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quarta-feira - 06/04/2016 - 07:56h
Opinião

Sobrevivência justifica enxurrada de mudanças partidárias

Na reta final para mudanças partidárias, com vistas às eleições deste ano, houve uma debandada nunca antes vista em Mossoró. A migração foi de 12 vereadores para outros partidos (veja AQUI).

O fenômeno provocou outro fenômeno: agora, a Câmara Municipal de Mossoró está com representação de 17 partidos, para um total de 21 vereadores.

Apressadamente, qualquer um pode julgar de forma precipitada essa debandada, esse pula-pula.

Alto lá!

Faltariam espírito público, interesse pelas demandas sociais, respeito pela instituição partidária e haveria uma esqualidez ética.

Alto lá!

Os vereadores que tomaram essa decisão fizeram algo natural, em face das circunstâncias e necessidade de sobrevivência política. Alimentam com a manobra, maior chance de reeleição em outubro próximo.

Compreensível!

Qualquer um faria isso, independentemente de partido, da oposição ou governismo.

Já falamos e repetimos, que a Câmara Municipal de Mossoró poderá passar por profunda mudança de nomes, com as eleições deste ano (veja AQUI). E o principal indutor não deve ser a avaliação dos próprios vereadores aos olhos do eleitor.

O que deve pesar mais é a estratégia de vários partidos de pequeno porte, que resolveram montar nominatas à Câmara Municipal, com potencial de eleição de um a três novos vereadores.

Todos eles colocaram restrição, por exemplo, à entrada de qualquer vereador da atual legislatura e até a quem foi candidato ou vereador em outra, com boa possibilidade de votação.

Diante de fatores tão adversos, a mudança proporcionada pela falsa reforma política, colocando essa “janela” para troca-troca partidário, é um alento.

Ao mesmo tempo, olhando aí por outro ângulo, prova que de fato não tivemos reforma política alguma. Esse artifício apenas colabora para fragilizar mais ainda os partidos, a política e a própria democracia.

De minha ótica, acho que os vereadores agiram corretamente. Estão certíssimo.

Eles não estão errado. Errado é esse modelo político-partidário-eleitoral que possuímos, que teima em privilegiar uma elite política incapaz de pensar no coletivo, incansável em sua sede pelo poder, só afeita à renovação com quadros da própria família.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog

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