Número e número suplementares
As  eleições suplementares de Mossoró, ocorridas no dia 4 de maio de 2014, foram um dos momentos mais delicados da polÃtica mossoroense. Não faltaram situações tensas, escaramuças e conflitos abertos pelo poder.
A casa da vereadora CÃcera Nogueira, a “Tia CÃça”, por exemplo, até virou alvo de cinco tiros, faltando poucos dias para o pleito.  Teria sido “um susto” para intimidação.
Mas o mesmo endereço também foi palco de situação hilariante.
No dia da eleição, após muito trânsito de veÃculos da PolÃcia  Federal, PolÃcia Militar e militantes da candidata adversária a prefeito, Larissa Rosado (PSB), CÃcera recebe a visita do próprio juiz responsável pela propaganda.
O magistrado Herval Júnior, com poder de polÃcia, aparece de repente, inspecionando se a vereadora não estaria fazendo algum tipo de apologia polÃtico-eleitoral.
De imediato, testemunha diálogo entre CÃcera e um interlocutor, que lhe faz arregalar os olhos.
– Você pode botar a correspondência na Rua Josefina Pinto, ’55’ – orienta CÃcera.
Herval intervém: “O que é isso, vereadora? Fazendo propaganda?”
Ela pronuncia-se de imediato, sem titubear, esclarecendo que o 55 não é apenas o número do seu candidato, Francisco José Júnior (PSD), mas seu endereço. “Pode olhar”, afirma.
Espiando a coincidência, o juiz solta um leve sorriso e exclamação que desfaz a operação policialesca em segundos:
– Apois num é que é mesmo, homem (sic)!
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