)
– Fernando Coelho (PSB-PE)
– Ciro Nogueira (PP-PI)
– Lindbergh Farias (PT-RJ)
– Vicentinho Alves (PR-TO)
– Zezé Perrella (PDT-MG)
– Hélio José (PMDB-DF)
– Roberto Requião (PMDB-PR)
– Ivo Cassol (PP-RO)
– Valdir Raupp (PMDB-RO)
– Pastor Valadares (PDT-RO).

Terminada a sessão, Renan Calheiros disse que apenas colocou o regime de urgência e que achou “muito bom” que o plenário tenha derrubado a medida.

“Houve um requerimento de senadores pedindo a urgência e a inclusão da matéria na pauta. Não havia outra solução que não consultar o plenário, deixar o plenário decidir. E o plenário decidiu que a matéria não era urgente”, disse.

“Foi muito bom o plenário decidir que essa matéria não requer um tratamento de urgência, porque ela vai tramitar demoradamente na CCJ”, acrescentou.

Críticas
Durante a sessão, vários senadores protestaram contra a análise do requerimento, mas Renan Calheiros insistiu em colocá-lo em votação.

O senador Cristovam Buarque afirmou que Renan “estava cometendo um abuso de autoridade para combater o abuso de autoridade”.

“Hoje não é o momento de votar questões polêmicas”, disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo ele, a aprovação na Câmara, na madrugada, não foi bem recebida na sociedade.

Saiba mais AQUI.

Nota do Blog – Os facínoras engravatados se juntam, de PMDB a PT, apesar de algumas diferenças, quando a questão é sobrevivência e manutenção de seus hábitos de esgoto. Lamentável.

Renan está próximo de sair da presidência do Senado e tem processos na iminência de serem apreciados pelo STF.

Sem a presidência, pode sofrer o mesmo esvaziamento de poder que vitimou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando foi ejetado da presidência da Câmara Federal.

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Categoria(s): Administração Pública / Política

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