Por Marcos Pinto
Não  resta  nenhuma  dúvida  de  que  é  mistura explosiva para uma derrota polÃtica anunciada. Nada mais desgastante para o poder do que a clara adoção de soberba como instrumento de imposição para afastamento do convÃvio social. Configura-se, assim, uma doentia e detestável indiferença e distância do contato direto com o povo nas ruas.
São  exatamente esses três fatores impopulares e repulsivos adotados pelos  ungidos  pelo  êxito  eleitoral  que  se  faz  presentes  durante suas  investiduras  nos comandos  dos  executivos  municipal,  estadual  e  federal.  Adotam  a doentia e insana soberba logo no primeiro dia  em  que sentam  na cadeira, exatamente no  primeiro  dia  da  investidura  no  pomposo  cargo.
O poder sobe-lhes  ao estonteante ângulo de 360 graus, afastando totalmente a falsa impressão de humildade interativa que passara para o povo, em seu percursos  de  candidatos  e  de  suas campanhas polÃticas.
O orgulho e a vaidade fazem-se seus irmãos siameses no cotidiano de suas atividades , predominando  acintosamente  durante  toda  a  gestão. Não  raro,  nomeiam  uma  pÃfia e desastrosa e incompetente equipe,  que  lhes  fazem  coro nesse detestável processo de soberba e indiferentismo popular.
Passados todos esses tortuosos e conflitantes  dias , é que o  presunçoso  e  sua  equipe deixam  as máscaras caÃrem, disfarces que eram iguais aquelas máscaras que se coloca em animais brabos, nas laterais dos olhos, para que eles tenham um só ângulo de visão, e não se espantem quando circulam pelas ruas da cidade.
Para agravar o cenário polÃtico-administrativo, constata-se  a inexistência de obras estruturantes arcados com os vultosos recursos destinados ao erário. As obras de vulto tiveram apenas sequenciamento,  com destinação especÃfica do  governo  federal, sendo  certo  que  de  pronto  assumem  a  paternidade.
Relegam  os  compromissos  e  as  promessas  de  campanha  ao abandono  de  intenções, quando delas  fizeram seus  estandartes  de luta quando candidatos. Indiferença que soma-se, também, ao  conivente  olhar  da  plebe  ignara.  De sorte que alguns segmentos sociais  somam esforços no emprego de  estratégias  que  suprem, em parte,  as  necessidades  básicas  para  o  andamento  da  máquina  administrativa.
De forma tardia, e somente nos dois meses que antecedem  a  eleição, o  boçal  lÃder  e sua equipe passam  a adotar uma falsa modéstia, frequentando de forma assÃdua, de velórios à casamentos, de batizados à sepultamentos, num descaramento de deixar vermelha a face de um boneco de madeira. A esse perfil personalÃstico dá-se o nome de desfaçatez. RidÃculos e hilários, pois.
Os fatos administrativos de somenos importância protagonizados  são  objeto de fofocas nas esquinas e nos bares da cidade. A própria equipe não foca  no fato, mas na fofoca inspirada pelo fato. Não é preciso ser expert em fundamentos do convÃvio social para saber que a Desfaçatez é irmã-gêmea da hipocrisia.
Esta, por sua vez, representa falsidade, dissimulação, farsa, fingimento, sonsice, insinceridade, simulação, disfarce, deslealdade. Eis o exato perfil desses  gestores  de  fancaria.
Pusilânimes,  marcam  suas  gestões  adotando  o silenciamento oficial diante o importante processo de resgate da história de  seu  povo  e  de  seu  território  ardilosamente  dominado. Reiteradas vezes, negam  a mÃnima contribuição para o alavancamento de  importantes  obras  estruturantes  para  um  futuro  promissor.
Alguns  segmentos  sociais  travam  quase de forma solitária,  luta  imensurável  para  a  concretude  de  obras  que  contemplam  os  setores  sociais  mais  humildes.  Cite-se  com  louvor,  o  incansável  trabalho  de  fraternidade  desenvolvido  pela  magnânima  Maçonaria,  imprimindo  no  anonimato  de  suas  bonÃssimas  ações, vidas  com  qualidade  para  aqueles  que  realmente  estão  vivendo  na  mais  completa  pobreza  material  e  alimentar.
Sem vedetismos, os  Pedreiros-Livres  exercem  papel  predominante  para  uma  sociedade  mais  justa.  Nesse  honroso  mister  evidencia-se  o DNA  divino.
Para desalento desses  sacripantas,  resta-lhes  consignada  nas páginas da história como  os  piores  gestores  de  todos  os  tempos.  Lacunas e silêncios, ditos e não ditos do esfarrapado e desacreditado discurso oficial.
Que DEUS nos livre de um gestor com esse danoso perfil polÃtico e administrativo.
Inté.
Marcos Pinto é advogado e escritor
Os sacripantas a que me refiro são os polÃticos investidos nos comandos dos executivos municipais, estaduais e federal.