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quarta-feira - 22/11/2017 - 10:15h
Eleições

Senado aprova voto distrital misto para deputados e vereador

Do G1

O Senado aprovou nesta terça-feira (21) – por 40 votos a favor e 13 contra – dois projetos de lei que estabelecem o voto distrital misto para as eleições de vereadores e deputados (federais, estaduais e distritais).

Os projetos, de mesmo teor, foram aprovados em conjunto. São de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) e do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Os dois textos seguem agora para análise da Câmara.

Mas mesmo que os deputados aprovem a proposta sem mudanças e antes das próximas eleições, as novas regras não valerão para a eleição de 2018. Isso porque, segundo a Constituição, alterações eleitorais precisam entrar em vigor um ano antes da eleição seguinte.

O voto distrital misto recebe esse nome porque contempla dois sistemas: o majoritário – hoje aplicado nas eleições para presidente, governador, senador e prefeito, que valeria para as escolhas nos distritos – e o proporcional, que privilegia os partidos como acontece hoje nas eleições para deputados e vereadores.

No sistema majoritário, elegem-se os que recebem mais votos dentre todos os candidatos; no proporcional, são eleitos os mais votados dentro de cada partido ou coligação, de acordo com o número de vagas a que cada partido ou coligação tem direito.

Divisões

Pela proposta, as circunscrições (estados e municípios) serão divididas pela Justiça Eleitoral em distritos.

O número de distritos será equivalente à parte inteira da metade das cadeiras disponíveis para cada função. Cada partido poderá registrar um candidato por distrito.

No caso de um estado com 9 cadeiras de deputados federais, por exemplo, as cadeiras a serem disputadas pelo voto distrital serão equivalentes a 4.

Pelo projeto, o eleitor deverá votar em um candidato de seu distrito e em uma lista ordenada de um partido. Os votos partidários determinam a distribuição das cadeiras pelo sistema proporcional.

Nota do Blog – O projeto segue uma lógica anti-povo, potencializando candidatos e grupos com maior poder de “fogo”, da mesma forma que inibe políticos emergentes e ideológicos.

Nessa modalidade de votação, os endinheirados, com maiores estruturas públicas (máquina de prefeitura etc.), tendem a concentrar gastos com maior eficiência na captação de votos.

Na prática, já temos votação com caráter distrital, haja vista que deputados estaduais e vereadores muitas vezes representam densamente áreas geopolíticas específicas. Os donos de partidos devem adorar a adoção dessa mudança.

Como tenho afirmado: esse país é um caso perdido.

Será eleito o candidato mais votado em cada distrito, e as demais vagas serão preenchidas pelos candidatos nas listas ordenadas pelos partidos.

Ainda segundo a proposta, os candidatos aos distritos também poderão fazer parte das listas partidárias. Dessa forma, o candidato derrotado no distrito poderá ser eleito pela lista.

Pelo relatório do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o voto distrital será restrito aos municípios com mais de 200 mil eleitores.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Samir Albuquerque diz:

    E assim as minorias perdem o pouco de voz que tem.

  2. Jorge André diz:

    Com essa medida, esses políticos tradicionais e burgueses conseguirão se perpetuar no poder. As minorias jamais conseguirão “chegar lá”. Resta-nos apenas construir a revolução!!!

  3. Francisco Bezerra diz:

    Tem que ser eleito quem tem mais voto mesmo! Isso se chama democracia!!

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