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domingo - 29/01/2017 - 08:16h

Soberba, desfaçatez e hipocrisia

Por Marcos Pinto

Não  resta  nenhuma  dúvida  de  que   é   mistura explosiva para uma derrota política anunciada. Nada mais desgastante para o poder do que a clara adoção de soberba como instrumento de imposição para afastamento do convívio social. Configura-se, assim, uma doentia e detestável indiferença e distância do contato direto com o povo nas ruas.

São  exatamente esses três fatores impopulares e repulsivos adotados pelos  ungidos  pelo  êxito  eleitoral   que  se  faz   presentes  durante suas  investiduras  nos comandos   dos   executivos   municipal,  estadual  e  federal.   Adotam   a doentia e insana soberba logo no primeiro dia  em  que sentam  na cadeira, exatamente no  primeiro  dia   da  investidura  no  pomposo  cargo.

O poder sobe-lhes  ao estonteante ângulo de 360 graus, afastando totalmente a falsa impressão de humildade interativa que passara para o povo, em seu percursos  de  candidatos  e  de  suas campanhas políticas.

O orgulho e a vaidade fazem-se seus irmãos siameses no cotidiano de suas atividades , predominando  acintosamente  durante  toda  a  gestão. Não  raro,  nomeiam  uma  pífia e desastrosa e incompetente equipe,  que  lhes   fazem   coro nesse detestável processo de soberba e indiferentismo popular.

Passados todos esses tortuosos e conflitantes  dias , é que o  presunçoso  e  sua   equipe deixam   as máscaras caírem, disfarces que eram iguais aquelas máscaras que se coloca em animais brabos, nas laterais dos olhos, para que eles tenham um só ângulo de visão, e não se espantem quando circulam pelas ruas da cidade.

Para agravar o cenário político-administrativo, constata-se  a inexistência de obras estruturantes arcados com os vultosos recursos destinados ao erário. As obras de vulto tiveram apenas sequenciamento,  com destinação específica do  governo  federal, sendo  certo  que  de  pronto  assumem  a  paternidade.

Relegam  os  compromissos  e  as  promessas  de  campanha  ao abandono  de  intenções, quando delas   fizeram seus  estandartes   de luta quando candidatos. Indiferença que soma-se, também, ao  conivente  olhar  da  plebe  ignara.  De sorte que alguns segmentos sociais   somam esforços no emprego de  estratégias  que  suprem, em parte,  as  necessidades  básicas  para  o  andamento  da  máquina  administrativa.

De forma tardia, e somente nos dois meses que antecedem  a  eleição, o  boçal  líder   e sua equipe passam   a adotar uma falsa modéstia, frequentando de forma assídua, de velórios à casamentos, de batizados à sepultamentos, num descaramento de deixar vermelha a face de um boneco de madeira. A esse perfil personalístico dá-se o nome de desfaçatez. Ridículos e hilários, pois.

Os fatos administrativos de somenos importância protagonizados  são  objeto de fofocas nas esquinas e nos bares da cidade. A própria equipe não foca  no fato, mas na fofoca inspirada pelo fato. Não é preciso ser expert em fundamentos do convívio social para saber que a Desfaçatez é irmã-gêmea da hipocrisia.

Esta, por sua vez, representa falsidade, dissimulação, farsa, fingimento, sonsice, insinceridade, simulação, disfarce, deslealdade. Eis o exato perfil desses  gestores  de  fancaria.

Pusilânimes,  marcam  suas   gestões  adotando  o silenciamento oficial diante o importante processo de resgate da história de  seu  povo  e  de  seu   território  ardilosamente  dominado. Reiteradas vezes, negam  a mínima contribuição para o alavancamento de  importantes  obras   estruturantes  para  um  futuro  promissor.

Alguns  segmentos  sociais  travam  quase de forma solitária,  luta  imensurável   para  a  concretude  de  obras  que   contemplam   os  setores  sociais  mais   humildes.  Cite-se  com  louvor,  o   incansável   trabalho  de  fraternidade  desenvolvido  pela   magnânima   Maçonaria,  imprimindo  no  anonimato  de  suas   boníssimas  ações, vidas  com  qualidade  para  aqueles  que  realmente  estão   vivendo   na   mais  completa  pobreza  material  e  alimentar.

Sem vedetismos, os  Pedreiros-Livres  exercem  papel  predominante  para   uma  sociedade  mais   justa.  Nesse  honroso  mister  evidencia-se   o DNA  divino.

Para desalento desses  sacripantas,  resta-lhes   consignada   nas páginas da história como  os  piores  gestores   de  todos  os  tempos.  Lacunas e silêncios, ditos e não ditos do esfarrapado e desacreditado discurso oficial.

Que DEUS nos livre de um gestor com esse danoso perfil político e administrativo.

Inté.

Marcos Pinto é advogado e escritor

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    Os sacripantas a que me refiro são os políticos investidos nos comandos dos executivos municipais, estaduais e federal.

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