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segunda-feira - 14/11/2016 - 15:06h
Globo Rural

Reuso da água em duas cidades do RN é destaque na TV

Do Globo Rural (Rede Globo de Televisão)

Na grave crise de falta d´água do Nordeste, uma experiência que abre novos caminhos acontece no Rio Grande do Norte. Para o Nordeste seco, sempre se fala em perfuração de poços, construção de barragens, transposição, mas uma alternativa se abre com o reuso de água, reuso do esgoto de cidade, que tratado, pode ser muito bem-vindo na agricultura.

Santa do Seridó: êxito (Foto: reprodução)

Em Santana do Seridó-RN, agricultores e zootecnistas aprenderam a reverenciar a água. Localizado bem na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, o município é cortado por afluentes do Rio Seridó, cursos d’água temporários, que correm por apenas dois ou três meses do ano, quando é ano de chuva.

Só que em vez de ficar se lamentando pelo leito seco, alguém propôs que se olhasse para uma outra fonte de água para a qual a maioria das pessoas torce o nariz e tem até nojo, mas que pode funcionar como um rio perene: é o esgoto da cidade.

Troféus

Quem propôs que o esgoto servisse como um rio perene, um fluxo continuo, foi o zootecnista e professor federal Ivan de Oliveira Junior, baseado no seguinte: os municípios do Seridó recebem água de longe, via adutora, às vezes dia sim, dia não ou só por algumas horas, mas a todo momento tem gente lavando roupa, usando o banheiro e tomando banho.

O projeto de reciclagem da água já recebeu troféus da ONU, da Caixa e levou o Prêmio Mandacaru, em dinheiro que foi revertido no próprio projeto.

Assista ao vídeo (clicando AQUI) com a reportagem completa e veja como a obra de baixo custo irriga com água de reuso um campo de palma que tem capacidade para produzir 400 toneladas de matéria verde por ano.

Veja também o reuso em Florânia-RN, também com muito sucesso (clicando AQUI).

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Categoria(s): Economia

Comentários

  1. joão de deus maia de oliveira diz:

    até que enfim um notícia boa no nosso rn.

  2. João Claudio diz:

    O melhor e maior exemplo do reuso da água, é Las Vegas-EUA.

    O nordeste brasileiro é seco desde o Big Bang, e tudo leva a crer que, a depender dos políticos, assim será até o Sol se apagar definitivamente.

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Mais um exemplo e demonstração patentes, de que, as soluções que dizem respito aos grandes problemas enfrentados pelo brasileiro médio, sobretudo da região nordeste, passa ao largo de grandes investimentos econômico-financeiros.

    Infelizmente a visão política do brasileiro médio, ainda perpassa e persevera cultuar simbolos e atitudes dos tempos medievais, o que impossibilita que ações simples e de grande alcance com as narradas na reportgem disponibilizada peloo Jornalista Carlos Santos, possa fazem carar corrações mentes.. Mesmo porque, em áreas próximas a grandes centros urbanos, o tratamento da água com posterior aplicação nas lavouras, além de garantir a produtividade durante todo o ano e reduzir a pressão sobre os mananciais, é eficaz para evitar a poluição dos solos e de outros recursos hídricos ocasionada pela deposição do esgoto gerado nas cidades.

    O fato inconteste que fica, é que, basta que as pessoas à frente do poder público, de fato tenham uma visão includente e coletiva, oportunizando voz e vez ao que historicamente não participam das decisões do ato administrar… fazendo com que as comunidades e coletividades sejam orientadas para tal, e, por via de consequência, possamos criar uma nova educação/mentalidade acerca do meio ambiente, conquanto o reaproveitamento dos recursos naturais, independente do ciclo e estágio que estejam.

    Nesse sentido, já existem várias e bem sucedidas exeriências, demonstrando cabalmente, que a água de reúso pode ser utilizada na agricultura para reduzir o gasto e garantir a sustentabilidade com vistas a diminuir a pressão sobre os recursos hídricos em geral.

    No caso do Nordeste, em especial do país de Mossoró, imaginem uma grande estação de tratamento a disponibilizar milhões de litros de àgua à agricultura familiar, o que não se pdoria produzir e incluir pessoas e famílias à um novo ciclo de desenvolvimento econômico-financeiro e, portanto, distribuindo riquezas sob o sígno de uma economia includente e deveras sustentável.

    Não se faz necessário alto grau de investimento, e muito menos nehuma monumental arregimentação dos órgãos afetos à agricultura, como secretaria de estado da agricultura, embrapa, emparn e sindicatos afins etc, para que de fato, possamos concretizar no mundo real e na vida das pessoas, o quão seria redentor na vida do sertanejo médio, pois além de proporcionar uma maior economia dos recursos hídricos, a reutilização de água na agricultura pode também servir para atender localidades em que a existência desses recursos é escassa ou em que a estiagem prejudica as lavouras em determinadas épocas do ano. Outra vantagem é o fato de que alguns dos elementos residuais que permanecem nas águas após o tratamento podem ser benéficos para as lavouras, a exemplo do nitrogênio, do potássio e do fósforo.

    No caso, o primeiro e indispensável passo, à meu ver, seria disponiblizar algo que, verdadeiramente é nagado dia-adia à maioria dos brasileiros, qual seja, a informação de qualidade, daí tudo mais teria amplas possibilidades para que fosse viabilizado.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRADE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

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