• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sexta-feira - 15/09/2017 - 21:40h
Economia

Protesto se move contra multa que pode fechar facções têxteis

Será amanhã (sábado, 16/09), às 8h, em São José do Seridó, ato de protesto reunindo pessoas dos mais diversos segmentos sociais, produtivos e políticos do estado, contra procedimento que visa encerrar o sistema de facções da indústria têxtil do Rio Grande do Norte. Ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) vai na contramão dos interesses da própria sociedade.

Facção: interior é alcançado (Foto: cedida)

O MPT engatilha multa de R$ 37,7 milhões para o grupo Riachuelo – principal responsável por abrir empregos para milhares de pessoas através das facções na região do Seridó e outras regiões do estado, descentralizando a economia, fomentando renda e ampliando meio circulante em vários municípios de baixa renda per capita.

Nota

O sistema de facções funciona como uma linha de produção descentralizada, que segue padrões de qualidade comuns, produzindo milhares de peças de vestuário. O MPT sustenta seu cerco com a alegativa de que as facções subtraem direitos comuns aos trabalhadores diretos de indústrias.

A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) emitiu nota “manifestando profunda preocupação com a possibilidade de fechamento das facções têxteis, enquadradas no programa Pró-Sertão, que exerce papel fundamental na geração de emprego e movimentação das economias municipais.”

Essas facções geram mais de 5 mil postos de trabalhos no estado. São cerca de 140 ao todo, que produzem peças para a indústria Guararapes, grupo originalmente criado no RN pelo empresário caraubense Nevaldo Rocha.

Nota do Blog – Esse modelo de produção não é novo nem a panaceia à redenção econômica do RN, mas sem sombras de dúvidas é um paliativo para fomento de renda em municípios que muitas vezes dependem basicamente de recursos advindos de aposentados/pensionistas, Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outras fontes pífias.

É preciso bom senso, um pingo de bom senso, no trato desse caso.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Economia

Comentários

  1. Vicente diz:

    Em que pese o assunto realmente deva ser tratado com ponderação, tendo em vista os empregos e a renda que a atividade gera, não deixa de causar lamento constatar que essa tensão é fruto da gritante desigualdade social em que vivemos, bem como da centralização de riquezas e investimentos em outras regiões do país. A nota não menciona, mas seria interessante saber qual a razão da multa. Provavelmente está relacionada a práticas que aumentam margens de lucro e são adotadas por quem tem maior poder de barganha.

  2. Ciro Leite diz:

    É a famosa precarização do trabalho, provocada pela terceirização. E com a aprovação da terceirização das atividades fins, fortemente apoiada pelos grandes empresários, vai aumentar muito essa realidade.

  3. Antonio Turci diz:

    Qualquer empreendimento produtivo necessita lucrar. Qualquer país para crescer precisa de trabalho e produção quer seja na indústria, nos serviços etc. O RN precisa de ocupação para seus trabalhadores. Mas de acordo com sua realidade. Estamos no RN, não em São Paulo, ou nos EUA. O MPT, até onde sei, não gera um emprego, mas, se arvora no direito de eliminar postos de trabalho. Preocupante, muito preocupante.

  4. Cayo Riketh diz:

    Muito preocupante essa ação do MPT e precisa bom senso, nosso RN já sofre muito com falta de investimentos e aí perder o q tem !! Lamentável

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.